GRUPO COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPR DUTRA NOVA SANTA ROSA – PARANÁ REFLEXÕES CADERNO 2 – O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO
GRUPO COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPR DUTRA
NOVA SANTA ROSA – PARANÁ
REFLEXÕES CADERNO 2 – O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO
Caderno II Reflexão e ação 1 –
Iniciamos nosso diálogo falando do “jogo dos culpados” na escola. Como “virar este jogo” e construir novos relacionamentos entre professores e seus jovens estudantes? Em sua percepção, faz sentido esta afirmação de que professores e jovens se culpam mutuamente e os dois lados parecem não saber muito bem para que sirva a escola nos dias de hoje? Que tal promover uma conversa na escola sobre a questão dos sentidos do estar na escola para professores e estudantes? E por que não elaborar estratégias para promover o reconhecimento mútuo? Por exemplo, você pode elaborar mapas das identidades culturais juvenis do bairro; redigir cartas aos jovens estudantes para que eles se revelem além de suas identidades uniformizadas de alunos; promover jogos de apresentação na sala de aula, dentre outras atividades. E em quais outras iniciativas podemos pensar para ampliar o campo de conhecimento sobre quem são eles e elas que estudam e vivem a escola? Buscar perceber como os jovens estudantes constroem o seu modo próprio de ser jovem é um passo para compreender suas experiências, necessidades e expectativas.
RESPOSTA:
Acreditamos que não exista um jogo de culpados entre alunos e professores. O que existe é uma política de encontrar culpado para tudo.Interessante seria se pudéssemos mudar o sistema,se houvesse políticas públicas que mudassem a realidade desses alunos para que chegassem na escola valorizando a própria educação e mudando a perspectiva social.Na atualidade enfrentamos desafios ,tentamos estabelecer condições adequadas para atender a diversidade dos indivíduos,buscar compreender,assumir respeitar a diversidade,orientar para a emancipação intelectual, contribuir para que o jovem compreenda a importância de aprender a Ser -Conviver-conhecer e Fazer. Neste contexto é necessário conhecer as suas reais expectativas, sua história de vida e participação na comunidade, seus interesses para que ele se fortaleça cada vez mais como sujeito assumindo o que realmente somos SERES TRANSFORMADORES. A escola colabora quando define o seu currículo,quando se preocupa em incluir as novas tecnologias como estratégia na construção de conhecimentos e formação de espírito crítico.Assim não existem culpados ,mas, cooparticipantes de ações que não conseguiram dentro de cada realidade alcançar os seus próprios objetivos.
Reflexão e ação 2 –
As pesquisas apontam que uma das coisas que os jovens mais fazem na internet é conversar. E que tal propor um diálogo com os estudantes na escola sobre as conversas na internet? Será que o que se conversa pela internet tem “menos valor ou importância do que aquilo que se diz presencialmente? O que os jovens de sua escola diriam? Vamos tentar este papo como um exercício de aproximação com os estudantes? Professor, professora, sua escola está também aberta para o diálogo com as culturas juvenis que envolvem os jovens fora da escola? Que tal promover um diálogo sobre a questão, após assistir ao documentário O desafio do passinho: uma forma de expressão corporal e sociocultural?
RESPOSTA
Ao realizarmos a pesquisa com os estudantes das turma do terceiro ano A matutino, se percebe que a maioria tem em casa e utilizam sempre a Internet para lazer, pesquisas escolares, tirar dúvidas, se comunicar, ou seja, todos entrevistados de alguma maneira utiliza esta ferramenta, porém na maioria das vezes em momento algum demonstram algum tipo de receio e/ou medo ao utilizar a Internet. Os estudantes reconhecem a importância dos seus professores e também a escola, atribuindo-lhes valor significativo no processo de desenvolvimento educacional. Apresentam uma grande perspectiva em relação ao futuro que este seja promissor ,com um bom emprego ,realização profissional ,uma boa condição social e o conhecimento é essencial para o progresso em sua vida pessoal e profissional bem como a interação professor aluno é indispensável.
Em relação ao vídeo “O Desafio do Passinho” este sugere possibilidades de enriquecer nosso currículo com a realidade, que podemos usar os movimentos como uma ferramenta pedagógico observar como o estudante vive em que meio ele está inserido e agregar ao contexto escolar.
Reflexão e Ação 3
E nós, professores e professoras, como podemos ser parceiros e construtores de projetos para o futuro dos jovens e das jovens estudantes, que tal buscarmos estratégias metodológicas para que os estudantes falem de si no presente e de seus projetos de vida futura? Uma troca de correspondência entre os estudantes com a mediação docente pode abrir a possibilidade para o diálogo sobre as expectativas juvenis frente à vida. Da mesma forma, e pensando no presente de muitos jovens trabalhadores, tente também saber: quantos estudantes trabalham em suas turmas; que trabalho realiza; quais trabalhos já fizeram; sob quais condições; se foram feitos com segurança e proteção ou em condições de exploração e de proteção. Seus estudantes têm consciência de seus direitos de trabalhadores e trabalhadoras? Não trabalham, mas pensam em trabalhar ainda durante o tempo de escola? Que tal abrir um diálogo com eles sobre essas e outras questões?
RESPOSTA
Na nossa escola há realidades diferentes: no turno matutino o percentual que trabalha é pequeno. Porém no período noturno é bem diferente. A maioria trabalha. Alguns estão inseridos no mercado através de programas de incentivo ao trabalho como estagiários, . No entanto, há um percentual maior que trabalha fora dessa situação como trabalho formal, informal, autônomo, na lavoura com os pais. Para alguns a inserção no mercado de trabalho é considerado algo positivo, pois, observa-se que conseguem conciliar o mesmo com as atividades da escola começando a ser até mais responsável quanto a sua organização e aproveitamento enquanto outros priorizam o trabalho e não os estudos devido até a necessidade de sobrevivência por este motivo encontram certa dificuldade nos estudos. A falta de estímulo, de atrativos e de clareza sobre os benefícios da escolaridade, aliada à necessidade desses alunos de ajudar financeiramente a família, provoca abandono da vida escolar.
Reflexão e ação 4.
CARTA ABERTA A NOSSA JUVENTUDE
Prezados Jovens do Ensino Médio.
Hoje parei para fazer uma reflexão a respeito dos jovens do nosso país e principalmente dos jovens do nosso Colégio. Nós professores estamos sempre conversando sobre o nosso trabalho, nossas aulas e nossos alunos enquanto estudante. E nessas conversas o que mais aparece é a preocupação em contribuir para que vocês concluam os estudos com êxito e possam cursar um curso de ensino superior, ser um excelente profissional e ter um futuro promissor.
Um futuro promissor já está fadado, eis que vocês jovens, vão à luta e não medem esforços, mesmo que as dificuldades sejam tantas! Sabemos inclusive que diversas são as diferenças: Cultural, religiosa, etária, étnica, podendo ser entre os próprios alunos ou entre professor e aluno. Estas diferenças não podem e nem devem ser empecilhos par seguir em frente. Por isso que nós estamos sempre na luta para gerar a igualdade e amenizar as situações peculiares e problemáticas. Costumo dizer que meus alunos, são minha segunda família e é por isso que busco fazer o melhor, contribuindo não só para o desenvolvimento intelectual, mas principalmente enriquecer o interior, tornando mais fraterno, humano e consciente de que o próximo é irmão e semelhante a nós, devendo assim ser cidadãos conscientes de nossos feitos.
Acredito no potencial de cada um de vocês, pois fica demonstrado no dia a dia a força de vontade que vocês tem. As gincanas fazem transparecer o espírito de luta e garra que são fundamentais para o crescimento; A persistência em freqüentar as aulas mesmo em dias difíceis em que tudo colabora para um bom descanso; para muitos o trabalho em contra turno é árduo, o transporte que nem sempre é agradável, mas que vocês sabem que os leva ao caminho certo: O conhecimento!
Deixo aqui meu carinho e minha mensagem: Sejam curiosos, sejam guerreiros, corram atrás dos seus sonhos e suas vontades. Mas sejam acima de tudo vocês! Comprometidos com o futuro e esperançosos pelo melhor.
Jorge Trevisol e Gustavo Balbinot
Eu vejo que a juventude tem muito amor,
Carrega a esperança viva no seu cantar,
Conhece os caminhos novos, não tem segredos,
Anseia pela justiça e deseja a paz.
Mas vejo também a dor da insegurança
Que dói quando é hora certa de decidir.
Tem medo de deixar tudo e então se cansa,
Diz não ao caminho certo e não é feliz.
Ei, juventude, rosto do mundo,
Teu dinamismo logo encanta quem te vê.
A liberdade aposta tudo,
Não perde nada na certeza de vencer!
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