ENSINO MÉDIO – UM BALANÇO HISTÓRICO INSTITUCIONAL
Um dos desafios apresentados na reconstrução histórica e que persiste atualmente é a ideia equivocada de que o Ensino Médio funciona como um simples período de estudos de preparação para o ingresso em cursos superiores.
De acordo com o texto proposto, entre 1950 e 1980, o novo Ensino Médio Profissional tinha a função de suprir uma suposta carência de profissionais de nível médio bem como possibilitar aos estudantes concluintes que não quisessem cursar o ensino superior uma formação suficiente para ingressar no mercado de trabalho (MORAES, 2013).
É notório que uma parcela significativa dos estudantes tem sido atraída precocemente para o mercado de trabalho a fim de suprir uma demanda por mão de obra que cresce num ritmo acelerado nos últimos anos. Essa dicotomia entre concluir os estudos no Ensino Médio e, posteriormente, o Superior para melhor se capacitar para este mercado de trabalho e/ou ingressar imediatamente nele, tem causado um alto índice de evasão escolar, haja vista a grande quantidade de estudantes que não pretende dar continuidade aos estudos após o Ensino Médio.
Nesse aspecto, o desafio que se apresenta às instituições de ensino trata-se justamente em responder, em curto e médio prazo, às exigências do mercado de trabalho, porém ao mesmo tempo, preocupar-se para que a mão de obra ali empregada não seja apenas um sujeito receptor, mas que tenha a capacidade e a responsabilidade de formar em si mesma os juízos de valores capazes de corresponder, de forma cidadã, ao futuro da humanidade.
Referência:
Brasil. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa l – caderno l: ensino médio e formação humana integral. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [autores: Carmen Sylvia Vidigal Moraes... et al.]. – Curitiba: UFPR / Setor de Educação, 2013.