Gestão democrática da educação e gestão democrática da escola Em nossos encontros debatemos sobre os temas levantados nos exercícios Reflexão e ação do Caderno 5 de forma contínua gerando uma discussão ampla sobre a gestão da nossa escola e da educação como um todo. Segue as considerações tecidas durante os encontros. Na construção do primeiro regimento escolar, propuseram que seria democrático. Porém, impuseram que tivesse por base as DCGS e o ECA. Temos inúmeros exemplos de medidas adotadas que não foram consultados, quanto à sua opinião e/ou aprovação. Podemos citar o sistema de blocos, aderido no ano de 2010, que iniciou sem nenhuma participação de corpo docente. Grande parte dos educandos externou seu descontentamento quanto a pouca participação dos pais nas dificuldades e decisões da escola. Reclamou, também, quanto ao autoritarismo de determinadas pedagogas, que não criavam soluções de forma coletiva, mas atendendo as suas próprias metodológicas, agindo de forma radical e repressora. Alguns professores externam amarguras, quanto à exclusão sofrida no ambiente escolar, provocada pelos seus próprios companheiros de profissão, em virtude do vínculo empregatício e de diferenças ideológicas, metodológicas, políticas e até religiosas. Quanto à participação dos alunos, por meio da formação de um Grêmio, sentimos que em algumas tentativas, mostraram-se muito imaturos, deturpando a finalidade desta instância. Nota-se que os alunos, em sua maioria, não levam adiante seus projetos. Contudo, reconhecemos a necessidade desta inclusão. A Direção desta escola apresenta quanto à importância da prestação de contas para a comunidade escolar, tendo em vista que a sua não transparência acarreta consequência para todos, tanto na atual quanto nas posteriores gestões. Entendemos que a autonomia da escola é dificultada pela própria hierarquia histórica, Patrimonialismo; a legislação atendendo aos interesses das elites e a recusa a ser regulado um novo modelo de educação, que não restrinja a autonomia escolar. Sobre a dificuldade da participação da comunidade na escola, foi discutido que os professores devem mostrar as condições a que estão expostos, para que haja o enfrentamento aos mandos e desmandos do Estado, Disputas de poder na escola, de acordo com a posição hierárquica; burocratização da administração da escola; deve haver organização informal que não necessariamente que não vem o cumprimento das determinações do estado. As mudanças dependem do embate de posições. As divergências e feitas se fazem necessárias. Fazer com que os usuários da escola sintam a responsabilidade e a importância da sua participação na gestão. Levar em consideração os fatores condicionantes da não participação dos membros da comunidade, que são aspectos culturais, determinantes na atuação de cada indivíduo na sociedade. As justificativas pelas quais alguns pais, por exemplo, não se sentem responsáveis pela educação escolar dos filhos é uma amostra de que pensam com veem seu papel e como agem na sociedade. Essa apatia reflete nos níveis de qualidade do ensino e gera um abismo entre o governo e a comunidade, esta, que, por vezes não consciência cidadã, ao se recusarem a participar das instâncias que exigem a sua participação, o seu interesse e o seu envolvimento. As novas estruturas familiares também interferem, em certos casos, quando a educação dos alunos é delgada a terceiros ou são abandonados pelos seus responsáveis. A equipe docente sente-se em determinados casos, temerosa em lidar com problemas trazidos por alguns alunos, como, por exemplo, envolvimento com tóxico, brigas de gangs, violência contra colegas e o professor, entre outros. Em relação ao PPP, ele define o marco situacional, o marco conceitual e o marco operacional de uma escola. Quanto ao situacional é de plena responsabilidade da escola, porém o conceitual sempre sofre influência do modelo defendido pelo governo no momento da sua vigência, havendo situações em que o PPP não foi aceito pela SEED enquanto não atendeu à ideologia defendida pelo atual governo. Com relação à autonomia dos alunos no processo de aprendizado, pouco ou nada, lhes é dado a oportunidade de optar pelo conteúdo a ser objeto de estudo, mesmo porque os próprios professores devem seguir as Diretrizes Curriculares Estaduais na elaboração do seu Plano de Trabalho Docente. Ainda o próprio estudo além de um direito, para os alunos, é também uma imposição da lei. Professores participantes: ALEXSANDRA DE AMORIM, ARIÁDENA GARCIA MORO, CARMEN FONTANA DOS SANTOS, DIRLENE MARIA ZANLUCA, DORIANA SCHIAVO DA SILVA, ELISA SEHNEM, MARIA CANDIDA FERREIRA, MARIA CAROLINA MAYER MASSAROTH, MARIA DE LOURDES GLOCK, PATRICIA CAETANO DA SILVA, PEDRINA CARVALHO DE OLIVEIRA, SHEILA MACLEOD, SIMONE CARON KOGIN, VALÉRIA SOVIANA WISCHRAL, VERA REGINA RAMOS MACHADO