Etapa II - Caderno I Organização do Trabalho Pedagógico no Ensino Médio
Colégio Estadual Ulysses Guimarães - Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante. Curso: Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio - Etapa II - Caderno I: Organização do Trabalho Pedagógico no Ensino Médio. Equipe: Gilcler Idilmar Machado Ferreira Jussimara Aguirre Malherbi Magda Regina Pereira Burgath Valéria de Oliveira Fernandes De acordo com as reflexões elaboradas sobre a diversidade e a pluralidade, no âmbito de ser o desafio na organização do trabalho pedagógico escolar, e também a possibilidade das mesmas serem a mola propulsora desta nova organização, registra-se que está previsto nas DCNEM que haverá uma reformulação do ensino Médio nos moldes do ENEM, isto é a presente organização primará pelo trabalho que envolva o conhecimento científico, por meio das áreas do conhecimento, tais como: Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza. Assim, as discussões para esta nova organização do currículo do Ensino Médio centrar-se-ão em ações como: • Tomada de contato com a proposta, afim de que os docentes não sejam surpreendidos. • No redesenho curricular, com base nas áreas do conhecimento, desde que não implique na exclusão de qualquer “componente curricular”, mas sim no fortalecimento do diálogo entre ele, por ocasião da elaboração do planejamento. • No encaminhamento que adquire um viés político e sugere um repensar na perspectiva da educação. • Proposição, de acordo com o PNE, a ampliação do caráter democrático no processo de formulação dos documentos norteadores da escola. • Destacamento dos possíveis equívocos na análise do quadro geral da educação, quando da elaboração do projeto em questão. • A análise no tocante da presunção do caráter elitista e excludente da educação pública, pois, acredita-se que as amarras que a tornam menos eficaz em termos sociais não são de cunho ideológico, mas estrutural. • Os fatos que residem na superestimação dos membros da comunidade, atribuindo-lhes um grau de politização e entendimento da função social da escola, como algo impossível de se atingir no contexto da sociedade brasileira, usuária da escola pública. A partir das proposições citadas acima, a formação humana integral dá-se com a articulação entre direitos à aprendizagem e ao desenvolvimento humano, para que se possa organizar o trabalho pedagógico, conforme: • A constituição de 1988 defende a promoção de uma sociedade isenta de qualquer tipo de preconceito. • A retirada da luta por garantias de justiça social. • Os mecanismos de participação direta têm sido mais utilizados. • A democracia representativa deve garanti-los. Os desafios na organização do trabalho pedagógico acontecem em relação à realização de tarefas escolares que contemplem a equalização destas diferenças nos mais diversos espaços culturais, incluindo ainda as diferenças de idioma, com especial destaque ao Espanhol, trazendo, assim, uma nova organização do trabalho pedagógico, haja vista a possibilidade de estar em contato com cultura diversa. Desta forma, oportunizar um trabalho, dando relevância às diversas culturas e gêneros, desde as primeiras fases do desenvolvimento cognitivo, e que envolva toda a comunidade escolar, certamente possibilitará nova postura diante das diversidades. Para compreender o trabalho com as diversidades, precisa-se entender a nova composição da sociedade, em específico, a família, com a finalidade de reconhecer as diferentes juventudes. Em se tratando da função das Instâncias colegiadas, a posteriori o diálogo com os alunos, registram-se o reconhecimento e a compreensão que o aluno já possui em relação às Instâncias Colegiadas, principalmente as que se referem ao Grêmio Estudantil, já que entenderam que os componentes que constituem esse grupo, precisam ser autônomos e protagonistas para representar legalmente os anseios e reinvindicações da classe dos discentes. No diálogo que ocorreu com eles, veio à tona a necessidade deles conhecerem e entenderem a função de cada documento que legaliza as ações pedagógicas, bem como o processo de organização de uma sociedade “civilizada” e a necessidade de todos dialogar com todas as demais Instâncias colegiadas, enfim civil. Na continuidade do debate, os mesmos questionaram e sugeriram, para mudanças na educação, em torno de metodologias que primam pelo uso da tecnologia vigente e mais atividades teóricas correlacionadas às práticas. Outra questão abordada foi o Colégio organizar cursos preparatórios para ENEM, Vestibular e Concursos Públicos. Diante da contribuição deles, observa-se que a mudança de postura do currículo do colégio precisa se dar no âmbito da instrumentalização, como meio, para compartilhar o conhecimento científico e sistematizado, já que ao se abordar o sistema e os métodos de avaliação, bem como a apresentação dos resultados, no Conselho de Classe, eles afirmaram estar satisfeitos, e também demonstraram bastante interesse, quando se propôs sobre a possibilidade deles participarem do Conselho de Classe. Ao reorganizar as estratégias do conselho de classe, segundo os princípios do participativo, apresentou-se como possíveis estratégias, convidar os líderes de sala, membros da APMF, Conselho Escolar e Grêmio estudantil, para compreender o método de avaliação adotado pela escola, bem como todos os instrumentos utilizados para “mensurar” processo ensino aprendizagem proposto pela referida Instituição e, a posteriori participar do conselho com a função de propor novas atividades pedagógicas que superem os resultados apresentados e discutidos durante o Conselho de Classe. Ao abordar a atual estratégia para a realização do Conselho de Classe, desta Instituição, fora possível registrar as impressões de acordo com o quadro abaixo: PROBLEMA (O QUE PRECISA SER MUDADO) IMPACTOS NEGATIVOS (DO PROBLEMA) AÇÕES (O QUE PRECISA SER MUDADO) Ambiente físico; Organização da sala de aula, pois dificulta a circulação e o movimento do conhecimento. Redução da quantidade de alunos por turma, bem como a reorganização das mobílias; modernização dos equipamentos utilizados em sala de aula. Sistema de avaliação Os resultados apurados na Instituição, bem como os da Avaliação Externa. Primar os resultados a partir de proposições que evidenciem o trabalho de pesquisa que se centra numa relação entre teoria e prática. Conselho de Classe Formato apenas para cumprimento burocrático, haja vista o tempo. Apropriar-se do pré-conselho, por meio de feedback . Comprometimento com os conteúdos curriculares Dificuldade de estabelecer relações entre conteúdo curricular e vivência na prática Propor uma leitura reflexiva sobre o tema abordado, em que ele seja capaz de relacionar a teoria com a prática. Aprender a estudar Ausência de disciplina (paciência, organização, tempo, responsabilidade e dedicação.) Orientação quanto à metodologia para organização do ato de estudar. Dando continuidade quanto aos procedimentos do momento que ocorre o Conselho de Classe, é possível registrar que, a princípio participam do Conselho de Classe os Professores, Pedagogos e Diretores. Durante o Conselho de Classe, todos os professores têm vez e voz para expor os problemas cotidianos do ambiente de sala de aula. Nos relatos, em destaque, ficam os assuntos sobre a mensuração dos resultados de cada turma, bem como as relações que se estabelecem entre disciplina, conteúdos curriculares e compromissos dos alunos com as tarefas propostas como: pesquisas, tarefas de sala, tarefas de casa e organização/planejamento para leituras extraclasses e estudos complementares. Feito o levantamento e o debate sobre os referidos problemas, são encaminhados ações como: diálogo da pedagoga com a classe de sala; diálogo com os alunos que apresentam problemas mais acentuados de aprendizagem, reuniões com os pais, mudanças nos instrumentos de avaliação e, no cotidiano, o professor de sala, orienta sobre os mecanismos de estudo que auxiliam os alunos a rever os conteúdos trabalhados em sala de aula. Ao se referenciar as diferenças que há entre queixas e problemas, quando, ao debater sobre a vida escolar do aluno, inicia-se uma discussão de disciplina comportamental do mesmo em torno da vida pessoal e/ou particular dele, isto é, quando isso ocorre, entende-se que se deixa de abordar o problema de aprendizagem do aluno e passa a discutir as queixas referidas a ele. Logo, a sugestão que se apresenta é o convite para o Conselho de Classe participativo, para que se somam todas as forças das Instâncias colegiadas, com a finalidade de convencer, cada vez mais, a comunidade estudantil, que estudar com responsabilidade, é a maior oportunidade para se garantir a autonomia do ser humano. Referências Bibliográficas: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Formação de Professores do Ensino Médio: organização do trabalho pedagógico no ensino médio. Etapa II, Caderno I, Curitiba: Setor de Educação da UFPR, 2014.
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