LIVRO VI COL GUSTAVO DOBRANDINO DA SILVA

COLÉGIO ESTADUAL GUSTAVO DOBRANDINO DA SILVA

Ademir de lima    
Angela da silva Moreira   
Armando José de Azevedo  
Eliane de Fatima Talarico
Karin Cristiane Schossler
Marco Aurelio Trevisan Santini
Roberto José dos Santos   
Caderno VI

A partir de sua formação — inicial e continuada — e de sua experiência docente, discuta e reflita com colegas de outra área distinta as questões abaixo (sugerimos pequenos grupos de 3 professores de áreas bastante distintas, por exemplo,  Educação Física, Matemática e Sociologia):
– quais têm sido os maiores desafios no campo da avaliação educacional?
– qual sua concepção de avaliação e como ela se constituiu na sua trajetória docente?  (P.17-18):

Há um consenso entre os professores (Geografia, Matemática, Espanhol, Pedagogia, Arte) que os alunos comumente não estudam para as avaliações, o que dificulta a obtenção de bons resultados e de aprendizagens realmente qualitativas. Há uma tendência predominante de estudarem apenas para obterem as médias mínimas necessárias para progredirem para a série posterior. Como resultado da falta de interesse e de perspectivas apresentadas pelos alunos, os professores também acabam se desmotivando, sobretudo, no final do ano letivo.
A avaliação é processo comum na práxis de todos os docentes uma vez que nos permite acompanhar os avanços e dificuldades apresentadas pelos alunos e ainda, contribui para que possamos reorientar nosso trabalho sempre que necessário. Nos utilizamos da avaliação diagnóstica, somativa e formativa.

Reflexão e Ação

Em consulta ao projeto político-pedagógico e aos planos de ensino (aos quais você possa ter acesso) de sua escola, procure identificar os seguintes elementos:
– Definição(ões) de avaliação da aprendizagem encontrada(s).
– Quais os instrumentos e procedimentos mais utilizados.
– Critérios para atribuição de notas ou conceitos e de aprovação.
– Instâncias e participantes para definição da situação de cada aluno ao final do ano letivo.
– Outras observações que considere relevantes para a discussão de avaliação da aprendizagem.  (P.28):

A avaliação é um ato político-pedagógico que proporciona a mudança, o avanço, a transformação, a aprendizagem, a autonomia e a iniciativa, não apenas a atribuição de notas ou conceitos para reprovar ou aprovar o educando, sem possibilidade de crescimento.
A avaliação deve ser diagnóstica, somativa, processual, qualitativa e formativa. Sua função é diagnosticar se ocorreu a aprendizagem e um meio de obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para a intervenção dos processos de aprendizagem. Desse modo, a avaliação não será tão somente um instrumento para aprovação e reprovação do aluno, mas a verificação do que se ensinou e o que se aprendeu.
Em nossa escola, os alunos têm a possibilidade de conquistar 4,0 pontos de trabalhos e 6,0 pontos em provas. De forma complementar, podem realizar a recuperação paralela.
Durante cada bimestre, em cada disciplina, será aplicada, no mínimo, três avaliações ficando a critério do professor (a), desde que seja somatória, totalizando 10,0 pontos disponíveis para todos e publicamente contestáveis em sua aplicação; que os critérios de avaliação sejam conhecidos pelos estudantes e, em geral, desenvolvidos com eles de maneira colaborativa.
Simulado: Atividade de apoio pedagógico.  O “simulado” faz parte do conjunto de avaliações de 2º e do 4º bimestre e tem o valor de 20 pontos. Esta atividade contribui muito para que os professores (a) articulem seu trabalho com os colegas da mesma disciplina e favorece o aluno na medida que retoma os conteúdos e avalia os estudos no semestre e ainda o prepara para futuros exames, como vestibulares, ENEM ( para o Ensino Médio) e Prova Brasil.
Em cada bimestre, após o lançamento das médias é realizado o Conselho de Classe, onde os professores discutem os avanços e as limitações estabelecendo estratégias de intervenção possibilitando a recuperação das médias.
No fim do ano letivo, realiza-se o Conselho de Classe final, onde os professores de cada turma se reúnem para discutirem a situação de cada aluno, o rendimento e as dificuldades decidindo pela aprovação ou não.
No começo de cada ano, nos cursos de formação são analisados todos esses índices, a avaliação é repensada e são propostas novas metas para o período letivo que se inicia.

Reflexão e Ação

Após ter visto alguns dados nacionais sobre as taxas de rendimento, procure levantar os dados de sua escola e, sobre eles, observe os seguintes questionamentos:
– Quais são os dados e taxas de rendimento de sua escola?
– O que esses dados lhes revelam?
– Como esses dados são discutidos entre os professores?
– Existe, na escola, algum debate sobre eventuais relações entre as taxas de rendimento e a avaliação da aprendizagem nas disciplinas ou em algumas das disciplinas? (P.38-39):

Devido ao baixo rendimento apresentado por alguns alunos e pela necessidade de auxiliá-los a reduzir suas dificuldades de aprendizagem e alcance das médias necessárias para que possam ser aprovados, convencionou-se a realização do simulado com valor de 2,0 pontos que são somados a média já obtida.
Essa medida foi importante para que houvesse uma melhora significativa nos resultados obtidos, motivando os educandos e auxiliando na redução dos índices de reprovação.
No que diz respeito às médias do IDEB, nota-se que temos alcançado avanços sucessivos e os alunos estão superando ano a ano as médias previstas, como prova disso, cita-se:

IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS
2009 2011 2013 2009 2011 2013
3,5 3,9 4,4 3,6 3,9 4,2

 

Os bons resultados representam as ações pensadas de forma coletiva pelos profissionais da educação em prol da efetivação da aprendizagem e desenvolvimento progressivo dos educandos.
Os resultados são discutidos logo que são publicados sendo apresentados a aos professores, alunos, pais e demais interessados, entretanto, é um processo lento que exige dedicação e um trabalho contínuo de toda a equipe pedagógica e também de conscientização dos alunos sobre a importância das avaliações externas.

Reflexão e Ação

Na avaliação institucional de sua escola, como têm sido abordadas as avaliações externas e como têm sido utilizados seus resultados?
– Existe algum tipo de atividade voltada para essas avaliações? Como, por exemplo, organização de simulados, laboratórios ou espaços de diálogos?
– Os alunos fazem comentários sobre o Enem? Se afirmativo, em que perspectiva?
– A organização dos planos de ensino, de alguma forma, tem levando em conta as matrizes de referência do Enem?  (P.50-51):

Os índices obtidos pelos alunos ao realizarem provas como o IDEB, SAEP e ENEM, são sempre discutidos e servem para motivar os demais alunos a continuarem estudando. Temos diversos alunos que conseguiram entrar em universidades públicas, dentre as quais cita-se a UNILA, onde um se utilizando da nota do ENEM ingressou ano passado no curso de arquitetura e urbanismo. Temos um educando que conseguiu a certificação do ensino médio por meio da prova do ENEM.
Nos últimos anos temos realizado simulados voltados ao ENEM com o objetivo de familiarizar os alunos do 3º ano com esse tipo de avaliação, com as questões e também para que consigam organizar o tempo necessário para responder cada atividade.
Quanto aos comentários que os alunos fazem sobre o ENEM, observa-se muitos não entendem seu significado e importância para o ingresso no nível superior. Após a prova comumente reclamam de sua extensão.
Acreditamos que todos os professores ao elaborarem seu planejamento anual ou o PTD observam as Diretrizes Curriculares Nacionais e as Diretrizes Curriculares Estaduais se preocupando em delinear sua prática pedagógica contemplado os conteúdos que podem ser cobrados no ENEM.