Os desafios para o ensino médio que permanecem ao longo do processo histórico educacional brasileiro consistem na implantação e consolidação de um ensino medio de qualidade social que promova a formação humana integral em jornada escolar de tempo integral. Direito do trabalhador brasileiro adquirido através de uma conquista histórica e tardia.
A exclusão social do ensino médio nos períodos de 1970 a 1980 se dá em função da extinção do PNE no governo João Goulart (1961) que destinava 12% dos recursos da união para a educação, sendo retomada somente em 1983 com a emenda João Calmon (EC nº 24).
No período 1940 a 1960 existiu um processo de pressão popular principalmente nos grandes centros urbanos para levar a expansão das oportunidades educacionais e a integração formal do ensino primário ao primeiro ciclo do ensino médio. Em 1950, os alunos dos cursos profissionalizantes tiveram possibilidades de se transferirem para o curso secundário.
Com a LDB de 1961 os cursos técnicos tiveram equivalência com o secundário para o ingresso em cursos secundários.
Outro desafio consiste na universalizaçao do atendimento escolar para a toda população de 15 a 17 anos e elevar a taxa de matrículas para 85%, de acordo com a meta 3 do PNE.
O acesso ao ensino médio é náo igualitário e nem universal. Nesse sentido devemos levar em consideração a diversificação e desigualdade da oferta no ensino médio.
A oferta do ensino médio propedêutico regular em sua maioria (8 milhões de matrículas) são ofertadas em escolas públicas. Predomina a escola pública no ensino médio integral. A escola pública detém em torno de 88,5% dos matriculados no ensino médio.
Um desafio será a integração do conhecimento no ensino médio à prática; Um ensino médio com ofertas de forma adequadas às necessidades e disponibilizadas a população de jovens e adultos, de forma a possibilitar condições de acesso e permanência na escola (LDBEN, 1996).