Currículo: Aproximações e distinções

Colégio Estadual do Campo Princesa Isabel – Ensino Médio e Fundamental
NRE: Assis Chateaubriand
Coordenadora de Estudos: Sirene Pereira
Professores: :
Evandro Carlos Bom
Cylene Cristina Livio Ranucci
Eunice Rodrigues
Marcilene Carlos de Lima
Marcos Alessandro da Silveira
Sueli Aparecida Mariot Garbim
Valdilene Solvez da Silva
Wiki - Currículo: aproximações e distinções
O currículo tem que levar em consideração o conhecimento local e cotidiano que os alunos trazem para a escola, mas esse conhecimento nunca poderá ser uma base para o currículo. A estrutura do conhecimento local é planejada para relacionar-se com o particular e não pode fornecer a base para quaisquer princípios generalizados. Fornecer acesso a tais princípios é uma das principais razões pelas quais todos os países tem escola (YOUNG, 2007, p. 13)
Temática 3
Concordo que o currículo deva ter uma linha norteadora para o conhecimento, mas a maneira como o currículo  é tratado sendo feito sem ampla participação é desastroso, além disso  existem as Secretarias de Educação de cada Governo Estadual, que sempre estão norteando e estruturando os documentos, como acontece no  Estado do Paraná, onde nós professores participamos na elaboração e construção das DCEs do Estado no ano de 2007 e  o que aconteceu com elas, ficaram no esquecimento, não apareceram no documento.Ficamos sempre  sendo empurrados de um lado para outro, não temos um ponto de partida e chegada claros, bem como não temos autonomia para decidirmos algumas coisas que são importantes a nível de estrutura e funcionamento do processo ensino aprendizagem para a realidade a qual cada escola está inserida. Compreendemos que o currículo deve ser construído diante de cada realidade escolar, assim poderíamos proporcionar uma melhor preparação dos jovens respeitando suas individualidades, proporcionando um processo de formação menos doloroso. Mas as dificuldades que enfrentamos com o currículo escolar são enormes, uma vez que é jogado "de cima para baixo", sem levar em consideração o que acontece dentro da sala de aula , em cada comunidade escolar e a realidade a qual a mesma esta inserida, a estrutura da grade curricular mostram  certos equívocos ao atribuir carga horária diferenciadas às disciplinas sem entender o real valor de cada uma delas no processo de ensino aprendizagem.
Penso que para atender as necessidades dos nossos estudantes o currículo tem que ser reelaborado, repensado e ajustado, pois estamos com uma diversidade muito grande de estudantes nas salas de aula e sabemos que a maneira a qual o currículo esta colocado não tem dado certo  para essa nova  geração. Essa mudança só poderá acontecer quando os professores que estão no chão das escolas  forem ouvidos, pois somos nós que estamos acompanhando angustiados e conscientes que o formato atual não tem atendido as expectativas dos nossos educando, mesmo porque não temos como comparar os discentes de hoje que tem toda uma tecnologia a sua disposição com o passado não muito distante onde educandos não tinham acesso à essa ferramenta que é riquíssima no processo educacional. Porém é uma mudança que exige muita cautela, pois não podemos nos esquecer das diferentes realidades as quais as escolas estão inseridas, como por exemplo as escolas de campo que não podem perder sua identidade, temos que trabalhar para resgatar a cultura, a valorização dos espaços rurais, possibilitando a esses educandos conhecimentos que possam auxiliá-los a modificar de forma positiva o ambiente oportunizando aos mesmos condições de permanecer nestes locais .
Ao pensarmos na organização do currículo  percebemos que os conteúdos não deveriam ser trabalhados fragmentados, mas sim  relacionados com a prática cotidiana dos alunos e na interdisciplinaridade das áreas do conhecimento,  que permitiria  fazer uma ponte  entre o conhecimento empírico  e o científico, partindo das experiências dos educandos, elaborando-os nas quatro dimensões: trabalho, cultura, tecnologia e ciência, transformando os conhecimentos que  estão sendo acumulados ao longo da história para melhores   condições  de sobrevivência  da humanidade na atualidade. A questão de currículo, grade curricular, aprovação, reprovação isso tudo é meio sem sentido ou então com muito sentido?
Vamos acompanhar a análise do que se refere a grade:
GRADE CURRICULAR: se é grade lembra cadeia, você está preso a isto e não pode se libertar
APROVAÇÃO OU REPROVAÇÃO: o aluno já entra na escola reprovado de ano, ou seja, condenado ao fracasso, pois ele precisa somar os pontos e atingir  a média final para provar sua inocência, ou seja, sua aprovação, sua liberdade para sair de uma turma e prosseguir seus estudos no ano seguinte, é algo muito contraditório e enrolado.
Já fui aluno e era absolvido ou não da reprovação pelas minhas notas, somente por isso, nunca me perguntaram se eu sabia fazer algo diferente daquilo que era estudado nas disciplinas. Décadas se passaram e continuamos avaliando uma geração totalmente diferente da mesma forma,  quando conheço um pouco melhor o aluno que está sentado à minha frente, posso diagnosticar e entender o andamento da minha aula e redirecionar minhas práticas pedagógicas para que realmente os conteúdos praticados no ambiente escolar possa favorecer ao educando uma formação a nível de conhecimento científico e pessoal.
Sabemos que a escola dos sonhos teria que contemplar uma grade curricular de quatro anos,   professores lotados com 20 ou 40  horas,  de acordo com a necessidade do estabelecimento,  trabalhando o conteúdo  curricular , cumprindo as suas horas atividades e demais horas desenvolvendo práticas educativas, ficando mais tempo com os alunos poderíamos conhecê-los em suas múltiplas faces e ou habilidades, possibilitando assim atender as reais necessidades dos nossos educandos focando uma formação humana integral.