Colégio Eleodoro Ébano Pereira EFMP.
NRE Cascavel , Paraná.
Texto: Áreas de Conhecimento e Integração Curricular
O texto começa apontando os aspectos causadores da descontextualização cultural e social dos conhecimentos escolares: a seleção e a forma de organização dos conteúdos por áreas do conhecimento e por disciplinas e os processos de avaliação de ensino. Pelas DCNEM, o estudante tem direito à inserção no mundo formal do conhecimento para poder participar de forma inclusiva da sociedade. Mas isso não acontece. Então, o que fazer para alcançar as metas das DCNEM de preparar o educando para o trabalho e a cidadania; aprimorar o educando como pessoa humana; possibilitar a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos e dos processos produtivos, relacionando teoria e prática? Para o melhor entendimento dessa questão, o texto encontra-se dividido em quatro momentos. O 1º trata do que são as áreas do conhecimento e qual sua relação com o currículo. A ciência cindiu a realidade para analisá-la e captar suas determinações mais específicas. Na cadeia da produção do conhecimento inseriu-se o ensino, que faz a transposição do campo científico para as disciplinas escolares que quando são consideradas apenas como acervos de conteúdos, isolados e despendidas da realidade concreta não permitem que o processo de ensino e aprendizagem alcance a compreensão da realidade pelo educando. Esses campos científicos, no entanto, podem ser agrupados formando as áreas científicas, que tornarão a ciência socialmente necessária. O 2º trata do ensino integrando trabalho, cultura, ciência e tecnologia. O trabalho deve ser entendido como o modo que o ser humano produz o mundo para si; a cultura, como o resultado dessa ação sobre o mundo; a ciência, como a forma de resposta adaptativa do homem para vencer a resistência do meio ambiente mediante a produção de sua existência; a tecnologia, como uma coleção de sistemas formados de instrumentos materiais e de instrumentos organizacionais, constrói não só a realidade física, mas também a realidade social. As dimensões acima citadas integrarão conhecimentos de distintas naturezas, contextualizando-os em relação ao contexto social contemporâneo. O currículo deve organizar o conhecimento e desenvolver o processo de ensino-aprendizagem de forma que os conceitos sejam apreendidos como sistema de relações de uma totalidade concreta que se pretende explicar/compreender. O 3º trata dos caminhos para a aproximação do conhecimento das diferentes áreas. A produção da existência humana se faz mediada primeiramente pelo trabalho e, depois, pelo trabalho nas suas formas históricas. A educação que tem como princípio educativo o trabalho compreende que o ser humano é produtor de sua realidade. Dessa forma, os processos produtivos podem ser referências para a proposta curricular a fim de se estudá-las em múltiplas dimensões, como econômica, produtiva, social, cultural e técnica. Para isso, deve ser utilizado o método da pesquisa que desperta a curiosidade do educando sobre o mundo que o cerca e lhe dá autonomia para que perceba as questões sociais, fugindo ao senso comum de entendimento das mesmas. O 4º trata do projeto curricular, da relação entre os sujeitos e deles com a prática. Pelo fato de o currículo envolver mais do que a dimensão ensino-aprendizagem, sua elaboração deve ter em vista os seguintes eixos ético-políticos: integração trabalho, ciência, cultura e tecnologia; integração escola-comunidade; democratização das relações de poder; enfrentamento das questões de repetência e evasão; visão interdisciplinar; formação permanente dos educandos. A proposta deve comprometer-se, também, com as propostas de intervenção e melhoria da realidade social, econômica e cultural da região.