O jovem - análise a partir do caderno2

    Para boa parte dos jovens, a escola parece se mostrar distante de seus interesses ou necessidades.
Os professores, os pais, os alunos, o Governo – por meio de seus “especialistas” em educação - , muitas vezes apontam culpados para justificarem o baixo desempenho escolar. Se a persistência na origem do culpado persistir, as discussões com o objetivo em  melhorias fica fardado ao fracasso. Não começa.
    De acordo com o texto (Caderno 1) as DCN para o Ensino Médio apontam os jovens como centralidade no processo educativo.  Assim, cabe o estudo, para tentar entender o pensamento que o jovem tem da escola, da juventude, das identidades juvenis, da relação do jovem e o trabalho e da participação juvenil.
    Os jovens, pela idade, no Brasil são considerados até aos 29 anos de  idade. A juventude é uma condição social e um estado de representação enquanto indivíduo. As modalidades de se vivenciar a juventude apresentam diferenças, dependem das condições sociais, diversidade cultural, diversidade de gênero e diferenças territoriais.
    O que se prega muitas vezes que o jovem é um pré-adulto. Então, muitas vezes não são levados a sério. Não são ouvidos. As políticas públicas não vão de encontro às suas necessidades devido ao preconceito estabelecido.
    Nesta fase o jovem se defronta com perguntas, como: quem sou eu? Para onde vou? Cujas respostas naquele momento são complexas. Sem um projeto de vida, o que garante o planejamento das ações futuras, tendem a ter uma lógica própria, marcados pelas contingências do tempo histórico, características pessoais e valores. Mas, também  são diretamente ligados pelo “campo das possibilidades” dependem do contexto socioeconômico-cultural concreto que se encontra imerso. A elaboração de um  projeto de vida é fruto de um processo de aprendizagem. Então, o professor diretamente participa deste processo de forma mais, ou menos, ativa.
    Sabe-se que no Brasil existem dispositivos legais que protegem o trabalho juvenil e buscam favorecer a dimensão formativa. Embora não garante por  sua existência a mudança dessa realidade que constantemente é observada neste país. Muitos destes jovens buscam  no trabalho a única formação concorrendo ao fracasso escolar. A escola deve propiciar em seu currículo uma formação geral para a vida, articulando ciência, trabalho e cultura. Isto é, o trabalho, unicamente, não pode ser fonte de formação
    São muitos os interesses e expectativas que os jovens tem em relação a escola. Uma das formas de melhorar o seu rendimento e permanência na escola é dar espaço-tempo para que possam  ser ouvidos como jovens.