GESTÃO DEMOCRÁTICA

TEMÁTICA DO CADERNO 5

Nos estudos abordados no caderno cinco podemos perceber que é através das Políticas Publicas em Educação têm-se oportunidades de refletir e construir novos paradigmas que possibilitem uma educação voltada para a classe trabalhadora. Precisa-se lançar um olhar político sobre o final do século XX que possibilite a reflexão sobre as discussões contemporâneas da ciência política e, por conseguinte, a urgência de um novo enfoque das ciências sociais, com obvias consequências sobre as políticas educacionais.
O pedagógico refere-se à finalidade da ação educativa, implicando objetivos sociopolíticos a partir dos quais se estabelecem formas organizativas e metodológicas da ação educativa. Entra em cena o papel do pedagogo e do diretor, na construção do Projeto Político Pedagógico da escola, que e um instrumento que descreve e revela o espaço escolar para alem de suas intenções, que supere os conflitos, elimine as competitividades corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mundo impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola.
Cidadãos e educadores devem conhecer bem a lei que nos rege e acompanhar permanentemente os andamentos das discussões e as novas resoluções que estão sendo apresentadas pelo Conselho Nacional de Educação. E importante, portanto, que cada profissional da educação, esteja participando através de organizações, conselhos e sindicatos, destas discussões a fim de poder contribuir na elaboração de Leis que favoreçam o desenvolvimento de nosso próprio trabalho e consequentemente o desenvolvimento de nosso alunado.
Pensando nas Políticas Publicas, não podemos negar a importância do Fórum Nacional em Defesa da Escola Publica que mobilizou educadores de todo canto destes pais, promovendo em nível nacional, estadual e municipal, vários seminários, palestras e encontros, debates e congressos a fim de se buscar coletivizar as proposta de cada entidade representativa.
Nesse sentido, a definição de regras claras e democráticas de condução dos debates, de formulação e votação de sugestões e, finalmente, de tomada de decisões se configura como possível antídoto às manipulações. Na medida em que a instalação do Conselho da escola cabe a ela, escola, é legítimo que professores, alunos, pais, direção e corpo técnico tenham a prerrogativa de elaborar as regras para seu funcionamento e para o acompanhamento e cumprimento das decisões tomadas, obedecida a legislação que configura tal instância deliberativa.
Transformar as reuniões do Conselho Escolar no sentido de torná-las efetivamente um espaço democrático de decisões exige, claro, a disposição da direção da escola, assim como de seu corpo técnico e dos professores, de tomar medidas nessa direção. Entre estas está a de tornar mais transparente para todos os participantes, em particular os pais dos alunos, as possibilidades e limites da escola para assumir decisões coletivas referentes à vida institucional, tendo em vista sua pertença a uma rede cujas normas não são decididas por ela, mas sim pelo Estado, bem como as possibilidades de, democraticamente, quebrar tais limites.