Dalva Regina Arf- Colégio Estadual Olivo Fracaro EFM

Hoje nossos alunos chegam à escola para aprender tudo, até o que antes era ensinado em família, agora são os professores que têm que ensinar. Os pais de hoje,  tem pouca convivência com os filhos, mal percebem o que se passa com os jovens. São os video-games, os celulares e os computadores as maiores companhias dos jovens de hoje em dia.
Claro que a escola é o local destinado ao ensino, mas nem todo ensino pelo qual um indivíduo deve passar pela vida teria que ser praticado pela escola. Assim a responsabilidade fica para escola que não tem carga horária ou professores em quantidade suficiente para dar conta de recado. Mesmo assim, as escolas tentam proporcionar conhecimento. Além disso, surge uma dúvida: entre o tudo que tem que ser passado ao aluno o que deve mesmo ser ensinado?
Questiono muito a grade curricular de hoje em dia. Percebo um grande enfoque para algumas disciplinas técnicas e um enfoque muito menor para outras.  Pois cada escola com seu Projeto Político Pedagógico pode alterar o Currículo, então coloco que todas as disciplinas são importantes para a formação humana seja nos aspectos intelectuais, morais ou sociais. para que aja a emancipação.
Porém, mesmo que não queiram, com as redes sociais que os alunos tanto participam, as informações estão lhes sendo transmitidas numa quantidade e velocidade absurda, embora de forma normalmente desconexa, dificultando sua assimilação.
Utilizando-se e aliando-se à moderna tecnologia, pergunto se não seria interessante que professores ensinassem seus alunos como pesquisar temas pela internet, por exemplo. Os professores poderiam propor aos alunos fazer uma mescla de pesquisas do tipo, numa semana os alunos pesquisariam tal tema em livros e enciclopédias e na outra semana pela internet. Já que o ensino e a pesquisa são princípios pedagógicos para a contribuição da autonomia intelectual, crítica, reflexão. Após a conclusão das duas pesquisas, seria promovido um debate sobre as características de tais pesquisas e as facilidades e/ou dificuldades encontradas em cada metodologia. Assim, os alunos teriam contato com a forma tradicional de pesquisar em livros e/ou documento e com as novas facilidades advindas pela internet.
Para um jovem se o ensino não for dinâmico e realista, acabará sendo desinteressante. Sei que alguns professores me dirão que os alunos de hoje não querem nada, que estão desinteressados e desmotivados com o ensino, e isto é a mais pura verdade. Mas também sei que eles aprendem tudo em termos de tecnologia com uma velocidade espantosa, bastando que eles tenham o interesse para tal. Ou seja, a questão é de motivação e não de capacidade de aprendizagem. Mas a motivação é algo intrinsíco. Como despertar essa motivação?
Sou a favor de que sejam utilizados todos os artefatos tecnológicos disponíveis para facilitar o ensino. Aulas com vídeos e/ou projeções sempre despertam o interesse dos alunos. Há muito tempo que temos uma excelente variedade de documentários sobre os mais diversos temas, sendo que atualmente muitos deles estão disponíveis gratuitamente pelo Youtube.  Entendo e defendo que apenas pela discussão e debates dos temas, é que se desperta a curiosidade e a vontade de aprender nos jovens, instigando-os a pensar, a raciocinar fugindo daquele “prato trivial” que já vem pronto.
Sei que dada a imensa velocidade com que o mundo se transforma hoje em dia, dificilmente conseguiremos ter um currículo escolar sempre adequado e atualizado. Disciplinas que são constantemente desvalorizadas devem ser devidamente valorizadas. Vejamos a disciplina “Educação Artística”, que pode ser incentivada, correlacionando-a com a computação gráfica, por exemplo; e a “Música” como disciplina, poderia ser correlacionada à prática dos DJs ou incentivando a formação de conjuntos musicais, como bandas de rock, por exemplo. A escola tem muito a ensinar aos nossos jovens e precisa aprender a fazê-lo de forma atraente e eficaz.
Como fazer de forma atraente e eficaz esse ensino- aprendizado?  Sabemos   que é exigido dos professores  metodologias que evidencie  a interdisciplinaridade e a contextualização dos conteúdos. Partindo desses pressupostos. Em Biologia tentamos fazer de forma natural e próxima  da realidade do aluno. Citamos alguns exemplos como:
-Origem da vida na Terra- As teorias e experimentos  e religião.
-Química relacionada com a Biologia.
- A história do mundo relacionada a Biologia.
-As descobertas atuais relacionada com o passado.
- As  células/tecidos /órgãos relacionados a saúde e doenças, prevenção  e cura.
- Seres vivos como eles os conhecem.
- A genética -  o aluno como instrumento de ensino-aprendizado, pois é descentes de uma geração com características próprias (parentesco).
- Evolução – faz parte de todos os seres vivos (fósseis).
- Biotecnologia- manipulação do DNA, em todos os seres vivos.
- Fazemos uso das instituições de nível superior para incentivar o aprendizado com aulas práticas e ao mesmo tempo dando a eles uma visão de que podem continuar seus estudos a nível superior.
Seguindo as Orientações Curriculares para o Ensino Médio. A escola, ao definir seu projeto pedagógico, deve propiciar condições para o educando possa conhecer os fundamentos básicos da investigação científica,; reconhecer a ciência como atividade humana em constante transformação, fruto da conjunção  de fatores históricos, sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos, portanto a educação e o currículo não deve ser neutros, para que aja compreensão,  interpretação e uma visão crítica que lhe permita tomar decisões usando o conhecimento adquirido.
Para todos os professores e conteúdos de Ensino Médio os objetivos gerais, referentes ao desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e valores que ultrapassem os limites de sua disciplina (conteúdos) fazendo uso da interdisciplinaridade. Os objetivos didáticos, mais específicos, que se refém ao desenvolvimento e habilidade específicos de sua disciplina. Para que o  ensino-aprendizado seja eficaz para um indivíduo ter conhecimento em sua  totalidade é necessário essa interdisciplinaridade.