Grupo Colégio Mondrone - Medianeira. Caderno 1
Temática do caderno 1
Colégio Est. João Manoel Mondrone – Medianeira PR
Grupo: Stefânia Schier, Neide de Oliveira, Lenir de Moraes dos Santos, Regina Remor Mazzurana
Questões:
1) A partir da reconstrução histórica aqui apresentada, identifique — individualmente e em grupo — os desafios que permanecem para o ensino médio na realidade brasileira e levantem possibilidades de explicação para eles.
Estimular continuamente a vinda dos alunos para a escola de qualidade, e principalmente manter o aluno nesta, em um ambiente saudável e de construção do conhecimento histórico e científico acumulado pela sociedade.
Melhoramento das políticas públicas que continuam atende na maioria das vezes apenas os desejos capitalistas do comércio e da indústria. Ainda não há comprometimento com a “formação humana integral”, é um direito do trabalhador brasileiro, uma necessidade premente e atual, uma conquista histórica e uma construção tardia na qual não devemos aceitar qualquer retrocesso.
“O grande desafio é trazer os jovens para a escola, fazer com que nela permaneçam e que concluam com sucesso o ensino médio. Uma escola capaz de propiciar a aprendizagem de conteúdos historicamente acumulados pela humanidade, em seus diversos campos, especialmente nas artes, nas ciências, nas línguas, na história, na tecnologia, na cultura e, assim, no trabalho como princípio educativo. Enfim, uma escola socialmente inclusiva e de qualidade socialmente referenciada. ” (pág. 42-43)
2) Caro colega professor, em um trabalho coletivo — envolvendo colegas professores, funcionários da instituição, membros da equipe gestora e os próprios alunos — levante dados que permitam conhecer aspectos que vocês julguem importantes do perfil social, cultural e econômico dos sujeitos matriculados no Ensino Médio de sua escola.
Para responder esta questão realizamos uma pesquisa socioeconômica e cultural com todos os alunos do Ensino Médio durante a semana, referente a moradia, dificuldades nas disciplinas, renda, lazer, equipamentos eletrônicos, trabalho, cultura, lazer, entre outros.
Ensino Médio Matutino: renda maior, estabilidade financeira, famílias com maior grau de escolaridade, alunos que residem no centro comercial da cidade. Nos cursos técnicos temos um número significativo de alunos oriundos de outras cidades e do interior do município.
Ensino Médio Vespertino: renda menor, residem em um número maior de casas alugadas, alunos oriundos de vários bairros e outras cidades(cursos técnicos);
Ensino Médio Noturno: grande maioria de alunos trabalhadores, com dificuldades financeiras, que residem em casas alugadas, famílias com baixa instrução.
3) Nas DCNEM afirma-se que o Ensino Médio, em todas as suas formas de oferta e organização, baseia-se na formação integral do estudante, tendo, dentre outros aspectos, o trabalho como princípio educativo, a pesquisa como fundamento pedagógico e a integração entre educação e as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como base da proposta e do desenvolvimento curricular. Constituam grupos de até cinco colegas com a finalidade de buscar nessa parte do texto que vocês acabaram de ler, no documento das DCNEM e em outros textos que discutam esse tema os principais princípios e fundamentos que constituem a proposta de formação humana integral. Discutam e registrem, no âmbito de cada grupo, a compreensão acerca desses elementos. Em seguida, reúnam todos os grupos para socializar as discussões e as conclusões de cada grupo, buscando elaborar a compreensão do grande grupo acerca de cada um dos elementos que constituem a proposta de formação humana integral. Finalmente, no grande grupo, reflitam sobre como desenvolver estudos que fundamentem práticas pedagógicas que possam contribuir para a materialização dessa proposta na escola, considerando os aspectos potencializadores, assim como as eventuais dificuldades a serem superadas.
Uma boa iniciativa já foi tomada com a introdução das disciplinas de Sociologia e Filosofia no núcleo comum de estudos proporcionando uma formação mais humana integral, com discussões sobre a sociedade, política e condições históricas e atuais do trabalho.
Outro problema grave que enfrentamos em sala é o cansaço do aluno trabalhador do noturno isso só será solucionado com “Uma política pública redistributiva e emancipatória seria aquela capaz de retirar do mercado de trabalho, formal e informal, todas as crianças e jovens até a idade legal de conclusão do ensino médio, o que pressupõe o desenvolvimento de iniciativas que combinem medidas na área da educação e da formação profissional e o acesso a programas de transferência de renda aos jovens em situação de vulnerabilidade e risco social, conforme reivindicação de movimentos sociais e insistente recomendação de especialistas, com ensaios bem ou malsucedidos do governo atual (MORAES, 2006).” (pág. 41).
A melhoria das condições de trabalho dos professores e funcionários e de estrutura geral da escola que não oferece salas e ambientes de estudo em contra turno por exemplo.
4- Como foi visto, temos um grave desafio a enfrentar em nossa realidade educacional, quando a metade (50,9%) dos jovens entre 15 e 17 anos não frequenta o ensino médio e aproximadamente um terço (34,3%) ainda está, como repetente ou por ingresso tardio, no ensino fundamental. Utilizando dados da PNAD/IBGE, vimos que a taxa líquida de matrícula para essa população passa de 17,3%, em 1991, para 32,7%, em 1999, atingindo 44,2% em 2004 e 50,9% em 2009 (IBGE, 2010).
Os indicadores apresentados são muito importantes na medida em que expressam a exclusão de grande número de brasileiros do acesso à educação e da permanência na escola, assim como de outros direitos. A relação entre educação e participação no desenvolvimento social torna inadiável o enfrentamento dos problemas. Diante deste quadro, como chegar à universalização do ensino médio?
A inserção dos alunos nas escolas depende de muitos fatores como a cultura e a valorização que as famílias dão para a educação. Sem o apoio dos pais e seu incentivo fica muito difícil nosso aluno principalmente dos alunos trabalhadores que já tem uma carga maior de atividades e de cansaço.
Enquanto o trabalho de jovens for uma prioridade e necessidade para muitas famílias nesta sociedade desigual e este for prioridade diante da educação a evasão escolar continuará ser uma grande realidade. É preciso lutar por uma sociedade mais justa, a mudança deve vir do seio da sociedade e se instalar como uma realidade em um futuro próximo.
Uma educação de mais qualidade nas escolas também deve ser uma meta fundamental “garantir ao adolescente, ao jovem e ao adulto trabalhador o direito a uma formação completa para a leitura do mundo e para a atuação como cidadão pertencente a um país, integrado dignamente à sua sociedade política (CIAVATTA, 2005, p. 85).” (pág. 34-35)
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