Fazendo uma pequena incursão na história do nosso país e da escola pública, percebemos o quanto a educação evolui, lenta e progressivamente, em direção à escola pública inclusiva e de qualidade socialmente referenciada.
Os desafios até podem ser enumerados, mas, estamos longe de vencer a todos de imediato: sem que hajam aumento de quota do PIB destinado à educação pública; sem que ocorra interesse pelo poder público de desenvolver políticas públicas que vise mudanças na atual estrutura social geradora de desigualdade; que sejam democráticas e atendam à diversidade das demandas sociais; que protejam crianças e jovens a ponto destas não terem a necessidade de trabalhar até que atinjam a idade regular de conclusão do ensino médio.
O Dr Ricardo de Barros e Ms Diana Coutinho ambos ligados aos “Assuntos estratégicos da Presidência da República acreditam numa necessidade de aumentar o número de vagas nos anos finais do Ensino Médio, demonstrando a visão equivocada dos “gestores” de estratégias com a nossa realidade. Pois, temos observado um maior inchaço nas primeiras séries provocado essencialmente pela retenção escolar e abandono por deficiências no aprendizado com posterior rematrícula na mesma série inicial.
Já com relação ao abandono das séries finais o problema maior é o da migração para os “EJA” e aos “terceirões” das escolas particulares que os proporcionam uma maior chance para os vestibulares, sem contar que as necessidades econômicas de muitas famílias acabam muitas vezes impedindo que o aluno termine o ensino médio. Então, não adianta aumentar o número de vagas nas séries finais, muitos alunos, mais do que vagas, precisam de bolsas de estudo para se manterem na escola. Pois os tais estágios remunerados são paliativos econômicos e muita vezes uma forma de utilização de mão de obra barata.
Então, superar os desafios do ensino médio, principalmente no que se refere à evasão por questões de trabalho, significa dar ao jovem a oportunidade de tomar sua vida nas mãos e através da educação mudar a sua realidade.
Nosso grupo discutiu de modo vasto e rico muitas possibilidades de superação , no entanto focou na relação interpessoal que norteia as atividades escolares: entre alunos, aluno e professor, entre professores e seus pares e demais funcionários, gestores, etc.
Considerando que a grande questão é “ como chegar a universalização do Ensino Médio garantindo uma base igualitária para todos e correspondendo a “expectatívas de aprendizagem” da sociedade, para o trabalho, para o desenvolvimento intelectual do cidadão se faz necessário conhecer melhor as realidades que compõe o universo dos nossos alunos e para tal , ou seja, o aluno de ensino médio ( nas suas diversas modalidades ) uma pesquisa com perguntas que delineiam o seu perfil, foi aplicado. E tão logo tenhamos as suas questões apuradas, serão objeto de nova postagem.
