A importância da linguagem e suas variadas formas no ambiente escolar
Dentro das concepções estudadas, principalmente segundo Foucault, o sujeito é produto do meio a que pertence, ou seja, o homem é resultado do que a Sociedade projeta sobre ele e que ele aceita como seu. Cada homem assume uma identidade baseado nas condições do meio em que vive e que encontram um espelho dentro dele.
Estes termos são discussões que acontecem entre os variados discursos, como o da ciência, o da religião cristã, o da psicologia, o da medicina, etc. Já o autor Ingo Voese (2003) acredita que, a medida que o sujeito desenvolve consciência ele tem como mediar essas intervenções do meio e se tornar um indivíduo único. Michel Foucault afirma ainda que as relações sociais são constitutivamente permeadas pelo poder e que este pode tanto efetuar a junção, assim como segregar as pessoas. Sendo assim, Voese afirma que ao desenvolver consciência da mediação discursiva e da construção coletiva da realidade e da sociedade, o ser humano se torna sujeito e com isto reelabora o coletivo e passa a ter uma visão de mundo menos singular e a conviver melhor em sociedade. Partindo dessa afirmação, nossos alunos deverão desenvolver a capacidade de comunicação em suas mais variadas formas, conseguindo assim se expressar em público, realizar trabalhos em equipe de maneira construtiva para o seu conhecimento, reconhecendo suas potencialidades e limitações a serem vencidas. Também, a maneira correta de utilizar a linguagem, tanto em ambiente acadêmico, quanto em ambiente de trabalho, respeitando suas origens culturais, bem como a sociedade na qual ele esta inserido, devem ser estimuladas. Assim sendo estarão aptos para analisar o mundo de maneira crítica, valorizando a diversidade social brasileira, convivendo e apreciando as várias formas de arte e de expressão encontrados no Brasil e no mundo globalizado. Neste contexto, os educadores utilizam a interdisciplinaridade nas variadas formas de linguagem e deverão estimular na escola a elaboração e participação dos sujeitos escolares em eventos culturais, tais como: projetos de dança, peças de teatro, concursos musicais de bandas, publicações (revistas, semanários, jornais ou periódicos escolares) visando contribuir com o aprendizado das questões técnicas de elaboração, participação e julgamento, bem como, da prática social envolvida nessas atividades.
Para tanto a organização curricular por áreas de conhecimento pressupõe planejamento em equipe. É indiscutível que a concretude de um currículo interdisciplinar só será realizada no exercício conjunto de sujeitos que percebam a educação e sua capacidade de formação integral. Para que a proposta de trabalho interdisciplinar se efetive, precisamos quebrar barreiras, tornando possível o diálogo aberto entre os profissionais envolvidos, viabilizando aos estudantes observarem o mundo em outras bases, refletindo e agindo criticamente, questionando práticas discriminatórias e excludentes, valorizando a diversidade cultural.
O Currículo deve então ser pensado e direcionado para o aluno, preocupando-se com a diversidade de acordo com as necessidades dos estudantes e as práticas pedagógicas devem partir do pensamento reflexivo, num constante movimento e em múltiplas direções, rearticulação o ensino e aprendizagem com o mundo dentro e fora da sala de aula, onde se agregam experiências já vividas, novos conhecimentos, expandido visões e reconfigurando práticas, onde a autonomia é vista como potencial humano, fazendo uso do conhecimento e linguagens. Assim sendo, o Currículo se torna um LUGAR, ESPAÇO, TERRITÓRIO, onde as transformações advêm da preocupação em educar para o desenvolvimento humano de modo ético e com justiça social.
Elaborado pelos professores do COL. EST. JAYME CANET – ENS. FUND. E MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS: Ana Paula Franco, Carlos Eduardo Ritter, eder Valter Camargo, Luciane Aparecida Marco, Rita de Cássia Calixto, Sergio Rogério Teixeira, Vera Lúcia Carlon de Carvalho, Vera Márcia Mortean e Viviane Buba.
Professora Orientadora: Themis de Araújo Gutierrez