O CURRÍCULO DO COLEGIO ESTADUAL DO CAMPO LONGUINÓPOLIS/BRAGANEY-PR. CADERNO III

As relações entre o que ensinamos e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura; são tomadas de decisões sobre o Currículo que se instituem como seleção de critérios e conteúdos que orientam o processo da educação. Sabemos que a educação é um instrumento de transformação social, para tanto devemos pensar no caminho pedagógico percorrido e a percorrer com possibilidades de identificar conceitos já existentes e gerar novos conceitos tendo foco o alunado e a sociedade numa dimensão estrutural crítica. Para formar cidadãos, com pleno desenvolvimento de seres humanos e de um país sustentável, faz-se necessário a clareza das relações que existem entre o que ensinamos e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura e das inter-relações entre esses campos e o desenvolvimento científico, de modo a torná-los culturalmente tanto no sentido ético pela apreensão crítica dos valores postos na sociedade quanto estético, com vistas a potencializar capacidades interpretativas, criativas e produtivas da cultura nas suas diversas formas de expressão e manifestação.
   O reconhecimento da dimensão histórica e social no qual o pedagógico se realiza, faz pensar a realidade e a necessidade de que a formação precisa estar em consonância com os sujeitos para os quais estamos inseridos e interagindo. Nessa direção precisamos articular desconstruir alguns conceitos e construir novos que estejam em conformidade com as transformações históricas e sociais as quais geram e sustentam a diversidades de juventudes, a diversidades de nossos alunos. A construção lembra a importância da educação em vista da qualificação para o trabalho, algo fundamental para a sociedade; o exercício da cidadania, em que a pessoa toma consciência de seus direitos e deveres no convívio social, e o desenvolvimento da pessoa nas mais diversas dimensões.
   É importante lembrar que tais elementos nos últimos tempos tem se trabalhado para se ter a criança, o adolescente e o jovem nas escolas e universidades, mas sempre de forma isolada e fragmentada, sem envolvimento de todos da comunidade escolar e dos segmentos: escola, família e sociedade.
   Já foram importantes passos dados, criando leis que tentam inibir o trabalho infantil, a exploração sexual do adolescente e jovem, a proibição de venda de bebidas alcoólicas nas proximidades da escola. São algumas tentativas de dar uma educação adequada para aqueles que dela têm direito e necessitam isso em beneficio de todos.  
   Por isso devemos pensar e agir de forma coletiva, democrática e humana reconstruindo o PPP da escola, buscando a luz das verdadeiras necessidades, junto com os alunos e comunidade escolar, respeitando as diversidades e reconhecendo o caráter histórico cultural da formação humana e ir ao encontro do avanço do conhecimento cientifico e tecnológico, em termos curriculares, partir da contextualização dos fenômenos naturais e sociais com sua significação a partir das experiências dos nossos alunos, fortalecendo-os num caminho mais humanizado, tornando-os cidadãos livres e não escravos; e que o trabalho seja uma consequência de um caminho de conhecimento com qualidade e dignidade de seres humanos sábios que sabem fazer suas escolhas.