O DIREITO À APRENDIZAGEM E A ORGANIZÃÇAO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA ESCOLA: UMA TAREFA COLETIVA POR ESSÊNCIA.

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO LONGUINÓPOLIS

Longuinópolis - Braganey - Paraná

WIKI FINAL - PACTO 2015 -ETAPA 2

O DIREITO À APRENDIZAGEM E A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA ESCOLA: UMA TAREFA COLETIVA POR ESSÊNCIA.

Produção coletiva:

CELESTINO DENARDIN - Orientador de Estudo

Cursistas:

ADRIANO MOREIRA DA SILVA JUNIOR
ANDRÉ RICARDO DENARDIN
ELOÁ TEREZINHA TEIXEIRA
IRENE VERGÍLIO
JULIANA DE OLIVEIRA
MARIA DE FÁTIMA COGO DOS SANTOS
RUBER VANDRO CARLALIE DI PRIETO FARIA
SANDRA MARA FELICIANO DOS SANTOS

 

Podemos iniciar nossas considerações apontando três esferas que convivem dentro do espaço escolar: a primeira é a esfera do conhecimento sistematizado, o currículo posto socialmente e politicamente para ser desenvolvido e ensinado, trata-se do aspecto que dá o sentido para a existência da instituição “escola”, isto é, garantir a transmissão e assimilação dos conhecimentos historicamente acumulados, sabemos que nesse papel, a escola tem desempenhado outras atribuições, porém nos deteremos a essa, apenas reforçando que essa esfera, a esfera do conhecimento é primordial dentro do espaço escolar.

Uma segunda esfera é a dos estudantes, alunos e alunas, ou no termo que foi trabalhado pelo material do pacto, os sujeitos da escola. Assim, essa esfera também é fundamental dentro do espaço escolar. Trata-se do alvo de todas as ações pedagógicas e de todo esforço para que essa esfera saia dos bancos escolares preparada para a vida cidadã e com conhecimentos para viverem em sociedade.
E por último, apontamos como uma terceira esfera a dimensão da organização pedagógica da escola, isto é, como são estruturado e pensado todas as atividades e ações dentre da escola para que seu objetivo enquanto instituição se consolide. É, nessa esfera que se insere todos os docentes e gestores do sistema escolar de ensino.
A essa terceira esfera cabe articular o objetivo da instituição escolar, que é de ensinar  com os direitos dos estudantes, que é de aprender.
Mas como está esta articulação em relação a organização do currículo? Essa organização tem dado conta, ou seja, tem cumprido com eficiência seus objetivos? Os sujeitos alvos do processo de ensino estão satisfeitos com os resultados? E os docentes também estão contentes?
As possíveis respostas foram debatidas e estudadas durante o curso e partem da constatação de como está organizado o currículo, ou seja, em disciplinas isoladas em seu universo de estudo.
Isso tem gerado inevitavelmente a fragmentação do conhecimento, dificultando a compreensão da realidade e da materialidade do conhecimento.
Como resultado, podemos apontar o imenso número de desistentes do ensino médio, bem como as frequentes reclamações das universidades e faculdades que frequentemente questionam a qualidade de conhecimento dos jovens que recebem na graduação.
Nessa mesma perspectiva, temos os docentes que apesar dos inúmeros esforços e estudos se defrontam com jovens desestimulados e desinteressados. Tendo que precarizar cada vez mais os conteúdos para em nome de uma pseudoflexibilização poder “aprovar” os estudantes ao término de cada ano. Tal fato, gerando, o descontentamento com o trabalho desenvolvido.
Diante dessa realidade, o Pacto de Fortalecimento do Ensino Médio contribuiu para serem postas à mesa as dificuldades e desafios para desenvolver a melhoria do Ensino Médio como um todo. Fundamentalmente, se pautou pela necessidade da integração curricular, bem como pela necessidade do trabalho com a leitura e a problematização.
Também se pautou, com base nas diretrizes curriculares que orienta para que seja desenvolvido o ensino nas dimensões da ciência, tecnologia, trabalho e cultura. Ainda apontou a necessidade da promoção da interdisciplinaridade, como forma de tornar o ensino significativo e condizente com as necessidades dos jovens do ensino médio.
As bases teóricas foram estudadas, os caminhos foram melhores desenhados, seguimos a partir do término desse curso, firmes e conscientes da necessidade da promoção de um Ensino Médio que determine significativamente a vida dos nossos estudantes e que para isso, devemos integrar o currículo e promover a interdisciplinaridade.
Em nosso colégio, por exemplo, temos várias ações previstas pelo Programa do Ensino Médio Inovador que já estão contribuindo para a fomentação do diálogo interdisciplinar e para a construção de conteúdos pedagógicos e curriculares mais significativos, tudo isso construído de forma coletiva, o que torna tais ações projetos da instituição e não de pessoas.
Portanto, ficou evidenciado e compreendido por todos nós participantes do curso, que o entendimento da importância de se articular os direitos à aprendizagem com a organização do trabalho pedagógico na escola é tarefa que  cabe a todos os envolvidos no processo educacional, pois independente dos desafios que possamos elencar, a solução ou a amenização desses só será possível e duradora com a construção coletiva de alternativas pedagógicas, entre elas, a busca pela integração das disciplinas, bem como estabelecer uma harmonia entre as três esferas:  a do conhecimento, estudantes e a esfera da organização escolar.