EDUCAÇÃO ALIMENTAR - UMA PROPOSTA INTEGRADORA

INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO "DR.CAETANO MUNHOZ DA ROCHA" RUA JOÃO EUGÊNIO, nº894, Bairro Costeira, Paranaguá - Paraná

Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio – 2014

Orientadora: Professora Andréia Maria Digiovanni Frumento

Professores:

Célia Regina Andrioli Silva Barbosa

ClauryPatricio Cabral dos Santos

Eroni de Jesus Avila

Glauce Verônica Cabral dos Santos

Julio Cesar Amorim de Moura

Patricia Renata Lopes Rosemary Liberatto

Caderno IV – REFLEXÃO E AÇÃO

        Quando entendemos a educação de forma integrada, percebemos o quanto estamos distante de termos uma educação formadora de indivíduos que se posicionem como sujeitos de sua própria história, aqui entendida como história individual e coletiva, na formação de uma nova organização familiar e social. Na sociedade contemporânea, constatam-se que os jovens apresentam grande dificuldade em compreender a importância de uma alimentação saudável, o que poderá ocasionar problemas de saúde, muitas vezes irreversíveis. Como trabalhamos como alunos adolescentes no Ensino Médio diurno e noturno, observamos o quanto a alimentação destes torna-se desiquilibrada e percebe-se que não há uma conscientização quanto a necessidade de mudança de hábitos alimentares, o que ocorre por diversos fatores tais como: questões econômicas, sociais, culturais, regionais e até religiosas.

        Outro fator que também constitui um problema no meio educacional é quanto aos padrões de beleza impostos pela sociedade e que causam muitas vezes bulling. Uma proposta curricular integrada deve propor questões instigantes e até intrigantes aos alunos para que possamos despertar uma possibilidade de mudança nos seus hábitos alimentares de forma consciente e que este novo habito também seja estendido ao seu meio de convivência.

        Para melhor compreensão da proposta, propomos um trabalho pedagógico através das áreas do conhecimento, Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas, procurando compreender as particulares para se alcançar a totalidade do problema proposto. Trabalhando de forma interdisciplinar, mas sem perder a construção do conhecimento e a necessidade de interação para compreensão dos conteúdos cientificamente reconhecidos. Não vamos inventar a RODA, vamos produzir conhecimento significativo para os nossos alunos, de forma que o resultado seja satisfatório a todos nas mudanças de seu cotidiano e que esse conhecimento seja interiorizado e expandido em seu meio.

         Educação alimentar nos traz lembranças muitas vezes de alimentos como "mingau de aveia", poucos temos lembranças como uma experiência prazerosa e de sucesso, Sendo esse o ponto de partida a Educação precisa ser prazerosa e significativa, estamos diante de uma nova realidade, pois todos têm direito à escola, e quando falamos de todos tenho que ter consciência do que isto representa os mesmos direitos e deveres, raças, religiões onde as necessidades, limites e motivações são respeitados. O grande desafio é proporcionar um ensino de qualidade para todos.

         Iniciar essa atividade com uma palestra de um profissional na área da alimentação (Nutricionista), fará com que desperte interesse nos alunos para a discussão do tema e também que aja uma melhor compreensão do processo de integração curricular, conforme propõe FAZENDA:

         "De tal modo, compreendendo a interdisciplinaridade como uma atitude epistemológica que resgata a tomada de consciência sobre o sentido do homem no mundo, pode-se realizar uma reflexão aprofundada sobre um ensino adequado e a necessária simbiose entre atividade profissional e formação escolar. Visando a recuperação da unidade humana através da passagem de uma subjetividade para uma intersubjetividade, a interdisciplinaridade recupera a ideia primeira de Cultura (formação do homem total), o papel da escola (formação do homem inserido em sua realidade) e o papel do homem (agente das mudanças no mundo) (FAZENDA, 1996)."

           Com essa compreensão seremos capazes de fazer a mudança da educação e integrar o conhecimento de forma que este exista como resposta a uma necessidade social. Devemos compreender também que tais atividades devem ser constantes no meio educacional, não apenas ocorrem de forma esporádicas e dai acreditarmos que haverá mudança, a transformação ocorre no cotidiano.

Referencias bibliográficas:

CORTELLA, M. S. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. São Paulo: Cortez, 2011.

FAZENDA, Ivani (Org.) Práticas Interdisciplinares na Escola. 10ª ed., São Paulo: Cortez, 2005