O jovem - Caderno II Colégio Estadual Padre Eduardo Michelis - Missal/Pr
1. Construindo uma noção de juventude
O jovem é rotulado de maneira negativa pela sala atuação na sociedade ( talvez pelo alto índice de violência entre os jovens, uso de tatuagens piercing e modismos, sendo visto como uma fase de transição e adequação a sociedade).
Muitas vezes ele não é valorizado pelo professor, ou seja, não é ouvido em seus anseios, suas duvidas e inquietações
Precisamos valorizar as experiências positivas dos jovens, suas potencialidades, sabendo que eles não podem ser “bons” em todas as áreas, assim sendo acabam se destacando naquilo que tem maior habilidade, talvez influenciados pelos pais, ou outros “ídolos” da sociedade.
Para reverter o atual cenário não há uma resposta pronta e acabada, porem percebe-se que os jovens quando valorizados significativamente na escola conseguem mostrar seu potencial, seja por meio de gincanas, jogos escolares e outras atividades escolares, muitos se tornam no futuro, bons lideres, atletas profissionais, excelentes músicos, escritores, declamadores, dentre outros talentos descobertos e influenciados pela escola.
O Colégio CEPEM desenvolve várias atividades para que seus alunos jovens se sintam valorizados, entre eles estão às seguintes atividades:
Concurso Da Quadrilha;
Festa Junina;
Gincana Estudantil;
Pré Conselho;
Jogos Escolares;
Oficinas Dirigidas;
Palestras;
Grêmio Estudantil;
Conselho Escolar;
APMF, entre outros.
2. Jovens, culturas, identidades e tecnologias
Quanto ao uso da internet pelos jovens, é muito aceito o diálogo virtual com o mesmo valor que o presencial, perdendo-se neste dialogo as emoções, e sensações que podem ser transmitidas pelo contato humano.
Percebemos cada vez mais dentro da escola as diversas culturas, que entram em choque entre si. E cabe ao professor trabalhar, aceitar e valorizar as diversas culturas. Assim também estimulando a participação dos alunos.
Após as leituras e reflexões, percebemos que cada vez mais cabe aos educadores, acolherem e receberem os alunos, ajudando – o para além do papel de educador, mas também um conselheiro, alguém que possa lhe guiar os caminhos, pois muitos dos nossos jovens estão perdidos. Este papel é cobrado dos professores tanto pelas famílias, governos, políticas... E nós não estamos preparados e não temos condições para realizar esta tarefa... E apesar de a escola durante muitos vir assumindo papeis familiares e sociais, é necessário que preocupe-se mais com sua principal função - transmissão de conhecimento cientifico.. . que também é necessário para encaminhá-los para a vida adulta.
3. Projetos de vida, escola e trabalho
É na adolescência, que surgem os maiores questionamentos, o sujeito começa a se perguntar que rumo tomar na vida, passa a fazer projetos de vida.
Normalmente sofrem influência do meio, do “campo das possibilidades” que permite ou não perseguir seus objetivos.
Na elaboração de um projeto de vida, o maior desafio é aprender a escolher, portanto cabe a nós, pais e professores, estimular neles a capacidade de projetar e acreditar nos seus sonhos, assim contribuir para que desenvolvam as capacidades para realizá-los e proporcionar chances para que falem de si e de seus projetos.
Outra realidade vivenciada nos dias atuais, é que muitos jovens não passam pelo processo de escolhas, buscam por meios variados “informalidade”, suprir necessidades básicas, sem projetos, devendo ainda conciliar seu trabalho aos estudos.
O território em que os jovens vivem, contribui para compreender a visão que eles tem da escola, a importância da mesma em sua vida, a maneira que constroem suas escolhas e a influencia em seus projetos de vida.
Como (Machado,2004) diz : não se pode projetar pelos outros devemos buscar novas metodologias , mas como professores podemos motivá-los , orientá-los, a falar de si e seus objetivos.
4- Formação da Juventude, participação e escola
Quando falamos em formação logo pensamos em ótimos resultados inscritos no histórico escolar dos nossos educandos, esquecemos muitas vezes em considerar seus avanços e seu conhecimento prévio daquilo que buscamos ensinar. Ela também envolve o que podemos denominar de formação teórica para a vida cidadã aprendizagem de valores, conteúdos cívicos e históricos da democracia, regras institucionais. Fortalecendo uma formação democrática.
Um dos caminhos possíveis para essa formação passa pela dimensão da participação. Sendo, portanto, necessário discutir juventude e participação dentro do ambiente escolar.
Durante séculos, foi se consolidando uma cultura escolar com seus tempos, espaços, métodos e currículos que hoje parecem naturais. Quando se fala em escola, logo surgem imagens como o quadro-negro, a mesa do professor, as filas de carteiras, um professor que dirige as atividades e os alunos que seguem as instruções dadas por ele. Contudo, os jovens estudantes de hoje têm cada vez mais dificuldades de adaptação a esse tipo de escola organizada pela verticalização de hierarquias e linearidade na forma de socialização de informações e conhecimentos. (caderno 2 p. 47)
Sabendo que a tarefa da escola é construir um elo entre jovem e a sua experiência de ser aluno na qual o jovens enfatiza a importância de que seus interesses sejam considerados, o que é possível somente quando ocorre um diálogo entre o que a proposta curricular estabelece e a realidade dos educandos. Como afirma SALVADOR,1994; CHARLOT, 2000, E não seria esta uma das condições para uma aprendizagem significativa?
Não podemos também pensar que tudo depende do professor, diversas circunstância sociais contribuem para o que os resultados não seja significativos. Como diz Teixeira (2007), “na relação professor e aluno está o coração da docência”.
Buscando compreender esta realidade, Nogueira (2006) analisa que, muitas vezes, quando os alunos são chamados pelos professores desinteressados, apáticos e desmotivados para o trabalho escolar, eles estão considerando o esforço desprendido pelo jovem em corresponder às suas expectativas acerca do trabalho escolar ou, pelo menos, de ele permanecer no ritmo médio do conjunto dos alunos.
A palavra “participação” é crucial na vida estudantil, a princípio temos a: “formação teórica para vida cidadã/aprendizagem de valores, etc.”. Mas, será que temos, no nosso ambiente escolar, “espaços e tempos para a experimentação cotidiana do exercício da participação democrática?”. A “participação” dos jovens em movimentos sociais, ONGs, associações comunitárias, etc...(p.46 caderno 2) é formativa e educativa, importante para sentir a vivência dos valores, ou seja, aprender a respeitar. É necessária que se faça outra reflexão na escola, será que os nossos jovens têm oportunidade de terem esse tipo de vivência? Outro desafio é tentar perceber que existe um “desencaixe” entre a escola e os jovens, a escola com sua forma historicamente construída, e os jovens um novo público dentro de sua diversidade, um público que antes estava excluído e hoje tem acesso a escola. Através dessas reflexões e esses questionamentos que poderemos rever o ambiente escolar que nos cerca para depois tentar melhorá-lo.
Resumindo em poucas palavras precisamos buscar meios de garantir a participação dos jovens na construção “Escolar” para que através do diálogo possamos reduzir as distâncias entre o professor e o aluno existente nos dias de hoje. A Escola precisa se ajustar às transformações sociais para formar cidadãos que nela se integram.
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