Conheço parcialmente e sei que foi construído coletivamente pela comunidade escolar no ano da fundação do colégio, assim, conseqüentemente, foi reformulado algumas vezes de acordo com os diferentes contextos pelos quais passou o colégio, como, por exemplo, com relação à rotatividade de professores, que nos primeiros anos de existência do colégio era muito baixa e com o passar dos anos aumentou gradativamente; na ocasião em que o colégio passou a funcionar em outro local – inicialmente funcionava em um prédio da prefeitura municipal –, atendendo um alunado diferente; e diante das mudanças provocadas pelos avanços tecnológicos, nesse caso especificamente com relação ao uso de aparelhos de telefonia celular em sala de aula. As reformulações acima citadas são apenas alguns exemplos que mostram o PPP como algo flexível e que pode (e deve) ser adaptado de acordo com a situação. Por se caracterizar também como uma forma de gestão democrática, muitas outras alterações são realizadas no PPP à medida que novos problemas surgem em qualquer dos setores escolares e, as maneiras de gerenciar esses problemas são discutidas com a comunidade escolar e inseridas no PPP. Atualmente, estão sendo inseridas no PPP as alterações referentes à Lei de Educação Ambiental.
Como principais finalidades, o PPP de meu colégio contempla um ensino que promova a autonomia dos alunos para assim oferecer-lhes uma formação plena, bem como a participação e integração de todos os setores escolares, a fim de formar um corpo uno e responsável por uma educação de qualidade.
Diante disso, se a proposta da moderna educação não é mais fazer do educando um simples receptáculo do conhecimento historicamente adquirido, mas sim formar sujeitos autônomos e preparados para a vida em uma sociedade democrática, é necessário promover em sala de aula, situações que simulem as escolhas e as responsabilidades atreladas a essas escolhas, com as quais esses indivíduos irão se deparar ao longo de suas vidas. Sujeitos autônomos não obedecem cegamente, eles pensam e questionam, querem ouvir e ser ouvidos, são criativos e dinâmicos, precisam ser constantemente instigados, precisam de desafios.
É função do professor, enquanto condutor da relação ensino aprendizagem, promover essas oportunidades e isso não é possível quando o professor se julga o todo poderoso, o senhor da lei e a única voz em sala de aula.
Portanto busco sempre criar entre eu e meus alunos uma relação de amizade e empatia, que possibilite a abertura para o diálogo e a participação nas decisões cotidianas, é claro que certos limites devem ser respeitados, pois democracia não significa falta de governo, mas sim participação coletiva. Nesse sentido, acredito estar cumprindo com meu propósito, enquanto educadora, que é ajudar na formação de seres reflexivos.