Curriculo

Segue o texto que eu fiz

Precisamos pensar no currículo do ensino médio como sendo uma reflexão e uma construção coletiva, onde possa permear ideias de todos os docentes envolvidos com essa etapa do ensino/aprendizagem e que o currículo possa contemplar de maneira satisfatória todas as áreas do conhecimento que os alunos precisam entender e discorrer ao longo dos anos de estudo.

Para uma melhor eficácia, seria prudente aumentar o tempo de estudos e a carga horária do ensino médio de três para quatro anos e o número de aulas por dia de cinco para pelo menos seis, onde teríamos mais tempo e poderíamos enfatizar e aprofundar mais as disciplinas, tão necessárias para a preparação do jovem para o mercado de trabalho e também para as fazes posteriores da sua vida.

Em contra turno o ambiente escolar deveria ter condições de oferecer aos jovens atividades culturais, artísticas, esportivas e de aprofundamento de conhecimentos (como por exemplo, línguas estrangeiras, cursos na área de informática e de profissionalização) que além de envolvem o jovem com atividades dinâmicas e práticas, ajudaria a mantê-los com o tempo ocupado de forma produtiva.

Pensar um currículo que alie teoria e prática deve ser a meta do ensino médio, que precisa envolver o jovem, muitas vezes apático e desmotivado, com atividades que sejam do seu interesse e que de fato vão ser úteis nas áreas profissionais que escolherem.

Temos que pensar que todas as propostas curriculares precisam ser atualizadas e funcionais, visto que hoje a tecnologia pode e deve ser explorada no contexto escolar. Trabalhar projetos sempre estimula o jovem a se envolver com a escola e com as disciplinas.

Mas aí voltamos a uma velha questão: que condições de estruturas, materiais, tecnologias, de recursos financeiros e humanos temos disponíveis para isso? Será que os matérias que temos estão realmente adequados e disponíveis para o uso de todos? Será que temos espaço físico e profissionais suficiente para atender ao público, e será que conseguimos preparar adequadamente esses profissionais para atender de forma eficaz aos anseios da educação? Não basta apenas ter vontade de fazer algo diferente, inovador. É preciso ter meios de fazer.

Outro ponto que precisamos ressaltar é que se partirmos do conhecimento prévio que o aluno apresenta para desenvolver as aulas e em seguida então buscarmos o conhecimento científico, podemos tornar o conteúdo mais próximo dos interesses dos jovens, visto que essa fase da vida para muitos é sinônimo de rebeldia, de incertezas, de curiosidades e de buscas, que muitas vezes entram em choque com a rigidez de um currículo pensado sem a participação dos mesmos.

O jovem precisa se reconhecer no ambiente escolar e precisa sentir que aquele conteúdo trabalhado dentro da sala de aula pode efetivamente fazer parte da comunidade em que ele vive e que ele poderá se apropriar disso e utilizá-lo na prática no seu cotidiano.

Valorizar as qualidades de cada um, explorar a criatividade e as aptidões, levá-los à reflexão e a criticidade e a prática do que é ensinado dentro da escola pode fazer com que cada um se envolva verdadeiramente e se comprometa com a parte da educação que lhes cabe e que vai poder prepará-lo para as áreas profissionais e para sua vida em sociedade.