Ensino Médio
Considerando todo o contexto do Ensino Médio atual, existem muitas respostas para o que os jovens sentem, pensam e suas expectativas em relação aos estudos, essas variam muito de indivíduo para indivíduo. Cria-se assim um paradoxo, o ensino médio almeja a formação integral do estudante e deve ser concebido a partir de uma concepção comum, igualitária que leve a compreensão de aprendizagem enquanto processo relacional, pressupondo condições e relações entre sujeitos e saberes e por outro lado a desigualdade e o fato do ensino médio estar muito além das perspectivas de muitos estudantes. O jovem estudante de hoje está, na grande maioria, voltado para o mercado de trabalho e em alguns poucos casos, focado no campo científico.
A condição social influência diretamente em sala de aula e as políticas educacionais não consideram as diferentes realidades e sim acentuam ainda mais essas diferenças, a exemplo é comum escolas centrais com estruturas melhores que as periféricas, possuem auditório, refeitório, quadra coberta e outros que a periferia não possui, mas é vista como a mesma escola pública e cobrada como tal, trata-se de uma política que privilegia os melhores índices, porém não dá sequer a mesma condição estrutural, ou devemos considerar a realidade de cada um, mas posteriormente estarão sujeitos ao mesmo sistema.
Expandir o ensino médio com ensino de qualidade sem reproduzir as desigualdades torna-se, hoje um grande desafio; isso implica em ampliação e clareza nos investimentos públicos, bolsa para os estudantes, remuneração adequada aos professores, melhor condição de infra-estrutura das escolas, gestão escolar democrática, formação e capacitação continuada dos professores que atuam no ensino médio visto que os conteúdos a serem ensinados devem superar a dualidade até aqui imposta, articulando o conhecimento entre cultura e trabalho.
