COLÉGIO ESTADUAL PROFª MARLI QUEIROZ AZEVEDO
Orientadora de estudo- Profª Pedagoga Rosi Margarete Bassa
A juventude e as tecnologias no ensino público
O objetivo principal do professor é fazer a transmissão dos saberes através de metodologias diversas que visam auxiliar e direcionar a aprendizagem dos discentes. A escola como mediadora desses dois sujeitos visa a aprovação dos estudantes avaliando os mesmos se estão aptos ou não, para avançarem às seriações subsequentes, e na maioria das vezes por pressões políticas se obrigam a aprovar os alunos que ainda não estão preparados para tal merecimento. Por outro lado, percebe-se por parte da grande maioria dos alunos, uma eterna resistência aos ensinamentos que seus professores lhes impõem, visto que tais ensinamentos não denotam nenhuma ou quase nenhuma importância para os nossos alunos, deixando de ter qualquer relevância para a vida social dos discentes, fazendo com que nossos alunos não consigam enxergar a real importância desses ensinamentos. No entanto os conflitos que a escola e seus educadores enfrentam todos os dias é o convívio com as tecnologias, pois a identidade dos alunos é forjada mediante a necessidade proposta pelo meio, no qual os jovens mantêm suas afetividades em redes sociais , distanciando de tudo e de todos e com isso a família se distancia cada vez mais de seus filhos, delegando as obrigações de “educação” para ESCOLA. Apesar de ser imposto isso, o docente deve assumir seu papel de professor, fazendo com que o fator ensino-aprendizagem seja alcançado independentemente da metodologia utilizada pelo professor. Em contra partida a escola comporta-se de maneira a mediar as identidades educador/juventude, atuando também como meio socializador e disseminador dos diversos saberes. Por outro lado os conflitos apresentados entre relação professor x escola x aluno, assumirão seu papel a partir do momento em que todos trabalharem em conjunto, pois o trabalho individual não obtém resultados. Em se tratando das tecnologias a variedade é enorme como por exemplos: quadros digitais, tabletes, celulares com infinitos aplicativos, material digitalizado, etc.. Entretanto, há diversas dificuldades de utilização desses artefatos tecnológicos devido à falta de habilidade dos professores no manuseio dos aparelhos, de uma estrutura física escolar mais apropriada para este fim, distribuição de tabletes restrita a alguns professores, falta de cursos de capacitação fornecido por especialistas em tecnologia dentro do âmbito escolar. Outros fatores são determinantes para que isso ocorra. Podemos também citar a parte burocrática. Até há verbas disponíveis para esse repasse, mas também existe uma enorme dificuldade para que esse dinheiro chegue a rede de ensino, prejudicando a modernização do estabelecimento educacional. Vivemos em uma sociedade totalmente tecnológica, mas a rede escolar não acompanha esta modernidade pois, muitas vezes, em um aparelho de celular, essa informação pode vir de maneira tão facilitada para o aluno, que não permite este refletir sobre a sua realidade e transformar esse pré-conhecimento em algo prático para a sua vida e, infelizmente, isso acaba influenciando na suas escolhas profissionais, porque o educando sai despreparado para viver em sociedade pela alta competitividade do mercado de trabalho, assim não conseguindo se restabelecer na profissão escolhida por ele. No Brasil temos o menor-aprendiz, um programa do Governo Federal, em que o jovem recebe formação profissional dentro de uma determinada empresa e irá desempenhar funções que provavelmente exercerá futuramente. Mas, infelizmente, grande parte desses jovens não são contemplados, ou não tem acesso a esse benefício, partindo para um emprego informal onde será mal remunerado e explorado por interesses de se aproveitar de uma mão de obra desqualificada devido da sua necessidade de obter uma renda para complementação da renda familiar. Vivemos em uma sociedade que não valoriza o conhecimento teórico, nem os valores culturais, principalmente ligados ao termo da socialização onde vemos o desinteresse dos jovens em cumprir regras, normas, fugindo dos modelos de valores morais e éticos. O modelo escolar que temos hoje no Brasil desestimula os jovens em relação ao comprometimento com suas obrigações pois o estabelecimento escolar não está dando conta da demanda que lhe é destinada em virtude da burocracia do sistema legal, beneficiando o próprio jovem, mesmo que este esteja em desacordo com as diretrizes escolares estabelecidos. Através disso, a escola deixa de ser veículo de mudança e passa a ser conivente com essa situação.
Cursistas- Adizio Gomes de Freitas Junior, Alessandra Maragno, Aline Conceição da Costa, Antonio Martins Bitencourt, Carlos Renan de Chaves, Daiane de Paula Faria, Donaldo Schreoeder, Eberson Ricardo Sabião, Elane Xavier Gomes, Fernanda do Rocio Nardin, Gilberto Brandl Junior, Jean Lonis Macedo, Joel Pereira dos Santos, Josiane de Fatima Gay Colly, Kark Werner Weiand, Kleber Luiz Xavier, Luciane Domingues Tancredo, Monica Aparecida Cardoso, Robson Morais Passos, Thais de Moraes Gelini.
Fonte:
A juventude e as tecnologias no ensino público - CADERNO II