COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR GUIDO ARZUA
Ângela Maria Bandeira Leal, Denize Graziele de Lima, Marina Ricardo, Rosalina Oliveira Almeida de Souza, Taymara Daiane Ribeiro
Acreditamos ser consenso entre a categoria de educadores que atuam no Ensino Médio o fato de que tanto a diversidade quanto a pluralidade cons-tituem importantes desafios na organização do trabalho pedagógico escolar. Um dos principais conceitos que permeiam as discussões acerca da superação das desigualdades estabelecidas no ambiente escolar é a questão da interdisciplinaridade. Atualmente, para que a escola possa cumprir seu papel social é imprescindível uma adaptação dos saberes escolares às realidades trazidas por cada ser atuante que passa a integrar a comunidade escolar. Na prática isso significa que cada educador e educadora deve discutir com seus pares as relações existentes no seu meio de atuação e pensar em conjunto qual a melhor maneira de atender a tais demandas. Professores e professoras das diversas disciplinas curriculares deveriam aliar ideias e conhecimentos no sentido de formar cidadãos, conhecedores não apenas de conceitos isolados, mas também da realidade sobre quem são no mundo. Entretanto, concluímos sobre o tema Interdisciplinaridade que além da dificuldade de diálogo presente entre os docentes das diferentes áreas do conhecimento, a formação desses profissionais deixa muito a desejar em relação ao trabalho voltado para a pluralidade de ideias. Na maioria das vezes em que soluções para a incorporação de saberes transversais são visualizadas por grupos heterogêneos de educadores, aparecem sempre impedimentos para a sua efetivação devido ao despreparo em lidar com tais situações.
Apesar disso, é evidente que a pluralidade e a diversidade podem sim ser mola propulsora de nova organização do trabalho pedagógico. Entretanto, para vencer o receio e a resistência existente no meio escolar frente a discussões que visam a interação de conteúdos diversos em interdisciplinaridade, requer-se a intervenção de uma equipe pedagógica focada nas diversidades da sua comunidade escolar e ativa nas mediações que se fizerem necessárias. Nesse sentido, torna-se muito importante unificarmos as ações pedagógicas e tomarmos como ponto de partida para um novo olhar nossas reflexões acerca da totalidade revelada em cada um de nossos educandos. É preciso, por fim, superarmos a fragmentação de conceitos e avaliações e concretizarmos atitudes afirmativas que considerem as crenças, as origens, os costumes, ou seja, as raízes culturais de nossos discentes. Desse modo, seguiremos para uma formação humana integral e a efetivação de uma escola mais digna, construída na expressividade plural de nossos alunos e alunas e pautada na justiça social.