Diálogos com a Juventude

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CEEBJA - CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS DO PARANÁ - PARANAGUÁ

 

Caderno II

Diálogos com a Juventude

A leitura do caderno II nos possibilitou o entendimento sobre várias questões a respeito dos jovens, organizamos os trabalhos através de conversas com os jovens e também com enquetes, perguntamos as seguintes questões para os alunos:

- Como seria um professor ideal para você?

- O que seria uma escola ideal?

- Qual sua expectativa profissional?

E para os colegas professores:

- Quais suas expectativas em relação aos seus alunos?

O objetivo dos questionamentos é entender o que professores e alunos esperam um do outro e com isso enriquecer o diálogo e melhorar as relações na escola.

Os professores responderam que os alunos estão sem objetivos e os alunos na maioria das respostas pedem que os professores sejam mais "descontraídos" e passem menos matéria no quadro, essas perguntas foram realizadas em turmas do ensino médio regular. Quando se trata de EJA os alunos se posicionam de maneira um pouco diferente em relação à escola, pois a maioria são alunos trabalhadores e não apresentam problemas com indisciplina, quanto a seu posicionamento sobre a escola e os professores direcionam mais suas respostas para a estrutura da escolar, pois os mesmos consideram que a maioria dos professores são bons, quando perguntados sobre vida profissional, a maioria deixa claro que está na escola para melhorar suas condições de trabalho.

 

Atualmente o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, que exige um cidadão mais preparado e com uma escolaridade maior. Nessa busca incessante por melhores posições no mercado, percebemos que é inviável que um estudante tenha boa qualidade no ensino ou se qualifique plenamente, já que é muito difícil conciliar a vida profissional, escolar e familiar, sem que haja um déficit em alguma dessas áreas.

A busca por melhores condições de vida, bem como melhor condição sócio-econômica, gera uma demanda profissional mais qualificada no mercado de trabalho.

Em contra partida o meio social em que o aluno da Educação de Jovens e Adultos se encontra, mostra uma realidade conturbada, devido à falta de espaço para aperfeiçoamentos ou até mesmo conclusão de seus estudos. Frente a essa realidade o referido “aluno”, “trabalhador”, “pai ou mãe de família” enquanto provedores, acabam acumulando inúmeras tarefas e responsabilidades em seu dia.

Como é possível desempenhar tantas tarefas e manter o mesmo nível de rendimento e dedicação para as atividades a si confiadas?

O aluno em si, se mostra num espaço dividido entre as problemáticas do seu cotidiano como as observadas:

  • Falta de tempo para consolidar seus conhecimentos, pós momento sala de aula;

  • Jornadas de trabalho cansativas e estressantes;

  • Jornadas de trabalho muitas vezes que em horário da oferta das aulas;

  • Pouca oferta de aula;

  • Necessidade de conciliar um curso profissionalizante, com escola e trabalho;

  • Vida familiar por vezes comprometida, devido á falta de tempo e a qualidade do tempo dedicada à família;

  • Falta de conhecimento de leis trabalhistas que garantem a permanência do aluno e o crescimento profissional desse trabalhador;

Entre esses e outros percalços, gera uma cadeia de atividades enfadonhas, nas quais o aluno mal tem conhecimento dos seus direitos e acaba perdendo novas perspectivas. Sendo que o desafio do ensino basicamente é a realidade social.

Assim nosso grupo de trabalho não perde o foco no trabalho com jovens e adultos, que possui como eixos articuladores : cultura, tempo e trabalho.

Referências:

Brasil. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa I – caderno II: o jovem como sujeito do ensino médio/Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica ; [ organizadores: Paulo Carrano, Juarez Dayrell]. - Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2013.

Paraná. Secretaria Estadual de Educação, Diretrizes Curriculares para Educação de Jovens e Adultos; Curitiba, 2006.