Estudo do caderno 3

Caderno 3 – O currículo do ensino médio, seus sujeitos e o desafio da formação humana integral

A proposta de formação integral humana que possibilite ao educando a autonomia intelectual, depende necessariamente do processo de ensino que contemple áreas determinantes da sociedade contemporânea, como: relação do homem com a natureza e apropriação dela (trabalho), ou os métodos desenvolvidos historicamente de apropriação e interação com o mundo (ciência e tecnologia); conhecimentos estes que permitem a socialização dos sujeitos (cultura).
A organização curricular, de acordo com a DCNEM, propõe que os conteúdos, as atividades, se organize a partir de um eixo comum (Trabalho, Ciência, Tecnologia e Cultura)
Para que ocorra a efetivação dos conteúdos propostos nos eixos faz-se necessário uma reestruturação completa do ensino. Esta reestruturação perpassa pela análise da sociedade contemporânea e as suas reais necessidades, compreendendo a realidade como dinâmica, portanto, conteúdo passíveis de alteração. Assim sendo,  esta flexibilidade e constante progresso permite que a intencionalidade seja efetivada na seleção dos conteúdos específicos. Outro fator determinante consiste na formação mais ampla dos profissionais da educação em um sentido geral que possibilite as inter-relações de conteúdos, e consequentemente a formação específica da sua área de atuação. Quanto a estruturação do currículo, os conteúdos deveriam ser relacionados pelas suas áreas temáticas afins, uma ordenação equitativa as distribuição dos conteúdos para que o eixo seja trabalhado de forma integrada.
A contextualização dos conteúdos básicos em cada disciplina ocorridas na sala de aula propicia a autonomia intelectual e moral, podendo ser em momentos direcionados pelo professor na apresentação do conteúdo curricular e/ou a partir do conhecimento prévio do aluno, conduzindo-o ao conhecimento sistematizado, científico, cultural, tecnológico, historicamente acumulado visando auxiliar através da discussão dos temas que permeiam as atividades pedagógicas desenvolvidas superando lacunas e ampliando as possibilidades de melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem.
Assim sendo, para que haja mudança efetiva no “chão da escola”, compreender a sua posição situacional na sociedade a qual pertence e agir criticamente no seu cotidiano se faz necessário. Conscientes de que a proposta não é nova mas precisa ser efetivada para melhoria na qualidade educacional, discutir no coletivo a importância da interdisciplinaridade, organizar um tempo para organizar e montar o planejamento que aproxime os conteúdos afins, favorecendo a  compreensão do educando, o aprendizado, alcançando o objetivo almejado, o conhecimento de maneira integrada e contextualizada, pensamos que é o início da mudança.