REFLEXÃO E AÇÃO
TEMÁTICA 02
O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO
No intuito de conhecermos e compreendermos melhor o jovem de nossa atualidade, nós professores do Colégio Estadual Avelino Antônio Vieira, Curitiba, realizamos com eles conversas informais e questionários com formulações sobre o relacionamento dele com a escola, com a família e o trabalho.
Pudemos perceber que realmente há um “jogo de culpados” no que diz respeito ao aproveitamento escolar. Alunos acham que os culpados pela evasão e reprovação são os professores, por sua vez os professores acham que os culpados são os alunos, ou até mesmo o sistema. Mas, ficar nesse jogo, tentando achar um culpado não vai nos ajudar a resolvermos o problema da educação no que concerne ao EM, uma vez que na verdade não existe um culpado, mas sim o envolvimento de toda a comunidade escolar no sucesso ou fracasso desses alunos. O que precisamos é tentar solucionar os problemas da maneira mais efetiva possível, envolvendo e cativando esses estudantes a conhecerem e entenderem suas identidades. Bem como mostrar a eles a importância da escola em suas vidas, para que assim todos possam se respeitar e reconhecer no outro, elementos que contribuirão para a construção do conhecimento individual e coletivo.
Também pudemos observar duas realidades diferentes quando se trata de alunos do Ensino Médio, pois temos dois públicos diferentes. Temos alunos do ensino regular que demonstram pouco interesse pelo aprendizado e cabe a nós professores, a tarefa de orientá-los e prepará-los para a vida futura e para o mercado de trabalho que a cada dia se encontra com uma concorrência ainda maior. E quando se trata do lado profissional, notamos que tem alunos que já estão cursando o último ano do Ensino Médio e ainda não se decidiram pelo curso ao qual vão tentar o vestibular. Já no grupo de alunos da EJA ocorre o contrário, temos alunos que embora estejam fora da idade série, querem se formar, têm um objetivo e lutam por seus ideais.
Muitos de nossos alunos fazem parte de famílias desestruturadas economicamente e emocionalmente, fatores que acabam se refletindo na escola, pois interferem no aprendizado dos adolescentes. Porém existe uma parcela que convive bem com os pais e vê na família o exemplo a ser seguido. Encontram nela o referencial e o apoio que precisam para se estruturarem e obterem sucesso pessoal e profissional.
Apesar de acharmos que o nosso jovem é alienado e não sabe o que quer muitos deles se reconhecem socialmente e culturalmente. Dentro do espaço escolar confrontam seus professores, testando-os ou apenas querendo se mostrar contrários àquilo que está sendo proposto.
Os resultados dessa pesquisa, obtidos através da tabulação dos dados coletados, encontram-se melhor detalhados no texto coletivo produzido pelos professores de nossa escola.