A JUVENTUDE: ONTEM, HOJE E AMANHÃ

C. E. LA SALLE – EFM – CURITIBA/PR

Coordenação pedagógica e Orientadoras de Estudos:
LEILA REGINA SANCHES e CLARICE PRECIDINA DE SIQUEIRA.

GRUPO:
CELIA CRISTINA DA SILVA
CLAIRE CRISTINA DE OLIVEIRA
CLAUDETE SATURNINO DE OLIVEIRA
CLAUDETE TEREZINHA MORINI
CRISTINA PRACZUN
FRANCISCA EDNA DE OLIVEIRA NICOLOZI
GERVÁSIO ROCHA
GISELE VANZELLI
JOSÉ ANTONIO BÜHER MACHADO
JOSE CARLOS REAL KOEHLER
LUCIANA TEIXEIRA
MARCELE CRISTIANE DE CASTRO LIMA
MARIA EULALIA DE JESUS DUARTE
MARLENE MEAURIO BAREIRO
MAURICIO BASTOS
MELISSA APARECIDA INACIO
MONICA MARIA PEREIRA
PATRICIA ILKIU CARNEIRO DOS SANTOS
PAULA ANDRESSA GAUDEDA MARCINIUK
ROSANA DUDA TOUZDJIANN
SILVIA FERNANDA SOARES
SIMONE DE QUEVEDO DOS SANTOS
TATIANE LIMA VANDELAO
VERA TERESINHA SARTURI
VILMA DE LOURDES FERRARI DE BASTIANI

REFLEXÕES DO CADERNO 02
A JUVENTUDE: ONTEM, HOJE E AMANHÃ

As identidades se constroem socialmente, portanto, tanto jovens como professores são frutos de suas experiências sociais. Desse modo, para se construir novos relacionamentos entre essas partes é preciso que ambas se conheçam; não somente o professor deve conhecer e entender o jovem com o qual trabalha, mas também, o jovem deve ter a oportunidade de fazer esse exercício para com o professor.
Além disso, é imprescindível que ambos cheguem a um acordo quanto ao papel da escola nos dias de hoje e como ela poderá se reorganizar para fazer sentido para quem a frequenta (tanto alunos quanto professores).
Sem essa reorganização da escola, continuaremos jogando o jogo do culpado; pois a visão do professor sobre como a escola deve ser é completamente diferente da visão do jovem sobre o assunto. E a questão, aqui, não é eleger uma visão ou outra, não é estabelecer o que é a escola; é construir uma nova maneira de ver e de se fazer a escola; uma maneira que seja consensual e que funcione tanto para os educadores quanto para os educandos.
O uso das novas tecnologias e, em especial, da internet e dos celulares, no ambiente escolar é, realmente, um assunto controverso; a começar pelas políticas públicas que ora incentivam o uso, ora o desaconselham - caso da Lei 18.118, de 24 de junho de 2014,  que proíbe o uso de celulares e aparelhos eletrônicos em sala de aula e que afirma:
Art. 1º Proíbe o uso de qualquer tipo de aparelhos/equipamentos  eletrônicos durante o horário de aulas nos estabelecimentos de  educação de ensino fundamental e médio no Estado do Paraná.

Parágrafo único. A utilização dos aparelhos/equipamentos  mencionados no caput deste artigo será permitida desde que para  fins pedagógicos, sob orientação e supervisão do profissional de  ensino.

No entanto, a questão aqui não é proibir ou incentivar e sim descobrir “como fazer” em ambos os casos. Qualquer que seja a escolha, ela precisa realmente contribuir para o processo de formação do aluno; o que, já vimos, só será possível com uma reorganização da escola.
Os jovens ainda não estão preparados para o mundo, eles precisam criar sua própria maneira de viver. Não podemos impor padrões de uma outra realidade de diferentes épocas. Pois consideramos que a escola ainda se mantém no século XIX, com professores do século XX e alunos do século XXI. A juventude atual já nasce inserida no mundo digital, possui grande capacidade de interagir com vários sistemas tecnológicos e até em vários idiomas diferentes do seu. Com toda essa facilidade de assimilação de conhecimentos, podemos perceber a capacidade enorme que os jovens têm de evoluir através da internet, desde que direcionado para o seu interesse.
O desafio maior é, sem dúvidas, direcionar esses interesses para o trabalho em sala de aula e para o aprendizado escolar.  A mudança pode ter início percebendo que sites de relacionamento (como o facebook) são potenciais instrumentos de trocas de informações e podem ser um grande aliado a favor dos professores, já havendo inúmeros cursos ofertados e reconhecidos que são totalmente ou parcialmente online. Mostrando que as informações adquiridas através das tecnologias auxiliam a construção do conhecimento de alunos e professores no âmbito escolar.
  A família precisa perceber a importância em  participar no dia a dia da vida do jovem, incentivá-lo à autocrítica, ao autoconhecimento e procurar conduzi-lo a pesquisas, buscas, “conhecimento de mundo”, preparando-o, assim, à competitividade, à profissão e ao convívio social.
Com esse preparo, o aluno poderá dar seguimento a projetos de vida, escola e trabalho. Na adolescência, o indivíduo desenvolve muitas questões sobre a sua identidade, é uma fase em que as dúvidas e os conflitos fazem parte e são importantes para a construção da personalidade de cada um.  Nessa construção, as escolhas muitas vezes são baseadas no que está na moda, no que dá status, ou até por imposição da família. Tratando-se da escolha profissional, devido a esse impasse, cabe a nós, profissionais da educação, mostrarmos que nem sempre o que está na moda é o melhor caminho a se seguir. A escola, além de conhecer seu aluno, deve estimular o autoconhecimento deste e levá-lo a perceber que a realidade que o cerca não se limita ao espaço escolar e familiar. A solução para isso seria o caminho do  “conhecer, projetar, acreditar e desenvolver a capacidade de realização”.
Muitos jovens do Ensino Médio já trabalham, contribuem para o sustento da família, e têm que conciliar seu trabalho com o lazer, namoro, enfim, com sua vida de adolescente. O desenvolvimento profissional desse jovem pode ser prejucado, uma vez que o aluno já adquire experiência de trabalho antes do término de sua formação básica e sem a devida orientação. Assim, o jovem, muitas vezes, permanece no mesmo emprego (ou na mesma área) por desconhecimento de seus talentos ou também por medo de investir em algo novo, sobre o qual nunca teve conhecimento ou contato. Então nós, educadores, devemos pensar o papel da escola diante do jovem e do mundo do trabalho, já que nas Diretrizes Curriculares do Ensino Médio o trabalho é entendido como um dos princípios básicos do Ensino Médio.
Outro aspecto a se considerar na formação de nossos alunos é o território onde o educando se encontra. O território é extremamente importante no contexto escolar, pois através dele os jovens constroem e dão significados às suas relações.
As ocupações dos territórios nos mostra as relações de poder. Sendo assim, dentro de um mesmo território existem desigualdades, como, por exemplo, social, econômica, política e cultural. Tais desigualdades produzem diferenças que inferiorizam e que estigmatizam os alunos que ali vivem. Daí o motivo de muitos jovens não dizerem de onde são ou de onde vêm, pois sentem-se inferiorizados perante o grupo.
Enfim, a partir da vivência no território os jovens acumulam diferentes saberes que podem ser explorados e trabalhados por nós, profissionais da educação, nas mais diferentes áreas. Essas vivências levam para a escola a pluralidade cultural, o que é base importante para a história de vida dos alunos,      e trazem elementos de grande importância para todas as disciplinas.

  SUGESTÕES:
• Projeto “Como será meu futuro?” realizado pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER), que tem por objetivo dar acesso às variadas informações e orientações sobre o mundo de trabalho e as tendências do mercado, disponibilizando aos colégios palestras, cursos e oficinas temáticas ministradas pelos professores da UNINTER.

• PROGRAMA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PS - EAD
Grupo: Agrinho.
Módulo: estilos de aprendizagem e as tecnologias.
O uso das tecnologias nas metodologias e estratégias pedagógicas e a  Teoria dos Estilos de Aprendizagem. Teoria dos Estilos de  Aprendizagem e os quatro estilos de aprendizagem. O virtual na  educação: o tempo, o espaço e a interatividade, recursos, facilidade de  acesso ao conhecimento e linguagem.
http://ead.sistemafaep.org.br/

REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa I – caderno II: ensino médio e formação humana integral/Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [ autores: Carmen Sylvia Vidigal Moraes...et al.] . – Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2013.

FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANÁ. Sistema Faep. Disponível em: <http://ead.sistemafaep.org.br/>. Acesso em: 30 ago. 2014.

PARANÁ. Lei 18.118, de 24 de junho de 2014. Disponível em: <www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=exibir&codAto=123359>. Acesso em: 30 ago. 2014.

VOZ DA EDUCAÇÃO. Curitiba: Celso Ribas. 2014. Publicação mensal.