C. E. 29 de Abril
O grande desafio que se impõe à educação em nosso país é sem dúvida a universalização de uma educação escolar de qualidade e nesse contexto a formação de professores competentes para atuarem na educação.
No entanto a realidade que se apresenta exige mudanças urgentes e novos paradigmas para o Ensino Médio (EM) A qualidade da educação está ancorada em três fatores estruturantes que são a valorização do profissional, diretamente relacionada à questão salarial, à carreira e a formação constante; reestruturação física da rede estadual de ensino; reestruturação do currículo básico do ensino médio.
Ao considerar o professor como um mediador, sugere que analisemos os saberes docentes e a prática pedagógica na relação com os saberes escolares, a partir de uma base triangular da práxis pedagógica e de um processo reflexivo, os saberes docentes mobilizados para a organização do ensino-aprendizagem podendo contribuir para a construção de práticas educativas emancipadas.
Universalizar o ensino médio é assegurar que toda população de 15 a 17 anos freqüente as séries adequadas a cada idade. Além disso, são necessários levantamentos confiáveis sobre os jovens que estão fora da escola, fazendo que sejam criadas práticas com estratégias para que os mesmos concluam sua escolaridade.
O grande desafio não é o jovem freqüentar a escola mas, especialmente construir aprendizagens relevantes e significativas ao longo de sua escolaridade. E isso se faz numa escola para jovens, resolvendo de vez a crise de identidade do ensino médio: Educar para a vida, não para passar no vestibular. Sendo assim o EM passa a ensinar o que faz sentido e não apenas o que é pragmático.
É preciso descobrir o que ensinar para este novo aluno fazendo com que a escola se torne interessante para que ele permaneça nela, se sinta parte integrante dela. O EM está defasado e não é atrativo ao estudante.
Para garantir um ensino de qualidade, deve-se investir no professor, na escola e no aluno. Não basta fazer capacitações, é preciso garantir melhores salários e condições dignas de trabalho e estudo.
Os jovens de hoje são mediatos e movidos pelo desejo, querem tudo rápido, não tem paciência. A juventude tem desejos sociais. O jovem quer diversão e arte. É preciso fazer do ensino médio algo atraente tornando-o desejado por esses jovens.
A escola deve ensinar o aluno a pensar, contribuir para o desenvolvimento de suas capacidades e propiciar condições de descobertas e acesso independente ao conhecimento, devendo o processo de ensino e aprendizagem ser intencionalmente planejado, questionado e reorganizado possibilitando a formação completa do educando.
Cenira Maria de Lima; Halina Martins Bueno; Marcos Cunha Borst; Michele Strassburger; Silvia Lipski.
Coordenadora: Giselly Alves Martins
