currículo

CURRICULO

As decisões sobre o currículo se instituem como seleção. Na medida em que se trata de uma seleção, e que esta não é neutra, faz-se necessário clareza sobre quais critérios orientam esse processo de escolha. Promova um debate entre os professores participantes deste curso tendo como tema a seguinte questão: “Que relações existem entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia da cultura?”.
R: Primeiramente devemos relembrar que o currículo é a expressão da função social e cultural da escola, é o cruzamento de práticas diferentes que culmina na prática pedagógica nas aulas e nas escolas. Implica nos conteúdos e formas de desenvolvê-los, é o ponto central na melhora e qualidade de ensino, na mudança das condições da prática, no aperfeiçoamento dos professores e na reestruturação e renovação da escola. O currículo compreende toda a vida do aluno, envolve programas referentes à ação direta de cada professor em sua aula, nas realizações extraclasse e as relações que no cotidiano escolar se processam.
A cultura e o momento histórico em que se cria e aplica o currículo determinam as práticas no cotidiano escolar, a formação docente e procedimentos a serem utilizados com os alunos. A escolha dos conteúdos é uma das tarefas importantes, pois elas são a base informativa e formativa do processo de transmissão e assimilação. Por isso os critérios de seleção devem considerar a ligação entre objetivos e conteúdos (os conteúdos devem expressar objetivos sociais e pedagógicos), o caráter científico (seleção das bases das ciências) e sistemático (uma lógica interna que permita uma interpretação entre os assuntos), a ligação entre o saber sistematizado e a experiência prática a dosagem dos conteúdos, e a utilização de conhecimentos novos para situações práticas.
Então os que ensinamos no mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura, estão intimamente ligados, o ensino da ciência e da tecnologia deve permitir a percepção da interação da ciência e da tecnologia com todas as dimensões da sociedade, considerando suas relações recíprocas, oferecendo aos alunos oportunidades para que adquiram uma concepção ampla e humanista da tecnologia.
A educação tecnológica pode desenvolver uma postura crítica, e a formação de uma consciência de diversidade de interesses no desenvolvimento tecnológico e da noção de sujeito social, que tenha espaço político para lutar por seus interesses, deve propiciar situações de aprendizagem que avaliem a ciência e a tecnologia, como resultados de escolhas sociais. O professor é o articulador, permitindo a mobilização dos saberes, o desenvolvimento do processo e a realização de projetos nos quais os alunos estabeleçam conexões entre o conhecimento adquirido e o pretendido, com a finalidade de resolver situações-problema, em consonância com as condições intelectuais, emocionais e contextuais dos alunos.
A formação de um cidadão crítico, reflexivo e ativo pressupõe dar condições para que ele compreenda a natureza do contexto científico-tecnológico e seu papel na sociedade. Isso implica a necessidade de adquirir conhecimentos básicos sobre a história da ciência, filosofia entre outras para estar a par das potencialidades e limitações do conhecimento científico, e a partir daí tomar decisões.

Professores:
Ana Edith Calvetti
Claudia Mara J A C D Ornellas
Darines Sofia Ricardo
Edite maria Gonçalves Cunha
Fabiani de Fatima Alves
Jaqueline Bellani
Leocadia de Oliveira Mendes
Marinês Torres de Souza
Roberto Carlos da Rocha Santos
Rodrigo L R Stecinski
Sheila Cristina dos Santos