Etapa 1, Caderno 5. Organização e gestão democrática da escola.
NRE - Foz do Iguaçu
Município - Foz do Iguaçu
Colégio Estadual Monsenhor Guilherme.
Orientador de Estudo: Vagner da Silva Costa
Professores Cursistas:
Elizabeth Lopes dos Santos
Gislaine Aparecida Poli
Jeancarlo Bresolin
Josane Mafioletti Veronese
José Augusto de Mello
Ledir Kreuzberg Marcelino
Maria Ingrid Britz Guder
1. Gestão Democrática da Educação e Gestão Democrática da Escola:
Etimologicamente a palavra democracia significa governo do povo. Visto que demo representa povo e cracia governo,subentende-se que o povo como um todo deveria participar das decisões políticas da comunidade. Entretanto, já na Grécia antiga o processo democrático estava limitado a apenas 10% da população considerada cidadã, pois somente os homens maiores de 18 anos, nascidos em alguma cidade/estado e com algum legado de bens, eram considerados cidadãos. Mulheres, escravos e estrangeiros não eram.
A falta de uma especificação legislativa sobre o exercício democrático no que tange as escolhas e caminhos que uma escola deve adotar durante o ano letivo levou a uma prática já tida como comum dentro na rede pública: ações unilaterais por parte de direção e equipe pedagógica em seus planejamentos anuais. Geralmente alheios as decisões, professores, funcionários, pais e alunos, percebem-se em uma situação inusitada quando consultados esporadicamente.
O aperfeiçoamento do exercício da gestão democrática coletiva e a ampliação do diálogo junto a todas esferas que compõem a comunidade, assim como estar atento para que esse processo seja dinâmico e impactante dentro de nosso Projeto Político Pedagógico, é um dos ideais compartilhados pelo grupo.
Feito os levantamentos das situações dentro do Estabelecimento de Ensino onde retratadas as questões de exclusão nas decisões que afetam a vida da escola e o trabalho, observa-se que: no planejamento do calendário escolar anual, os professores e funcionários não foram consultados, não participaram das decisões. Nesta linha pode-se observar também que em algumas ocasiões os profissionais da educação ficam alheios as propostas, onde o dinheiro dos recursos enviados pelo Estado será aplicado.
A falta de tempo para nos reunirmos em grande grupo. Existe também uma rotatividade de professores e funcionários da escola.
Na semana pedagógica foram feitas reuniões, grupos de estudo sobre a escola integral.
Com isto queríamos melhorar a qualidade do ensino do Colégio Estadual Monsenhor Guilherme, onde inserimos a escola integral. Os professores teriam que elaborar um projeto para o Colégio.
2. A Direção da Escola e a Gestão Democrática:
Concordamos com a análise de Vitor Paro que somos fruto de uma LDB pouco norteadora no que diz respeito aos processos democráticos a serem desenvolvidos. Os envolvidos no processo são levados a ações experimentais que vem sendo arranjadas, aperfeiçoadas e monitoradas por essa equipe. Entretanto, o cronograma dedicado a promover a gestão democrática da escola, ainda esbarra na sua não contemplação pelos calendários anuais, o que leva a falta de tempo hábil para ações de discussão e decisão que envolvam toda a comunidade.
Para se ter uma gestão democrática a escola precisa de uma autonomia para decidir como as verbas serão gastas.
Devemos ter autonomia para organizarmos o nosso calendário, cumprindo os dias letivos. Assumir uma postura mais participativa de todo corpo docente. Respeitar as regras, horários, dedicação ao trabalho assumindo seu papel.
3. O Conselho Escolar e a gestão Democrática.
Até fevereiro de 2014 o Conselho era formado unilateralmente, haja vista que os professores que compunham o quadro eram integrados de maneira arbitrária, sendo que os mesmos foram chamados as falas apenas em apenas um único momento para deliberar sobre a expulsão de um aluno.
As avaliações semestrais dos professores pelo Conselho de dava de maneira superficial, considerando que as mesmas não seguiam as normas estabelecidas pelo regimento estadual de ensino.
4. O Grêmio Estudantil e a Gestão Democrática.
O grêmio hoje esta pequeno, mas as pessoas que fazem parte são atuantes. Apesar de poucos integrantes, estes estão sendo bastante participativos e estão realizando algumas melhorias na escola na área de lazer e entretenimento.
Houve uma mudança na parte da direção atuando juntamente com o grêmio, fomentando o aperfeiçoamento do exercício democrático para superar as condições promotoras da exclusão.
É necessário abrir o colégio para a comunidade para que esta se integre aos projetos já iniciados esse ano, como o projeto Uma História de Amor, assim como para os próximos que estão por vir.
As reuniões regulares e extraordinárias são importantes e os alunos já perceberam isso. Segundo o relato dos mesmos, o Grêmio esta empenhado no aperfeiçoamento e avanço nas melhorias que se fazem importantes.
5. Os Desafios da Prática: A Gestão Democrática da Escola Pública Entre o Proposto e o realizado.
A autonomia par decidir sobre o destino dos recursos financeiros está atrelada e regulada por uma burocracia que direciona a distribuição dos recursos a uma especificidade dentro de uma relação imposta pelo gerenciador (governo), não vindo a atender a real necessidade de cada instituição de ensino dentro de uma visão patrimonialista.
Portanto a autonomia que a escola possui ainda precisa de aperfeiçoamento e ampliação do diálogo entre todos envolvidos no processo democrático escolar, pois a relativa liberdade sobre as decisões no direcionamento das verbas ainda é pautada por normas preestabelecidas.
6. A Gestão no Trabalho Pedagógico: o PPP em Ação.
A reformulação deve ser coletiva, participativa e democrática dentro do eixo de ações. No capítulo 6.4 do Projeto Político Pedagógico de nosso colégio, assumimos o compromisso de realimentar o projeto em questão “após avaliação semestral dos integrantes da comunidade escolar”. Para isso, destacam-se metas como “manter encontros para o estudo, a discussão e a análise do esboço da Proposta Político Pedagógica”. Se por um lado a proposta é ampla e ainda não contempla um cronograma prático de ações democráticas coletivas, por outro percebemos seu carácter agrupador e democrático quando norteia “estabelecer integração Escola x Família x Comunidade, através de associações, conferências, cursos e encontros”.
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