A democratização da escola é um processo que se constrói de forma coletiva, implicando no exercício de participação, tomadas de decisões, diálogos e valorização da comunidade escolar. Tem-se também de considerar as particularidades históricas de cada espaço escolar.
Não se pode pensar em democratização da escola sem considerá-la como um espaço que implique nas condições e diferenças, isto é, sem considerar a liberdade de expressão, respeito ás diferenças e que através do constante exercício do diálogo se efetive no dia a dia o processo coletivo de decisões.
Os conselhos escolares organizados para promover a democracia no interior da estrutura escolar, bem como APMFs, Grêmios estudantis, estudantes. Também fazem parte desses interins; as eleições diretas para diretores, a construção do projeto político pedagógico e outros mecanismos de gestão democrática. Entenda-se que não é apenas a prática desses mecanismos, mas a construção dos mesmos já se configura gestão democrática. Ao efetivar a ação desses mecanismos o aprendizado político funciona como uma pedagogia da democracia no seu evoluir fomenta a ação interna da coletividade democrática.
Sendo assim os mecanismos e a estrutura são inerentes ao processo de construção do indivíduo na escola. A grande problemática não está exatamente nas políticas de gestão, mas nos agentes dessa política que por interesses ideológicos e ou partidários, minam e sabotam as tentativas de gestão democrática buscando, com o sistema, legitimar suas ações reprováveis. O próprio Estado muitas vezes através de orientações aos gestores (diretores), que em tese deveriam salvaguardar a gestão democrática, faz justamente o contrário, mas, esses, inseridos no sistema acabam por ludibriar ou pressionar os agentes do processo a se inclinarem por suas decisões unilaterais. Nesse aspecto a gestão democrática passa a ser uma ditadura do sistema.
Adriano luiz do Santos
Celia Regina Padilha de Andrade
Marçal Jacomo Montanari Lombardi
Marcelo Vitor Fiat Koski
Joel Mendez dos Santos
