Cascavel, 19 de Novembro de 2014.
NEIRE MARIA MARCANTE - COL. ESTADUAL OLIVO FRACARO.
A escola, como qualquer outra instituição pública ou privada, tem suas diretrizes e todo um complexo sistema de normas e regras, e, apesar de ser feita para contemplar seres humanos com toda sua heterogeneidade, acaba sendo “engessada” por tantos atropelos burocráticos que se torna difícil responder até onde somos incluídos ou excluídos de decisões tomadas, já que muitas vezes as normas que orientam ou regem o sistema escolar já vêm prontas e não nos resta outra alternativa senão executá-las.
Dentre as poucas coisas as quais a escola tem autonomia para discutir sobre o planejamento do ano letivo, somos consultados acerca da construção do calendário escolar, do uso financeiro da verba do fundo rotativo, o que considero muito importante e tem nos ajudado com a manutenção de equipamentos e materiais didáticos solicitados pelas diversas disciplinas.
Gostaria que houvesse uma maior participação de professores em discussões políticas voltadas para as construções de regulamentos e leis que regem o sistema escolar pois nós fazemos parte desse universo, vivemos e respiramos a escola todos os dias durante até doze horas diárias e sabemos exatamente o que é necessário e o que é meramente burocrático e que atravanca todo o trabalho pedagógico, então poderemos considerar a escola como um espaço verdadeiramente democrático, porém enquanto as normas chegarem prontas como um bolo em caixinha em que se acrescenta o leite, bate bem e o leva ao forno, sem saber como exatamente os ingredientes foram selecionados e por quem, não creio que podemos a considerá-la um espaço democrático, mas apenas um espaço em que tentamos nos ajustar às regras impostas e fazer o melhor trabalho possível.