COLÉGIO ESTADUAL INDÍGENA TEKO ÑEMOINGO - SÃO MIGUEL DO IGUAÇU /PR
NRE FOZ DO IGUAÇU
As abordagens da temática do caderno 1 fazem uma retrospectiva da história da educação brasileira. Com base na leitura, entendemos que além de enfrentar as dificuldades em se trabalhar no Ensino Médio, também nos deparamos com os dilemas da educação escolar indígena, que nos instiga a repensar os caminhos traçados. A linguagem é o principal obstáculo que encontramos.
Em nossa escola no ensino médio encontramos a evasão escolar, a problemática da situação econômica e a gravidez na adolescência como os maiores desafios para a permanência no Ensino Médio.
A evasão acontece, pois muitos alunos de nosso colégio começam a trabalhar em períodos de colheita e em estabelecimentos comerciais. Outro detalhe é que culturalmente os alunos se casam cedo e começam a ter filhos e em consequência disso param de estudar. Identificamos que existem fatores externos à escola que contribuem para a evasão escolar, mesmo com a distribuição da bolsa família para as famílias.
Percebemos, no entanto que com os avanços dos estudos dos professores indígenas identificamos que os mesmos acabam sendo pessoas referências na comunidade Ocoy para os demais alunos do colégio.
Observamos que faltam perspectivas para o futuro para esses alunos. Com base na realidade de nossa escola, alunos acabam saindo do Ensino Médio com déficit de vocabulário e com dificuldade em compreender exercícios de lógica, visto que não estão acostumados.
Buscamos na medida do possível superar a dualidade presente na organização do ensino médio com atividades que consideramos convenientes, promovendo o encontro sistemático entre “cultura e trabalho”, fornecendo aos alunos uma educação integrada ou unitária capaz de propiciar-lhes a compreensão da vida social.
