Em busca de uma maior autonomia!

“O maior campo simbólico que os jovens possuem para se fazerem sujeitos a partir de escolhas não determinadas pelos adultos e pelas instituições é fonte de muita tensão nos ambientes familiares e escolares.” (Carrano, 2007)

A escola e seus educadores tem o desafio de compreender o “ser jovem” no contexto das transformações sociais contemporâneas e da multiplicidade dos caminhos existentes para a vivencia do tempo de juventude. Nós educadores tempos que nos aproximar de forma parcial, pois eles sentem necessidade de serem percebidos como sujeitos de direito, cultura e não apenas como “objetos” de nossas intenções educativas; precisam ser vistos como jovens a partir de suas identidades culturais, seus gostos e valores pois alem do aluno quase silenciado, a um jovem querendo se expressar.

Outro fator a ser comentado é que a sensação mais recorrente é que a escola e os conhecimentos curriculares estão perdendo terreno na disputa com os ciberespaço e a cibercultura. Mas a cibercultura pode ser uma aliada do trabalho escolar como nos lembra Fischer (2006), todo este aparato tecnológico possibilita não só um maior conhecimento do mundo, mas também de nós mesmos.

Nós educadores temos o dever de orienta-los e ser mediadores a fazer o uso seguro e critico das novas tecnologias na perspectiva de dominar os instrumentos do conhecimento e não ser dominados por eles.

Um outro fator importante a ser considerado na relação da juventude com a escola é a ideia de seu projeto de vida. “O projeto é o que vai nos permitir fugir aos determinismos e improvisos, organizando e planejando nossas ações futuras”. (Machado, 2004)

As decisões precisam ser tomadas de forma individual e autonomia. É na adolescência que o sujeito começa a se perguntar que rumo tomar da vida e é nesta hora que devemos como educador estar por perto junto com a família para trabalhar valores que orientam determinada sociedade ou grupo social.

O projeto de vida tende a se realizar na junção de duas variáveis, uma que diz respeito a sua identidade e outra ao conhecimento da realidade. Pois quanto mais ele conhece a realidade em que se insere, maiores serão as suas possibilidades de elaborar e implementar o seu projeto. Neste projeto de aprendizagem o maior desafio é aprender a escolher e fazer responsabilizar-se pelas suas escolhas, refletindo sobre seus erros, se tornando assim sujeitos autônomos.