O presente caderno em estudo propõe ao professor repensar suas práticas pedagogias cotidianas com vistas à aplicabilidade das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, em que prevê uma formação humana integral, na qual o jovem ao concluir o ensino médio, seja um jovem preparado tanto no que se refere ao conhecimento cientifico quanto ao que se refere a sua formação humana e social perante a sociedade em que está inserido.
Sabe-se que ao longo da história o ensino médio oscilou entre preparar o jovem para a formação acadêmica, preparando-o para o ingresso nos cursos de nível superior ou, prepará-lo para a formação técnica, ou seja, o trabalho. Hoje, ao que parece não se sabe muito bem que rumo tomar quando se refere a formação do jovem no ensino médio.
O professor sabe que deve proporcionar ao jovem a sua formação integral, ou seja, prepará-lo tanto com conhecimento cientifico, bem como fazer com que se forme socialmente, sendo capaz de repensar e entender o mundo a sua volta, sendo ainda capaz de conseguir viver com dignidade e conforto nesta sociedade competitiva.
Ocorre que a realidade não permite que o professor cumpra o que está exposto no parágrafo supra por diversos motivos alheios à sua vontade. Cabendo ao professor se dedicar - com mais exclusividade - aos conteúdos científicos, uma vez, que o currículo é extremamente extenso, o que demanda muito tempo do professor e do aluno. Sendo que o não cumprimento e, vencimento destes conteúdos curriculares ao longo do período escolar levará ao professor a retaliações, devido a burocracia imposta pelo sistema governamental.
Assim, pode-se chegar a conclusão que o ensino médio atualmente, pauta-se quase que exclusivamente, para a formação do jovem visando o ingresso na rede superior de ensino, porém tal realidade vai em desencontro com a realidade da maioria dos jovens que compõem o ensino médio, pois esta maioria trabalha e necessita de uma formação mais técnica e específica que o prepare para o mercado de trabalho.
Uma vez que, cada vez mais se exige para conseguir um emprego, porém a formação que esta sendo ensinada nas escolas, muitas vezes não prepara este jovem nem para o ingresso nas universidades nem para o sucesso na obtenção de um emprego que lhe proporcione conforto e dignidade humana.
Mudar apenas o currículo não é a solução para sanar este “problema”, é preciso muito mais que isto, mas um ponto de partida seria a criação de escolas técnicas de acordo com a oferta de emprego de cada região, juntamente com uma duração do curso mais longa, já que esta carga horária brasileira não é suficiente para a formação digna de nenhum jovem.
A estrutura das escolas também é um grande fator que auxilia ou prejudica a formação jovem, não basta uma escola apenas com salas de aula de carteiras, um centro cultural e esportivo, com certeza, estimularia o jovem a querer permanecer na escola.
Retomando ao ponto principal deste caderno , como citado no primeiro parágrafo, como professora de língua estrangeira moderna posso afirmar que ao trabalhar nas salas de aula, busco transmitir aspectos culturais para que o aluno compreenda a pluralidade existe, e que respeito as diversidades, pois é importante reconhecer a cultura do outro e respeitá-la. Quanto ao mundo do trabalho, tento mostrar aos alunos a importância de se conhecer uma língua estrangeira, pois trará muitas oportunidades, não somente ligadas ao mundo do trabalho, mas também a capacidade de acesso à ciência e a tecnologia existentes nas culturas diversas.
Tal conhecimento permitirá que o aluno seja capaz de olhar para si e para a sua cultura com olhar crítico, diferenciando-a das demais, respeitando todas e, assim possa reconhecer os fatores positivos e negativos da sociedade em que vive, e desta forma ser capaz de contribuir para o desenvolvimento e enriquecimento do ambiente em que vive.