Estudando o Ensino Médio

Núcleo de Francisco Beltrão
Colégio estadual de Renascença Pe. J.J. Vicente-E.F.M
Nilva Terezinha Zonin
Renascença, 11 de dezembro de 2014

Através da leitura, discussão e reflexão sobre os textos apresentados, foram feito alguns apontamentos considerados importantes para a melhoria da qualidade do Ensino Médio. No entanto o grande desafio é construir a travessia na direção, reconhecendo os limites impostos pela sociedade. Sob responsabilidade do estado e com qualidade socialmente, tendo como eixo estruturante o trabalho a ciência a tecnologia e a cultura. A formação humana integral implica em competência técnica e compromisso ético, que se revelem em uma atuação profissional pautado pelas transformações sociais, políticos e cultural na edificação de uma sociedade igualitária. Alguns pontos relevantes que devemos considerar:
• Despertar a motivação e o interesse para o conhecimento científico;
• Integrar o conhecimento do Ensino Médio a prática;
• Engajar os alunos no contexto histórico atual;
• Priorizar condições de acesso e permanência dos alunos;
• Diminuir as taxas de abandono e repetência;
• Romper alguns padrões existentes sobre o currículo, aprofundando os estudos sobre o mesmo, sendo necessário um redesenho curricular;
• Buscar alternativas para atender a grande diversidade, cultural, social e étnica dos alunos do Ensino Médio;
• Desmistificar a educação para o mercado do trabalho;
• Investimento na formação, capacitação de professores;
• Planos educacionais que tenham uma continuidade, independente de planos governamentais;
• Investimento na infra-estrutura das escolas;
• Políticas públicas de melhoria das condições de trabalho, equipando as escolas com tecnologias, laboratório, materiais didáticos;
• Valorização e capacitação dos profissionais da escola;
• Através do PPP da escola, pautar e definir os objetivos e estratégias para melhorar a qualidade do Ensino Médio de acordo com a realidade local. Tornando a escola mais atraente, voltada para a aprendizagem, diminuindo a evasão e a repetência.
• Garantir acesso e permanência e transporte para o Ensino Médio noturno.
• Buscar o prazer em estudar e transmitir o conhecimento.
Tendo em vista o  nosso cenário do Ensino Médio, percebemos que primeiro precisamos conhecer e reconhecer esses sujeitos, para poder compreendê-los e então  estabelecer um relacionamento de diálogo e respeito, respeitando as diversidades  presentes nesses sujeitos. Por isso, os jovens do Ensino Médio precisam ser vistos como sujeitos de direitos e de cultura. O nosso grande desafio é trabalhar com essa diversidade fazendo com que esses sujeitos permaneçam na escola e ainda aprendendo. Diante das mais variadas diversidades em que nossos Jovens se encontram, devemos ter mentes abertas para perceber, educando nosso olhar, independente da formação acadêmica, precisamos entender que esse é o mundo em que vivemos e, portanto a diversidade compõe a nossa espécie. Saber olhar para a diversidade é um exercício que como outro qualquer requer disciplina e persistência.
É importante também ter o conhecimento de como essas diversidades foram lidas historicamente e que elas acompanham a humanidade desde sempre. Segue abaixo alguns apontamentos citados durante os encontros sobre como o nosso educando é visto.
• O aluno é aquele que pensa por si, toma as decisões e sobrevive;
• Fazem muitas coisas ao mesmo tempo, como ouvir música e estudar.
• Para os educandos as conversas na internet são importantes, porém as presenciais são mais significativas;
• A escola proporcionar uma conversa com os alunos a respeito do trabalho, com profissionais capacitados;
• Palestras para conhecer as diferentes profissões;
Sobre o tema: “Que relações existem entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia da cultura?” concluiu se que existem estreitas relações com a ciência e o trabalho e menos para a cultura, mas o currículo ele deve ser construído e articulado levando em consideração todas as dimensões citadas.
Algumas proposições que devem ser consideradas sobre as DCNEM:
• a política curricular deve ser entendida como expressão de uma política cultural, na medida em que seleciona conteúdos e práticas de uma dada cultura para serem trabalhados no interior da instituição escolar, ou seja o currículo deve ser amplamente discutido dentro de cada realidade social;
• consolidação e aprofundamento do conhecimento adquirido no ensino médio e assim serem prosseguidos;
• compreensão dos fundamentos científicos e práticos ;
Com relação as “Finalidades da Educação Básica” o que é praticado nas escolas, considerando sua experiência como aluno e como professor.  Nossas realidade escolar, infelizmente é de um aluno desmotivado pelo contexto social em que vivem, buscando interesses que lhe dão prazer momentâneo, e não estão preocupados com um futuro promissor, diria ainda que estamos muito aquém daquilo que buscamos como profissionais da educação, pois cada vez mais essa angustia vem aumentando e ainda temos que disputar com o mundo virtual. Podemos afirmar que a escola em si está desempenhando o seu papel, proporcionando ciência, e cultura de um modo a atrair e assegurar o interesse dos nossos jovens.
No contexto atual um dos grandes enfrentamentos que temos é quanto à questão da educação nutricional, o filme “ponto de mutação” aborda a problemática, através da transversalidade da educação ambiental, observando-se a importância de ser discutido em redes de ensino interdisciplinarmente, sendo trabalhada como uma grande teia ligada a diferentes disciplinas, a fim de analisar um fenômeno de forma mais elaborada onde deve ser pensada de modo integrado com o currículo, de forma justa, sustentável, articulado e seguro. Assim decidiu-se fazer um debate e pesquisas  no laboratório de informática com os alunos sobre a importância e a necessidade de se ter uma boa alimentação, abordando desde a produção, industrialização e comércio.
Na disciplina de Matemática a aplicação do assunto foi através do cálculo de médias de consumo de alguns produtos nas casas dos estudantes. Com os dados coletados nas pesquisas, criaram-se tabelas sobre produção e consumo de alguns produtos da indústria e também comparação através, de porcentagens e gráficos do consumo de produtos industrializados e orgânicos.
Tendo em vista o estudo realizado no caderno V, entendemos que gestão democrática na escola deve ser feita com a participação de todos, no processo da educação e na busca pela qualidade, envolvendo todos os segmentos: pais, alunos, professores, agentes educacionais, comunidade, todos em busca do processo de melhoria da qualidade da educação.
Outro aspecto importante a ser considerado é de que numa gestão democrática deve-se ter acesso a informações, tomada de decisões no coletivo, participação das instâncias colegiadas de forma efetiva no trabalho da escola. Porém isso nem sempre acontece no âmbito escolar. E para que aconteça é necessário que todos participem efetivamente e que entendam o seu papel nesse processo de tomada de decisões e estejam abertos a novas sugestões. Entendemos que na medida em que as decisões são tomadas em conjunto as falhas e erros cometidos tornam-se aceitos onde os  desafios passam ser  as metas propostas. Sendo assim, o sucesso é uma conseqüência, pois todos juntos por um mesmo objetivo aumentam as chances de sucesso. Através do estudo e discussão em grupo sobre as questões referentes a ação e reflexão destacamos os seguintes itens:
• A diversidade encontrada entre os nossos alunos dificulta o processo de ensino aprendizagem.
• A rotatividade de alunos e professores quebra a seqüência de ritmo, de aprendizagem e trabalho.
• A avaliação será um processo diagnóstico formativo, que tem a função básica de levar o professor a observar os alunos, mediar e interagir de maneira sistemática e individualizada.
• A avaliação da aprendizagem é uma prática intrínseca no processo de ensino e aprendizagem. É contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
• Os instrumentos, procedimentos e critérios da avaliação são realizados em função dos conteúdos utilizando métodos e instrumentos diversificados como: provas, trabalhos, pesquisas, sínteses, debates, seminários e teatros coerentes com as concepções e finalidades educativas.
• Ao final do ano letivo reúne-se o conselho de classe para decidir a situação individual de aprendizagem de cada aluno.
• Durante o ano letivo reuniu-se o colegiado para análise e discussão dos resultados dos dados das avaliações externas quanto as taxas de rendimento da escola, a qual encontra-se dentro da meta estabelecida pelo MEC.
• Com o objetivo de traçar novas metas a fim de superar as lacunas verificadas na avaliação discute-se as relações entre as taxas de rendimento e a avaliação de aprendizagem nas disciplinas.
• As avaliações externas tem sido discutidas e analisadas em conjunto com o objetivo de verificar o foco necessário no processo. Através dos resultados foi elaborado simulados e ofertados aos alunos, também foi proporcionado diálogo para que tirem suas dúvidas e obtenham conhecimento e orientação.
• Observamos a grande preocupação dos alunos com relação ao ENEM, então buscamos orientá-los sanando suas dúvidas.
• Os planos de ensino do grupo de professores são elaborados considerando as matrizes de referência do ENEM, objetivando ofertar ao aluno esclarecimento, adequação e superação das defasagens apresentadas por eles.