Denota-se que no decorrer da história da educação brasileira, nunca houve uma política pública original que atenda de forma integral as necessidades tão peculiares do Brasil. As políticas públicas educacionais copiadas de outras realidades e mal adaptadas no Brasil tornaram-se excludentes com o agravamento de investimentos deficientes e aplicação de recursos de forma ineficaz, ao contrário da realidade dos países tomados com base. A educação/formação do cidadão brasileiro teve sua linha de formação de forma tendenciosa para atender as necessidades momentâneas do mercado ou de uma ideologia de poucos, pecando gravemente na falta de um planejamento de longo prazo, visando o desenvolvimento técnico, econômico e social do país de forma consolidada. As reformas educacionais foram realizadas sem suporte necessário com falta de investimento adequado e suficiente na melhoria das condições das edificações, inovação tecnológica, equipamentos e valorização dos profissionais da educação tornando a escola defasada e pouco atrativa ao estudante. A grande “massa” de estudantes brasileiros matriculados hoje que é composta pela classe média baixa a classe baixa estão na rede pública educacional. A partir dos estudos feitos percebeu-se que a etapa do ensino médio é a que apresenta maiores problemas, alguns que persistem historicamente e outros que vão surgindo dificultando o avanço e sucesso desta fase. Como muitos alunos do ensino médio da escola pública tem necessidade de trabalhar, esse acaba sendo um fator negativo e indicador de desistências ou baixo aproveitamento e rendimento escolar que resultará em possíveis reprovações. Outros fatores como o tradicionalismo curricular, desestruturação familiar, escolas desequipadas com tecnologias pedagógicas entre outros também contribuem para afastar o jovem da escola. O desafio então se baseia em buscar soluções ou alternativas que possam contribuir para uma melhor organização e estruturação do ensino médio e com isso diminuir os impactos sociais e econômicos desencadeados na estrutura do próprio país. Através das leituras e discussões realizadas percebeu-se que seriam necessárias algumas mudanças nas escolas para que esse aluno permanecesse em sala. O grupo cogitou que seria interessante se o aluno pudesse refazer apenas as disciplinas em que reprovou, que os professores pudessem ter suas 40 horas numa mesma escola, que a escola pudesse ter maior autonomia com relação aos seus gastos, cursos de capacitação e maior quantidade de material didático para escolha a disposição dos professores.
COLÉGIO PROFESSOR ALGACYR MUNHOZ MAEDER - CURITIBA - PARANÁ