O mundo em que vivemos é apresentado de várias maneiras. As diversas situações que vivemos e presenciamos nos faz refletir em alguns aspectos relevantes em nossa vida. Como professores, as vezes nos deparamos com realidades no âmbito escolar, o que nos faz pensar em nosso papel como educador.
Por momentos nos sentimos em “xeque” e nos perguntamos: Será que estou desenvolvendo meu papel corretamente? Será que preciso inovar meus métodos? Por que os alunos não se interessam mais?
Tudo que nos cerca está em constante evolução, o que funcionava em nossa época de estudante, hoje já não tem a mesma eficiência. A cada momento que vivemos é uma nova descoberta, estamos numa era “digital”, tudo está ao alcance de nossas mãos, a tecnologia norteia nossos afazeres. A “invasão” digital nos fez reféns, hoje esta se perdendo o contato afetivo entre o ser humano, estamos caminhando para uma era de relacionamento digital, o uso da internet se tornou rotina em nossa existência. É comum vermos pessoas com celular em mãos, hoje não se fala tanto ao telefone, hoje comunica as pessoas comunica-se por mensagens, diálogos em redes sociais, publicações e postagens em rede, enfim, hoje o contato é virtual. Esse novo costume ou talvez uma nova cultura que se apresenta, tem refletido diretamente em sala de aula, o professor não consegue ver a eficácia de alguns métodos que outrora eram bem vindos, pois está se perdendo a prática de interagir frente a frente, de expor ideias em público, hoje o interessante é postar suas ideias em redes sócias e ter várias “curtidas”. Percebemos que o estudante de hoje está afastando-se dos professores, as facilidades que a internet traz, tem tido grandes efeitos colaterais negativos, pois o uso da tecnologia não vem sendo como um instrumento didático, mas como um empecilho para o aprendizado.
Algo também relevante que devemos levar em consideração, quando falamos sobre o desinteresse pelas aulas, é o caso de adolescentes e jovens são inseridos no mercado de trabalho muito precocemente. Em nossa escola grande parte dos estudantes do Ensino Médio está inserida no mercado de trabalho, cerca de 70%, e desses 65% trabalham em serviços braçais e 35% contribuem consideravelmente para o sustento da casa, e quando entram em sala de aula, muitos estão exaustos e não conseguem obter um bom rendimento.
Nossa realidade é muito complexa, temos que nos adaptar a realidade atual, mudar nossos conceitos, abrir-se para o novo, encontrar métodos de adaptar as tecnologias ao cotidiano de sala de aula, procura maneiras de motivar e interagir com alunos que trabalham, para que todos possam entender o papel fundamental da escola em sua vida.