Colégio Estadual Profª Carmem Costa Adriano.
Ensino Fundamental e Médio
Profª. Tutora: Fátima do Rocio Santana Maia
Cursistas:
Adriano Moreira Trindade
Amanda Gabrieli do Pilar Silva
Eliete Cristina de Souza Bottini Carmo
Elisabete Padilha de Andrade
Elisangela de Andrade Antonio
Leda Maria de Souza Vanhoni
Leo Willian
Lúcia de Fátima Garcia Costa
Luiz Henrique da Graça Nogueira
Marieli Mendes de Oliveira
Patrícia de Cassia Manassés.
A relação educador-educando deve ser de cooperação, de respeito e de crescimento e não uma relação de imposição, segundo Vygotsky. O aluno precisa ser considerado como sujeito interativo e ativo em seu processo de construção de conhecimento e o educador assume um papel fundamental nesse processo, visto que é um indivíduo mais experiente.
Dentro da sala de aula e mesmo dentro da escola, o bom relacionamento entre professores e alunos é o fator que mais favorece a aprendizagem e o bom desempenho. Quando essa relação não existe, não temos que procurar culpados e nem nos sentirmos culpados, devemos sim, ir à busca dessa parceria, conquistar um relacionamento significativo. Sabe-se que as crianças e os jovens aprendem mais quando gostam de seu professor. Cabe a nós, professores/educadores, estar receptivo, aberto ao diálogo, ser colaborador de seu aluno, ter autoridade sem ser autoritário. Conhecer seu aluno, motivá-lo, ministrar aulas com qualidade e atrativas é de fundamental importância para “ganhar” o jovem e fazer com que o estudo seja prazeroso.
O professor deve desenvolver autonomia intelectual e pensamento crítico do seu aluno, porém o que se vê não é bem isso, uma vez que recebemos os conteúdos, calendários já prontos. Infelizmente não é permitido que o jovem tome decisões dentro da escola.
Os jovens no Brasil não eram favorecidos pelas políticas públicas, então em 2013 criou-se a Lei 12.852 que trata do Estatuto da Juventude. Agora os direitos dos jovens estão estabelecidos e garantidos pelo Estado brasileiro, independente de quem esteja à frente da gestão dos poderes públicos.
O abandono escolar ter sido significativo, muitos jovens não permanecem na escola e os motivos são diversos, como má relação entre professor e aluno, problemas internos, falta de sentido na escola, chatice das aulas, etc... A escola é um espaço de vivência entre os jovens e por esta razão deve ser atrativa, acolhedora, não se esquecendo da sua principal função que é de transmitir às novas gerações o conhecimento socialmente produzido e acumulado. Durante as rodas de conversas com as turmas, os alunos comentaram que reconhecem o papel da escola em suas vidas, que para se alcançar uma vida de sucesso se faz necessário este trajeto, porém gostariam também que houvesse mais espaço para o jovem, onde pudessem trazer para dentro da escola seu universo e sugeriram que a escola oferecesse uma pista de skate, cursos de informática e a senha da internet.
Muitos dos nossos alunos estudam e trabalham e o rendimento em sala de aula muitas vezes é melhor do que aquele aluno que não faz nada o dia inteiro. O trabalho proporciona a aprendizagem de valores, o jovem se torna mais responsável nas atitudes e nos horário, mais sociável, amadurece melhor e constrói valores e identidade mais rapidamente. A escola e o trabalho se combinam, se completam. A instituição deve estar aberta ao diálogo com os alunos, considerando suas experiências do presente e expectativas de futuro.
Através de pesquisas e questionários realizados em sala de aula sobre uso das tecnologias, percebemos que nossos alunos do ensino médio só sabem utilizar os meios de comunicação como redes sociais (facebook, twitter, instagram). Eles reconhecem que não utilizam a internet e o computador para outros fins, como trabalhar com planilhas eletrônicas e editores de texto. Muitos até nem conhecem esses programas e não se interessam em conhecer.
Os jovens afirmam que o uso do celular atrapalha em sala de aula, porém não querem e não “conseguem” abrir mão do aparelho eletrônico durante as aulas. Houve muito questionamento a cerca da Lei 18.118 que proíbe o uso do celular em sala de aula nas escolas do Paraná. Na opinião dos alunos, se esta tecnologia fosse aplicada como instrumento pedagógico seria interessante e diferente. Também citaram a criação de um site da escola, com informações de interesse do aluno e onde pudesse interagir com o professor, como tirar dúvidas, entrega de trabalhos, etc. Também questionaram a proibição da distribuição da senha da internet da escola, os alunos consideram importante ter acesso à internet dentro da instituição.
A cerca da questão “O que se conversa pela internet tem menos importância do que aquilo que se diz presencialmente?” os alunos disseram “sim”. Quando se trata de algo realmente importante, para o jovem ainda prevalece o contato pessoal.
Foram realizados mapas conceituais com as turmas (em anexo) e algumas palavras chamaram atenção, como por exemplo:
Tema Juventude= desinteresse, filhos, descoberta, sexo, DST, drogas.
Tema Aluno= drogas, violência, má-influência, falta de respeito ao professor.
Tema Escola= cansaço, moda, bullying, refeição, beijar, drogas, brigas.
Percebe-se que as drogas, violência e desinteresse estão sempre em evidência. Isso é mais um motivo para conhecermos melhor nossos alunos e nos relacionarmos com eles, para que juntos possamos melhorar não só na disciplina e na aprendizagem, mas sim na qualidade de vida.


