Ao se pensar em Currículo pressupõe-se pensar em conhecimento. Essa afirmativa já nos remete a considerar que o principal elemento a compor os currículos escolares trata-se dos conhecimentos científicos, que por meio das transposições didáticas, tornam-se conhecimentos escolares – derivados das ciências de referência – e que são responsáveis pelo desenvolvimento cognitivo e formação ética, estética, política e econômica do estudante.
Há que se considerar também elementos que proporcionem a autonomia intelectual do aluno, a fim de que ele possa analisar, interpretar e propor alternativas diante de questões políticas, sociais, econômicas e culturais, o elemento que dá conta disso pode ser representado pela pesquisa, que é tido como princípio educativo nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio.
O grande desafio na elaboração de um currículo é a pretensão de se considerar as especificidades e fragilidades locais em detrimento dos conteúdos da base nacional comum.
O que se pretende, tanto nas DCNEM quanto nas DCEs é um currículo que contemple conteúdos de um núcleo de conhecimento e integre-se a atividades que permitam relação entre os fenômenos aprendidos e a realidade na qual se inserem, ou seja, conceitos precisam ser aprofundados por meio da organização de disciplinas, mas é necessário que haja contextos problematizadores que mobilizem esses conceitos.
E aliado a tudo isso, o que se ensina precisa ser significativo e despertar o gosto pela aprendizagem ao aluno. Sem dúvida, há desafios, a pluralidade de sujeitos que compõe o Ensino Médio é muito grande e ainda temos muitas lacunas em nossa formação inicial e continuada. Mas também é possível fazermos um trabalho de professor com profissionalismo, atentando a questões de formação e comprometimento com o trabalho realizado.