Formação de Professores do Ensino Médio "O currículo do Ensino Médio, seus sujeitos e o desafio da formação humana integral"
Formação de Professores do Ensino Médio
O currículo do Ensino Médio, seus sujeitos e o desafio da formação humana integral
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para O Ensino Médio (DCNEM) propõe que atividades curriculares sejam organizadas a partir dos eixos: “O trabalho como principio educativo” e “a pesquisa como princípio pedagógico”, integrando as dimensões (trabalho, cultura, ciência e tecnologia) com o objetivo da formação humana integral. O trabalho está relacionado a toda a ação humana para a sobrevivência. A Ciência busca melhorar as condições de vida do homem solucionando problemas existentes criando e aproveitando tecnologias. Toda a práxis de uma população como os costumes, os valores, fazem parte da cultura deste povo. Analisando as afirmações anteriores é possível verificar que essas quatro dimensões são indissociáveis.
Os jovens estudantes na atualidade querem uma escola com significado, que contribua para a compreensão da realidade de acordo com os objetivos do estudante, quer para a preparação para o mundo do trabalho ou para a continuação dos estudos na universidade. Levando em consideração também a diversidade de sujeitos que hoje frequentam a escola.
As Diretrizes Curriculares Estaduais preveem um currículo dividido em disciplinas para uma melhor formação acadêmica, propondo que a escola trabalhe a partir dos conteúdos, as questões que interessem aos jovens como: sexualidade, drogas, violência, entre outros. Já, as Diretrizes Curriculares Nacionais propõem um currículo voltado para as áreas do conhecimento com integração curricular. A partir desses documentos embasam-se os Projetos Políticos Pedagógicos das Escolas, as Propostas Curriculares e os Planos de Trabalho Docente. Contudo observa-se no dia a dia das escolas, que os alunos possuem certas dificuldades em entender e aprender, mas será que a proposta pedagógica está adequada para os moldes dos dias de hoje, ou precisamos repensar sobre esta temática. Existem ótimos planejamentos bem elaborados bem estruturados no “papel”, mas quando transformado para a prática real não vemos nada de bom. Mas porque isto acontece?
Conforme a fala: o planejamento escolar deve partir da realidade concreta e estar voltado para atingir as finalidades da educação básica definidas no projeto coletivo da escola. Porém quando repensando sobre este fato notamos que muitas coisas que são colocadas no planejamento de acordo com os conteúdos dos livros didáticos, alguns assuntos não condizem com a nova realidade do educando, têm que repensar o que serve e o que não serve.
Deveriam orientar-se a partir de quatro questões básicas:
1. Que objetivos educacionais deve a escola procurar atingir?
2. Que experiências educacionais podem ser oferecidas que tenham probabilidade de alcançar esses propósitos?
3. Como organizar eficientemente essas experiências educacionais?
4. Como podemos ter a certeza de que esses objetivos estão a ser alcançados?
Mas de acordo com o sistema atual nota-se que não se consegue fazer uma junção do trabalho, ciência e cultura, pois muitos métodos estão ultrapassados para o mundo atual que é mais visual do que literário.
Na proposta do DCNEM tem itens bom, mas se faz necessário pensar como está a atualidade, pois algumas situações do currículo não são pertinentes para a educação atual, mas o que fazer? Não temos uma resposta pronta. Desta forma o objetivo central é reestruturar o currículo de modo a superar a dualidade do ensino médio, definindo-lhe uma nova identidade integradora. Incorporando caráter propedêutico e preparo para o trabalho e superação da fragmentação do conhecimento, reforçando a flexibilização do currículo e desenvolvendo uma articulação interdisciplinar, por áreas de conhecimento. Promovendo atividades integradoras definidas com base nas quatro dimensões do ensino médio, (trabalho, ciência, tecnologia e cultura). Se, do ponto de vista dos objetivos da educação, a essa proposta atribuem à escola a função de difusão do saber socialmente valorizado.
Muito se fala em mudança, mas, nota-se que as famílias estão mais preocupadas com a sua própria apresentação perante a sociedade, do que trabalhar alguns valores humanos. Valores tais como: por favor, da licença, obrigado, desculpa, entre outros que são deixados de lado por muitos.
O que importa no momento é a roupa que se usa, o carro que se tem... . É importante ter em mente que certas mudanças não irão atingir os jovens na atualidade e sim seus filhos. Por isso toda mudança deve ser discutida com cautela. Será que a sociedade está preparada para receber o novo. Pois muitas formas de aprendizagem não são ensinadas no cotidiano escolar.
Será que a finalidade da educação que pensamos são as mesmas que nossos educando estão buscando, ou existem divergências entre uma e outra. É difícil falar em finalidade da educação nos dias de hoje, pois alguns pais não comungam com os mesmos ideais da escola, tornando difícil o papel (do educador) perante a sociedade educacional.
Segundo estudos direcionados ao ensino médio, no que diz respeito ao contexto educativo, nunca houve uma certeza do que seria “melhor” para tal público, pois no decorrer da história, oscilou-se entre o desenvolvimento acadêmico focado ao ingresso de faculdades, e formação técnica direcionada a preparação para o trabalho. Desta forma as duas situações tendem a seguir o mesmo direcionamento no que tange a divisória do conhecimento escolar em disciplinas e a individualidade. Cada proposta apresenta como foco o arquivamento e memorização de conceitos ou o exercício pela reprodução. De qualquer maneira, inibe e suprime o potencial e a autonomia do sujeito, em explicar, criticar e argumentar, criando assim uma formalidade pautada no extremo, explicada unicamente por desígnios da concorrência, que consisti em ingressar na faculdade ou no mercado de trabalho.
Assim, a mudança precisa acontecer na prática do ambiente escolar e reorganização curricular, partindo da preparação e formação de novos ou experientes profissionais da educação, pois desta preparação, acontecerá a conscientização de associar o ensino à realidade vivida pelo educando.
A sociedade vive uma cultura simbólica de que a Escola é importante. O pai diz ao filho "estude para ser alguém na vida". Contudo o Educando vem pra escola, socializar-se, e, recebe informações fragmentadas que nem sempre faz sentido para ele. O currículo deve integrar e relacionar os conteúdos básicos. Faz-se necessário assegurar ao aluno do que ele aprendeu realmente faz sentido. Ele deve ter conhecimento básico, para poder caminhar com independência.
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