CONSIDERAÇÕES ACERCA DA FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL

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    No artigo 5º das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio são relacionadas as bases para o Ensino Médio, acerca das quais tecemos breves considerações.

I – A Formação integral do estudante;

Com o objetivo de formar o cidadão crítico atuante, elemento transformador da sociedade.

 II - trabalho e pesquisa como princípios educativos e pedagógicos, respectivamente;

O grande desafio seria adaptar os novos paradigmas educacionais a estas duas premissas, pois as TIC´s podem subsidiar e sensibilizar o aluno para sua inserção social.

III - educação em direitos humanos como princípio nacional norteador;

Uma necessidade premente que, além da abordagem, deve pautar as posturas dos atores envolvidos no processo ensino-aprendizagem

IV - sustentabilidade ambiental como meta universal;

Um tema transdisciplinar - pode e deve ser abordado em todas as disciplinas. Ocomprometimento do educador com a sensibilização do aluno para a sustentabilidade ambiental é imprescindível.

V - indissociabilidade entre educação e prática social, considerando-se a historicidade dos conhecimentos e dos sujeitos do processo educativo, bem como entre teoria e prática no processo de ensino-aprendizagem;

Os conteúdos curriculares precisam ser significativos para os alunos e, como já se afirmou, a escola deve forma o cidadão crítico.

VI - integração de conhecimentos gerais e, quando for o caso, técnico-profissionais realizada na perspectiva da interdisciplinaridade e da contextualização;

 A contextualização dos conteúdos e saberes historicamente acumulados é imprescindível para que os conteúdos curriculares tenham significado para o educando, ajudando-o a compreender e ser elemento transformador da realidade

VII - reconhecimento e aceitação da diversidade e da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo, das formas de produção, dos processos de trabalho e das culturas a eles subjacentes;

Educar para que haja tolerância e solidariedade entre sujeitos é uma necessidade que só se concretiza se a escola e educadores forem sensíveis à diversidade que compõe a nossa realidade educacional, não se alienando ou desprezando seu contexto.

VIII - integração entre educação e as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como base da proposta e do desenvolvimento curricular.

Subsídios para leitura de mundo e de todo o complexo emaranhado das relações sociais que se estabelecem em todos os seguimentos devem ser fornecidos através de práticas e atividades pedagógicas.

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     Todos os princípios que embasam a formação humana integral são de importância inquestionável, sua efetivação no processo educacional esbarra na desorganização dos sistemas de ensino (desorganização administrativa e ausência de metas e objetivos que não sejam a redução de gastos e enxugamento do quadro de professores e funcionários) e na ausência de políticas educacionais voltadas à valorização dos profissionais do magistério com propiciação de formação continuada que vise uma capacitação real para que o educador contribua efetivamente nesta proposta central do Ensino Médio.

     Afinal, para garantirmos a educação integral para os alunos do Ensino Médio, é necessário que se tenha clareza sobre a visão de “homem” e de “escola” que temos enquanto educadores e quais objetivos pretendemos alcançar.

     Alguns aspectos devem ser analisados e servem como parâmetro para reflexão. A compreensão do “homem” enquanto ser que se diferencia dos demais seres vivos, pois constrói sua própria identidade; a “escola” vista enquanto espaço de socialização do conhecimento, onde o aluno deverá ter seus direitos garantidos, como o acesso, a permanência e a apropriação dos conhecimentos cientificamente elaborados.

     De acordo com o fundamentos dos PCN'S a “formação humana integral implica em competência técnica e compromisso ético”.

     Outro ponto a ser destacado pelo texto é o significado do “trabalho como princípio educativo em seu sentido histórico na medida em que se consideram as diversas formas e significados que o trabalho vem assumindo nas sociedades humanas”;

     A formação humana integral deve visar o atendimento a todos os campos do conhecimento de forma igualitária e que todas as áreas sejam trabalhadas de forma igualitária em sua importância.

     O Ensino Médio não deve ter como foco o preparo para o ingresso na Universidade e não deve ser evidenciado como caminho para atender o mercado de trabalho. São visões fragmentadas e formas diferentes de se encaminhar o Ensino Médio, priorizando interesses e banalizando o fundamental que é a formação do aluno enquanto cidadão e formador de opinião, para que possa atuar, interagir e transformar o meio social.

     A partir destas análises é necessário rever a organização curricular, incorporando conhecimentos que “contribuam para a compreensão de trabalho como princípio educativo”.

     Para uma “reforma” no Ensino Médio, é necessário além de rever a organização curricular e de ampla discussão entre todos os profissionais da área de educação (que carecem, como já se mencionou, de valorização e formação de qualidade), um comprometimento maior. Políticas públicas voltadas para efetivar os processos educacionais e de acompanhamento dos novos caminhos a serem norteados para o Ensino Médio.

COLÉGIO ESTADUAL PAULINA PACÍFICO BORSARI - CURITIBA/PR

CURSISTAS:

SIMONE CARON KOGIN

VALÉRIA SORIANA WISCHRAL

VERA REGINA RAMOS MACHADO

PEDRINA CARVALHO DE OLIVEIRA

 

Referências:

RESOLUÇÃO No 2, DE 30 DE JANEIRO 2012 - Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Disponível em <portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc>. Acesso em 18/08/2014

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Disponível em <portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em 18/08/2014.