Reestruturar o currículo para o ensino médio é uma árdua tarefa. Primeiro porque precisamos desconstruir o que acumulamos no decorrer de nossa formação para que possamos fazer algumas reflexões sobre o que é significativo para o ensino aprendizagem; também é preciso manter-se na formação continuada, nas leituras teóricas e de mundo para que dessa forma seja possível discutir para inovar nas práticas pedagógicas em sala de aula, caso contrário ficaremos em nossa “zona de conforto” tentando encontrar culpados para o fracasso escolar.
O currículo escolar deve ser aquele que cuja centralidade seja o conhecimento científico, o qual promova a compreensão do mundo do trabalho, da cultura e das inter-relações entre esses campos, tanto no sentido ético pela apreensão crítica dos valores postos na sociedade quanto estético, com vistas a potencializar capacidades interpretativas, criativas e produtivas da cultura nas suas diversas formas de expressão e manifestação. Portanto o planejamento escolar deve partir da realidade concreta e estar voltado para atingir as finalidades da educação básica definidas no projeto coletivo da escola. É aí que está a questão porque o currículo vigente é fragmentado, com disciplinas isoladas e hierarquizadas.
A maioria dos jovens não tem voz nem vez na construção das práticas educativas na escola, muitas vezes figuram apenas como membros do Grêmio Estudantil, vigiados e “cuidados” veladamente para que não pratiquem a “desordem”, é por isso que veem na escola um mero espaço de encontros com os amigos, desinteressados nos conteúdos e nas práticas pedagógicas da sala de aula. Por isso o currículo deve ser significativo para a vivência dos sujeitos.