ETAPA II – CADERNO IV

Colégio Estadual Monsenhor Guilherme – Foz do Iguaçu
ATIVIDADE COLETIVA
CURSISTAS
Gialaine Aparecida Poli
Jeancarlo Bresolin
José Augusto de Mello
Ledir Kreuzberg Marcelino
Mario Celso de Souza
Vagner da Silva Costa
Elizabeth Lopes dos Santos
Maria Ingrid Britz Guder

O filme “O enigma de Kaspar Hauser” nos faz refletir sobre questões como a aquisição da linguagem e se esta aquisição estaria ligada com as experiências vividas no “mundo físico”, além de outras questões interessantes como até que ponto a linguagem é capaz de alcançar o pensamento?
Kaspar Hauser é um rapaz que vive há anos trancado em um quarto escuro, ele jamais saiu de lá, e jamais teve algum tipo de contato social. Por conta destas condições, Kaspar além de não falar também não possui parte de suas funções motoras. Kaspar Hauser não sabia sentar, falar, os movimentos eram básicos, vivia acorrentado e só tinha contato com pessoas a noite quando eram deixados água e pão para se alimentar. Ele tinha rejeição a outros tipos de alimentos, pois não fora condicionado a ingerir comidas diferentes.
A partir daí podemos compreender o quanto, não somente o convívio social, mas também experiências simples que vivenciamos desde pequenos em nosso dia a dia, contribuem para o processo de assimilação e assim, desenvolvimento da fala.
Mesmo Kaspar saindo da clausura e passando a conviver em sociedade, para ele, nada faz sentido. Para ele, seu quarto é maior que a torre, apenas porque ao se virar, de todos os ângulos, ele ainda pode ver as paredes, já a torre, ao se virar, ela “desaparece”.
Outro ponto importante é a questão de como o medo pode ser algo criado, e não um evento natural. Kaspar é atraído por uma vela, mas, após se queimar, aprende que a o fogo machuca e passa a ter medo.
Contudo, observamos que mesmo aprendendo a falar e escrever, Kaspar não compreende os signos. Quando nós falamos a palavra cadeira, por exemplo, automaticamente nos vem à cabeça a imagem de uma cadeira, mas para Kaspar isso era impossível, uma vez que ele jamais viu uma cadeira, o que reforça a importância do processo de assimilação, que nada mais é do que um processo cognitivo, que consiste em classificar novos eventos com base em esquemas já existentes.
Verifica-se que é pela língua que é possível a constituição sócio-histórica. A intercessão simbólica que Vygotsky fixou foi muito importante para a captação da constituição cultural. Cada cultura constrói instrumentos de acordo com cada método sócio-histórico vivenciado. É pela linguagem que interagimos uns com os outros, anunciamos nossos anseios e construímos nossa cultura.
Sendo a língua um instrumento de internalização sócio-histórica, é difícil entendê-la como uma obrigação. Os aspectos típicos tem significado expressamente conectados a linguagem. Ao pronunciarmos a palavra obra, por exemplo, já internalizamos o significado desta palavra em nossas imaginações, mas é preciso aprender o significado desta palavra e assim quando aprendemos impulsionamos para um desenvolvimento mais ordenado do pensamento. Porém no filme Kaspar Hauser, mesmo vivendo em sociedade não conseguiu atribuir significados a muitas coisas, mesmo adquirindo a linguagem. Penso que a internalização, mais apurada da linguagem deve ser desde a fase infantil, pois assim o indivíduo vai internalizando as representações simbólicas, construídas na sociedade.
De maneira mais natural em grupos de ponderação na sociedade, as festas, o jogo de futebol, na conversa com pais, amigos, familiares etc. De modo orientado, geralmente na escola, nas rodas de conversa como de leitura, compartilhamento de textos, produção de textos jornalísticos, críticos, argumentativos e outros, desenvolvimento de peças teatrais, exposições artísticas, participação em saraus e projetos esportivos.
Por meio das técnicas de linguagem os alunos entram em contato com as alterações linguísticas e aprendem que a adaptação é básica nas práticas cotidianas, podendo também compreender que a norma padrão é a variedade de conceito, mas que existem outras maneiras de se expressar verbalmente inteiramente aceitas em determinados períodos. Além disso, estudam questões gramaticais, que nos auxiliam na hora de escrever e falar corretamente. Estas práticas desenvolvem também a capacidade de interação e comunicação social. Algumas destas práticas proporcionam o contato com outros conhecimentos como questões ligadas à saúde, reeducação alimentar, exercícios físicos que trazem inúmeros benefícios à saúde física e mental do ser humano.
A área de linguagem possibilita vários trabalhos interdisciplinares, as disciplinas de Artes e Língua Portuguesa são disciplinas que se complementam e, portanto, o trabalho interdisciplinar torna-se prazeroso. Mas há outras possibilidades que podem envolver as disciplinas não só da área de linguagens, mas de outras áreas.
A proposta interdisciplinar abordada aqui mostra conhecimentos preciosos na disciplina de Língua Portuguesa, apresenta uma grandeza de trabalho integrada ao procedimento educativo, podendo ser incluída como mecanismos de organismo de conhecimentos, diz conceito aos diversos componentes curriculares da área de Linguagens, o  trabalho envolve desde as  práticas pedagógicas até resultados obtidos ou seja, a grandeza do trabalho incluiria tanto os processos de ensino e aprendizagem, quanto o uso crítica das diversas expressões de linguagem na sala de aula e em outros contextos fora da escola.
O trabalho em Linguagens, especialmente em Língua Portuguesa numa perspectiva interdisciplinar, apresenta uma formação ampla pautada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, o Ensino Médio e  possibilita o acesso a conhecimentos científicos e tecnológicos, também tem o compromisso de gerar a reflexão crítica sobre os padrões culturais que constituem normas de comportamento dos grupos sociais.
Algumas abordagens podem esclarecer a assimilação e/ou aprofundamentos de diversas práticas culturais; as informações necessárias para melhor envolver as intenções culturais recentes que se explicam nas diversas formas de linguagens; e as probabilidades oferecidas pelo universo das distantes práticas culturais como campo do trabalho, por meio da compreensão das práticas corporais, as mostras artísticas, os gêneros literários, as várias línguas são consolidações de preceitos culturais, assim anunciam diversas possibilidades de perceber e demonstrar a realidade, quando os alunos têm a probabilidade de aceitar e se adaptar das mesmas, alarga suas perspectivas de mundo e as possibilidades de refletir sobre ele próprio e de interferir no contexto social.
Mais um fator importante é enfatizar entre muitas probabilidades, é oportunizar aos alunos posições de ter relação com múltiplas citações culturais permitidas pelas tecnologias de entendimento e conhecimento, aplicar os organismos empregados pela propaganda, não apenas para enfatizar as características de um produto à venda, mas também para unificar o mesmo a ideais socialmente valorizados,como sucesso, conquista, juventude, simpatia, sensualidade, beleza, a qual é muito significativa para a maioria dos estudantes.Trata-se de oferecer condições ao estudante de avaliar e criticar a publicidade de alguns produtos que oferecem “milagres” e não cair na tentação do consumismo.
As atividades podem ser desempenhadas dentro da realidade de cada turma, uma forma prática é a produção de uma página coletiva na internet, a criação de um blog de beleza, saúde, tecnologia, cultura, boa forma e outros, com a participação integral dos alunos nas publicações e acompanhamento.
Com essa atividade, a área das Linguagens pode contribuir para que os jovens reconheçam o papel das ciências na cultura de novos conhecimentos, imprimindo assim um significado ao rigor científico necessário para tal fim. Por outro lado, a área também pode contribuir para que os jovens despertem para a pesquisa na área que mais lhe interessa, daí percebe-se as transformações e verificam como as novas tecnologias de comunicação e informação facilita o modo como as pessoas se relacionam, constroem a sociedade e realidade.
O nosso objeto curricular é Linguagem, Códigos e suas tecnologias aqui representadas pelos professores de Educação Física, Inglês, Matemática, Geografia, História e Língua Portuguesa e nós temos consciência de que o currículo é a soma dos conhecimentos dos seres humanos e, mostra que ele não é estático, imutável, que os nossos alunos devem atuar sobre ele construindo suas próprias aprendizagens. O mundo transforma de maneira muito rápida e devemos fazer chegar esse conhecimento novo que surge em decorrência dessas mudanças aos nossos alunos. Aqui entram as tecnologias digitais que nossos alunos dominam bem e que nós não as empreendemos em nosso fazer pedagógico.
A nossa prática de sala de aula, infelizmente, ainda é mais centralizada no professor como aquele que sabe e o aluno que não  sabe, a seguir, neste conjunto,  não tem como este aluno ter poder de decidir sobre o que é mais importante para ele aprender.
Quanto as técnicas utilizadas no dia a dia da sala de aula já se pode compreender uma atualização, pois utilizamos debates, seminários, pesquisas, entrevistas, relatórios, no intento de fazer com que o aluno torne-se agente de sua aprendizagem, tornando-se um ser autônomo, crítico  e participativo nas decisões importantes do grupo do qual faz parte.