O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO

REFLEXÃO E AÇÃO
TEMÁTICA 02

O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO

O jovem desta época atual consegue se identificar com o meio social em que vive. Ele não parece “perdido”. Já sabe, ou pensa que sabe o que quer. Na escola ele confronta seus professores, testando-os ou apenas para se mostrar contrário aquilo que está sendo proposto.
O “jogo de culpados” parece estar no convívio social escolar por alguns professores e alunos. Os professores não podem estar com a cabeça fechada, sem mudanças, porque o aluno já está lá na frente quanto às tecnologias e modernidade. Por outro lado alunos precisam saber o seu lugar e respeitar mais seus professores, para que haja um convívio social amigável.
Realizei com os alunos do ensino médio e um bate papo através de um questionário e pude perceber que ele tem noção do que é respeito e de quando um professor sabe administrar sua aula com autoridade e respeito. Cabe a cada professor saber se respeitar.
A palavra jovem já traz em si várias conotações e significados. Cada um tem e traz consigo as suas experiências, necessidades e expectativas. Só depende do professor/aluno e entendimento de cada uma.
Em nosso colégio podemos observar duas realidades diferentes quando se trata de alunos do Ensino Médio, pois temos dois públicos diferentes. Temos alunos do ensino regular que demonstram pouco interesse pelo aprendizado e cabe a nós professores, a tarefa de orientá-los e prepará-los para a vida futura e para o mercado de trabalho que a cada dia se encontra com uma concorrência ainda maior. E quando se trata do lado profissional, notamos que tem alunos que já estão cursando o último ano do Ensino Médio e ainda não se decidiram pelo curso ao qual vão tentar o vestibular. Já no grupo de alunos da Eja ocorre o contrário, temos alunos que embora estejam fora da idade série, querem se formar, tem um objetivo e lutam por seus ideais.
“Quando se fala em “campos de possibilidades” como fala, (VELHO, 2003), os jovens algumas vezes se sentem confusos e perdidos. Se perguntarmos: o que você quer fazer”? ou, “para onde você pretende ir”? ou “qual rumo você vai dar a sua vida”? ou “quem você é”? A todas estas indagações os alunos questionaram e discutiram que eles já sabem para onde ir e o que fazer apenas alguns estão perdidos e não sabem o que fazer. A maioria dos alunos relataram que já sabem o que quer.
A todas estas indagações os alunos questionaram e discutiram que eles já sabem para onde ir e o que fazer apenas alguns estão perdidos e não sabem o que fazer. A maioria dos alunos relatou que já sabe o que quer. Não estão perdidos. Alguns alunos sabem o que quer, mas não sabem como chegar lá.
Na turma que debati, muitos alunos trabalham como menor aprendiz registrado, uns 55%, estão desempregados uns 10%, não trabalham uns 35%. Eles acreditam que o trabalho não atrapalha a rotina escolar e conseguem conciliar trabalho/escola.
A maioria dos alunos conhece os seus direitos e obrigações trabalhistas.
Os alunos conhecem o seu ensino médio e a maioria gosta de onde estuda e quer permanecer até o final. Alguns alunos comentaram que alguns professores não conseguem se afinar com eles tendo conflito entre os mesmos. Falta a autoridade do professor para o mesmo ser respeitado. A sociabilidade é uma dimensão central na vida dos jovens que a escola não pode esquecer, e esta sociabilidade se refere à linguagem as ideias e os ideais.
“Na escola, ela está presente também nas brechas da rotina escolar em que os jovens criam e recriam os tempos e espaços expressando aspectos das culturas juvenis” (DAYRELL, 2007).
Realmente é preciso que os professores discutam e reflitam sobre como podemos melhorar a convivência com os alunos do Ensino Médio, o que precisamos fazer para que todos fiquem satisfeitos.

Sara Maria Fermino Rocha.

Professrora do Colégio Estadual Avelino Antonio Vieira.

Curitiba, 28 de agosto de 2014.

Referência Bibliográfica:
Paulo Carrano, Juarez Dayrell, Licinia Maria Correa, Shirlei Rezende Sales, Maria Zenaide Alves, Igor Thiago Moreira Oliveira, Symaira Poliana Nonato. - O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO - Etapa I – Caderno II. Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. UFPR/Setor de Educação, 2013.