Pensar o Ensino Médio para todos no Brasil implica em pensar o Ensino Médio que, de fato, acolha a todos que tem direito ao Ensino Médio hoje. Isso significa romper com alguns elementos que estavam dados ao longo da nossa história pois, uma coisa é pensar numa organização curricular com Ensino Médio para poucos, outra coisa é acolher no Ensino Médio essa gama de meninos e meninas de 15 anos ou mais e que tem diferentes necessidades e demandas formativas. Segundo Mônica Ribeiro (MEC), Não usar o jargão da diversidade, pois é muito mais do que isso, quando falamos em diversidade,o que é fundamental se torna acessório.
O currículo deve ser fruto de ampla discussão coletiva. Deve ser objeto de análise contínua dos sujeitos da educação e estar em conformidade com as transformações históricas e sociais. Deve contemplar as várias identidades, culturas, necessidades e diversidades. Leva ainda em consideração o avanço do conhecimento científico e tecnológico, além da ausência de hierarquias entre saberes, áreas e disciplinas para ser capaz de dinamizar as experiências oferecidas aos estudantes e ressignificar os saberes e experiências, utilizando o eixo Integrador do currículo do Ensino Médio as dimensões do Trabalho, da Ciência, da Tecnologia e da Cultura, que visando a busca da compreensão dos processos sociais.
A universalização ao acesso e permanência dos jovens no Ensino Médio é um dos desafios históricos que estão no interior do debate nas Diretrizes Curriculares. O eixo que integra o currículo do Ensino Médio é constituído pelas dimensões do Trabalho, da Ciência, da Tecnologia e da Cultura, e constituem-se como ferramentas fundamentais para a formação humana e para que o aluno receba uma formação de qualidade. Conforme Silva (2012) o currículo pode ser compreendido como uma seleção de conhecimentos e práticas sociais acumuladas, consideradas importantes num dado contexto histórico e de formação humana.