Preparar o educando para o exercício consciente da cidadania.
O conhecimento é produzido historicamente e articulado socialmente. Desta forma, se é produzido pela humanidade deve ser posto a serviço dela. Pedagogicamente, o conhecimento é transmitido por alguém que o detém. Isto centraliza o conhecimento ao invés de socializá-lo. Outro aspecto a ser considerado, é a fragmentação do conhecimento que o divide em áreas deixando de lado a perspectiva da totalidade do saber. Para avançar no ramo do conhecimento houve a necessidade de se especializar em determinadas áreas, por isso a fragmentação.
A escola segue este modelo fragmentado do conhecimento a partir do momento em que possui um currículo dividido em disciplinas cada qual com o seu rol de conteúdos específicos. Se, por um lado, fragmentar o conhecimento nos proporcionou avanços no que diz respeito a aquisição do mesmo, por outro lado, ele limita as possibilidades de avanços dos sujeitos envolvidos no processo educativo no que diz respeito a formação humana integral.
Precisamos considerar que o conhecimento tem seu caráter provisório, que a partir do momento em que o conhecimento avança, ele se atualiza, um novo conhecimento é construído e passa a ocupar o lugar de um antigo conhecimento. A escola precisa acompanhar esta atualização, este caráter provisório do saber que é algo natural, um processo natural que ocorre em todo e qualquer tempo e sociedade.
Não é errado que a escola se organize de forma disciplinar, fragmentada, desde que se busque uma integração destas áreas de conhecimento e, principalmente, que esta integração ocorra de acordo com a necessidade da comunidade escolar como um todo. Que nasça das discussões e reflexões oriundas de reuniões e diálogos estabelecidos entre todos os seguimentos da escola.
Professores do Ensino Médio
Colégio Estadual Sertãozinho - EFM
Matinhos/PR