A organização escolar está fundamentada na Gestão Democrática conforme prevê a LDB (1996) que a regulamentou como um dos princípios fundamentais da educação.
Compreender e trabalhar nesta perspectiva é sempre um desafio pois não há receitas prontas que determinem passos a serem seguidos. O que há são estudos que permitem pela via do conhecimento e pelo diálogo coletivo definir/decidir as soluções viáveis e necessárias para atingir os objetivos do processo educativo.
A efetivação da gestão democrática inicia com a consulta à comunidade e a apresentação de proposta de trabalho que atenda as necessidades da comunidade escolar local.
Nesse sentido, percebe-se avanços positivos em relação ao diálogo permanente com os sujeitos do processo pois as soluções se mantém até que outro problema apareça.
Quando se fala em gestão democrática a legislação define como órgão máximo de direção o Conselho Escolar. Na prática essa instância é constituída, instituída mas destituída de atuação que atenda a finalidade claramente descrita no regimento escolar e no próprio estatuto do mesmo.
Nessa mesma situação encontra-se o grêmio estudantil. Instituído na escola porém com atuação mínima. Há que se considerar que durante muito tempo o jovem ficou esquecido como sujeito capaz de participar, sugerir tomar decisões. Criou-se uma cultura do cumprir o que se pede e isso desmobilizou o espírito participativo. Resgatar a participação dos jovens exige a presença de alguém que os motivem, os desafiem, os estimulem rumo a uma cultura que além de despertar talentos e lideranças percebam o valor da vida e por ela canalizem todas as energias.
A gestão democrática tem tudo a ver com planejamento e conforme Paro (1986), o planejamento na escola pública deve se encaminhar no sentido de partir da prática espontânea, buscando superá-la mediante a práxis reflexiva( Caderno 5 p. 16).
Refletir sobre a prática planejada e executada com os sujeitos do processo educativo são possibilidades de construção de um Projeto Político Pedagógico voltado ao atendimento das reais necessidades da comunidade escolar.
