O jovem como sujeito de direitos no Ensino Médio

Colégio Estadual Lúcia Bastos – Ensino Fundamental
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O Jovem como sujeito de direitos no  Ensino Médio

Paulo Freire deixou à todos os trabalhadores da educação, um legado importante: “colocar o ser humano como o centro do processo educativo, exaltando sua capacidade de educar-se como sujeito histórico.”  Mas como educar-se?
Em muitos momentos o professor se sente culpado pelo fracasso de seus alunos, em outros casos o fracasso escolar fica por conta somente do aluno, achar o culpado do fracasso escolar em relação ao seu processo educativo,   não irá resolver ou mediar a situação vivenciada pelos nossos jovens no ambiente escolar. Estes jovens não demonstram conhecimento em relação aos valores inseridos em nossa sociedade, sem  consciência  em relação a responsabilidade no que se refere a culpabilidade de alguém pelo fracasso escolar.
O professor vê a escola de forma diferente do jovem,  onde o espaço educativo segundo o professor está voltado para o conhecimento acadêmico, enquanto que o jovem vê a escola como local para encontrar os amigos, namorar,  praticar esportes, conversar entre outros.
Hoje para que o jovem consiga sucesso acadêmico, a escola deverá proporcionar um ambiente acolhedor, com propostas pedagógicas que irão de encontro com as expectativas e interesses dos jovens, uma escola que não seja castradora, mas que oportunize o  diálogo com estes jovens que serão os adultos e idosos de amanhã.
O professor promovendo a interação entre os jovens  todos ganham, o jovem começa a fazer parte de um grupo/comunidade sentindo pertencente daquele grupo, se sentido querido e respeitado por professores, colegas e funcionários, desta forma estreitamos laços e criamos vínculos.
Conhecendo os alunos informalmente podemos entender e compreender  melhor  a realidade e as necessidades deste fora do ambiente escolar.
O que  o aluno busca? Qual o objetivo deste jovem em relação à escola? Mesmo que a priori ele não se dê conta todos estamos em busca de algo, temos projetos mesmo que involuntariamente. Quando o jovem é ouvido, quando permitimos à ele novos relacionamentos com a troca de  experiências (feiras, palestras, jogos cooperativos, gincanas, rodas de conversa, desafios, entre outros), provocamos mudanças e transformações, mesmo que inconscientemente. Para que isto aconteça demanda de um esforço mútuo de todos os personagens envolvidos.
Mas esse desafio não é somente responsabilidade do professor, não basta “eu”, enquanto educador, orientados, tutor, querer mas o aluno tem que buscar o conhecimento para deixar de ser apenas mais um na sociedade, mas passar a ser sujeitos de direitos co-responsável neste caminhar, onde a educação é o caminho para a transformação. Esses jovens deverão assumir o papel de protagonista e começar a assumir as responsabilidades de um jovem que será um adulto no futuro, dentro da comunidade onde vive, promovendo encontros para discutir com outros líderes comunitários estratégias de mudança para aquela comunidade. Desta forma este jovem irá se fortalecer enquanto sujeito e se reconhecerá como um agente transformador, que traça metas, que tem objetivos e a escola será o local ideal para que se promova estes diálogos, almejando a emancipação intelectual do jovem e este possa alcançar objetivos maiores. Qual será o papel do professor nesta relação? O professor será aquele que guia , o que orienta, o que provoca, o que questiona, o que conduz o maestro desta relação.
Para melhorar as práticas pedagógicas no ensino médio, acreditamos primeiramente que se faz necessário uma mudança de postura do professor. Os profissionais da educação ainda acreditam que são detentores de um poder sobrenatural pelo fato de serem professores.  No entanto no campo da Sociologia, a análise comportamental do jovem é fundamental, o não querer estar na escola, o não querer ser um cidadão produtivo faz toda a diferença, onde a família  negligencia a educação de seus filhos. Enfim a sociedade vive uma fase com muita informação, porém, com poucos estímulos aos valores morais para se viver em sociedade, onde há uma inversão de valores.
Para ouvir os jovens aos olhos dos profissionais escolares é um sinal de fraqueza, a inabilidade em lidar com situações de crises, faz com que todos assumam  uma posição mais confortável, não saindo da sua zona de conforto “eu finjo que ensino e tu finges que aprende.”.
Para um trabalho como o da carta coletiva, de certo toda escola e os profissionais inseridos nesta, deverão estar imbuídos do mesmo meio de trabalho, sendo o objetivo em comum  é o aluno.
Encontrar o meio termo na relação entre aluno e professor perpassa pela vontade de ambos! Porém começa por aquele que possui mais vivência, conhecimento e sabedoria, ou seja, o professor.
Texto produzido pelos professores do Colégio Estadual Lúcia Bastos.

CARTA AOS ALUNOS DO COLÉGIO ESTADUAL LÚCIA BASTOS – CURITIBA PARANÁ

AOS JOVENS ESTUDANTES COM CARINHO
Queridos:
Nós professores, gostaríamos que você aluno, nos informasse através de carta, o que vocês pensam e sentem sobre a nossa escola? O que precisaria ou poderia mudar em nosso ambiente escolar?
Você embora não tenha conhecimento é muito importante para  nós professores e o seu sucesso acadêmico, profissional e social é também o nosso sucesso.
Queremos que você tenha objetivos,  trace metas, escolha uma profissão, busque um caminho que proporcione uma vida melhor.
A vida adulta traz responsabilidades e desafios que você terá que assumir, arcando com  as consequências de suas escolhas. Portanto procure sempre o que seja melhor, para sua vida e dos outros a quem você ama, pois você irá colher os frutos de seu esforço, persistência e perseverança.
Um abraço professores do ensino médio.