“Educação Alimentar e Nutricional” de forma articulada entre os componentes curriculares."

  A educação Alimentar e Nutricional tornou-se tema recorrente, passando a integrar propostas de políticas públicas na área de saúde. Hábitos alimentares constituem um aspecto cultural complexo e dinâmico, que devem ser transmitidos e ensinados para que sejam aprendidos e apropriados. A complexidade alimentar abrange o biológico e o cultural comporta funções nutricional e simbólica, abrange o psicológico e o social. As preferências e aversões alimentares são geridas por fatores que vão do efeito sensorial individual à informação e consenso estabelecido pelo grupo social. O valor e o significado que são atribuídos a um determinado alimento estão relacionados a um sistema de significações produzido socialmente.

Atribuindo-se à escola o papel de educar para práticas alimentares saudáveis, caberia a um nutricionista integrar e mobilizar a comunidade escolar por meio de ações vinculadas ao Programa de Alimentação Escolar (PAE) a articulação de ações educativas, desenvolvimento de projetos com a direção e pedagogas de um planejamento de atividades com esse conteúdo.
Na área das Ciências as práticas devem levar em conta, determinantes do processo saúde-doença além do saber popular. É preciso ter ações educativas com vários profissionais em nutrição, visando à promoção da saúde na comunidade escolar de modo que o PAE se constitua em espaço de aprendizagem e produção de conhecimento. A alimentação é adequada quando contribui para a construção de pessoas saudáveis, conscientes de seus direitos e deveres e de sua responsabilidade para com o meio ambiente e com qualidade de vida de seus descendentes. O processo educativo deve informar sobre uma alimentação adequada, e a escolha consciente: Quem produz? Como produz? Para quem produz? Os processos educativos devem proporcionar a conexão com o alimento por intermédio de vivências multissensoriais, isso implica na capacidade individual de tomar decisões conscientes. O sujeito é produto da constituição física, interagindo com um conjunto de fatores externos, logo o estímulo ao consumo tem sido apontado como importante, opondo-se aos processos de educação alimentar e nutricional.
A educação alimentar e nutricional se constrói com a garantia de alimentação saudável e adequada, requer investimento em abordagens educativas que deve incrementar a promoção de saúde na escola e trazer contribuições ao ensino de Ciências ao fomentar, a presença de práticas agrícolas na escola, as quais podem potencializar realidades e conhecimentos já existentes.
A compreensão de aspectos capitais na educação alimentar, seu reconhecimento e componente para a promoção da saúde; a escolha do espaço escolar; o papel dos diversos atores sociais; a complexidade no conceito de educação e as dimensões que compõem o fato alimentar constitui fator preponderante para a elaboração de estratégias de intervenção mais eficazes. A contribuição da experiência de professores de Ciências pode levar a identificação das correlações entre alimentação, conteúdos curriculares e realidade local, como no domínio de estratégias facilitadoras do processo ensino-aprendizagem.
Porém na realidade não existe tempo hábil para implementação dessa prática por falta de tempo com exigências burocráticas que o professor tem de dar conta, e tantos projetos a serem desenvolvidos, não esquecendo o conteúdo a ser trabalhado, bem como as recuperações de estudos que toma muito tempo do docente.

Seleção de conteúdos de ensino e à organização em componentes curriculares, orientada pelo princípio da relação entre ensino e produção.
Elaboração coletiva da proposta curricular integrada
Momento da elaboração Resultado da elaboração
1. Problematizar o processo de produção, fato ou fenômeno em múltiplas perspectivas: tecnológica, econômica, histórica, ambiental, social, cultural, etc. Conjunto de questões que servem à seleção de conteúdos; ou seja, à seleção de conhecimentos necessários para resolver a problematização.
2. Explicitar teorias e conceitos fundamentais para a compreensão do(s) objeto(s) estudado(s) nas múltiplas perspectivas em que foi problematizado. Seleção integrada dos conteúdos de ensino. Teorias e conceitos aqui explicitados constituem os conhecimentos necessários para resolver a problematização e, assim, estruturar os conteúdos de ensino selecionados.
3. Localizar as teorias e os conceitos explicitados nos respectivos campos da ciência (áreas do conhecimento, disciplinas científicas). Identifica-se, assim, a raiz epistemológica desses conhecimentos, de modo que os componentes curriculares adquiram sentido e propósito no currículo em vez de reproduzirem as orientações de livros ou manuais didáticos.
4. Identificar relações dessas teorias e conceitos com outros do mesmo campo (disciplinaridade). Ampliação e complementação dos conteúdos de ensino selecionados a partir da problematização, considerando que a aprendizagem real de um conceito — isto é, de forma não pragmática ou somente instrumental — implica apreendê-lo na relação com outros conceitos que dão unidade epistemológica a um campo científico.
5. Identificar relações com outros conceitos de campos distintos (interdisciplinaridade). Indicação de abordagens interdisciplinares necessárias à explicação do problema na sua totalidade.

Elaboração coletiva da proposta curricular integrada
Momento da elaboração Resultado da elaboração
1. Para que aprender biologia, “o que podemos fazer para manter a chama do interesse acesa”? Conheça e utilize as linguagens específicas da biologia e das ciências correlatas (física, química, matemática). Compreenda padrões básicos dos processos vitais e mecanismos de perpetuação da vida no planeta. Noção da diversidade, evolução biológica, adaptações. Funcionamento dos ecossistemas, relação de equilíbrio. Posicione-se a respeito dos fenômenos decorrentes da ação humana. Conheça o funcionamento do corpo, a saúde individual, coletiva, saúde pública. Novas tecnologias, perceba os problemas étnicos e morais e se posicione sobre os temas.
2. A identidade da vida. Ecologia: a vida em um nível mais amplo. Biologia celular: a vida no nível microscópico. A origem da vida no planeta. Enzimas: as ferramentas químicas da vida. A química do ambiente. As trocas de água com o meio. Vida em outros planetas.
3. Ciências da Natureza e suas tecnologias É preciso aprender os conceitos das ciências naturais, mas também estratégias de trabalho centradas na resolução de problemas. Assim incentivaríamos os educandos a se familiarizar com os métodos de investigação em ciências e com seus reflexos nas tecnologias decorrentes.
4. Contextualização e Interdisciplinaridade.
Biologia, Química, Física, Astronomia, Geologia, Matemática. Contextualização: relações entre o que é estudado em um certo momento e a experiência imediata e cotidiana do aluno.
Interdisciplinaridade: reunir disciplinas que compartilham pontos em comum e de forma que as relações entre elas possam ser relacionadas facilmente.
Não se trata de oferecer atividades ligadas a um conteúdo especifico de química, física ou de outra disciplina, mas apresentar uma oportunidade de trabalho integrado e contínuo, buscando estimular o interesse do aluno a partir de um eixo que integre essas matérias.
5. A questão favorecer o uso de várias disciplinas para a resolução de um problema concreto ou, ainda, compreender um determinado ponto de vista das disciplinas envolvidas. Para o professor de biologia ao estudar a fotossíntese, processo biológico, depende de conceitos de química e física.

Conhecer nossa história é fundamental para valorizar as conquistas e dificuldades que todos temos em nossa caminhada na busca de um trabalho e as possíveis realizar transformações que podemos realizar em nosso meio. A atividade é interessante porque envolve os alunos e não é difícil de executar podendo gerar várias reflexões e valorização das ações de pessoas que procuram fazer da melhor forma seu trabalho em beneficio dos outros. Em nossa escola durante a semana cultural foi realizada uma investigação sobre a história do colégio desde sua fundação, colaboradores e momentos históricos na cidade, no estado, no país e no mundo, tendo como tema: “Sua história, nossa história, 50 anos do Colégio Nilson Baptista Ribas”.
Professores:
Ana Edith Calvetti
Claudia Mara J A C D Ornellas
Darines Sofia Ricardo
Damaris Pereira de Souza
Edite maria Gonçalves Cunha
Fabiani de Fatima Alves
Jaqueline Bellani
Leocadia de Oliveira Mendes
Marinês Torres de Souza
Roberto Carlos da Rocha Santos
Rodrigo L R Stecinski
Sheila Cristina dos Santos